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sábado, 29 de julho de 2017

Memórias do Mar (III)

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2017: A idêntica e misteriosa realidade sobre os mares da Terra (luzes estranhas, desconhecidas); algo que Cristóvão Colombo terá observado, aquando a sua viagem até à suposta Índia (América), sob o olhar incauto, desconfiado e mui receoso de seu timoneiro da nau Santa Clara (Niña).

«A Alma do Homem é como a água; Dos Céus provém para os Céus - ascende - e depois retorna à Terra, para sempre alternando.»                                                  - Goethe -

1492 - Algures no Atlântico...
A noite estava límpida. E de tão fresca e pura estar, nada faria prever o que por breves mas persistentes instantes se alocaria sobre a nau de tão garboso e enfatuado Almirante de supostas origens humildes, genovês de seu berço, mas de mais nascenças e outras bem ou malquerenças que aqui não dá para contar.

Tudo calmo, tudo ténue, sob o espumado pratear do mar e a sonolência de um homem ao leme que tanto já tinha visto mas tão pouco tinha a ordenar, não fora aquela luz, duas delas, e depois outras tantas que lhe cegaram o olhar e deturparam a mente - turva e rude esta - que mais não podia ser... acorrendo de imediato ao seu Mestre, esfogueante, em imprecisão e aluimento:

«Mestre, vinde à proa, vinde ao leme que está endemoninhado, que nam (não) tem regras, que parece nam ter rumo nem aprumo de quem o leve; Mestre, vede algo que nunca vi por terras de Santa Maria (Portugal) - ou de Castela, por onde servis agora. O Céu brilha, e como brilha!
Vede as estrelas, Mestre, como se abrem... como se enunciam pera (para) vossas naus, meu Almirante, pera bordo e estibordo, e pera o rumo que nos levará até às Índias...

Meu Mestre dizei-me, que luzes são estas? Que querem elas dizer, pera neste mar, pera sobre vós e sobre vossos destinos? E, seguindo-vos eu como cão danado, como «perro» açaimado de vossa vigília, ordem e comandos, dizei-me Mestre, vós, que tudo saibais de mares e marés, que nos vem do Céu agora que pera noite era e dia se abriu, em espanto e em luz, que mais parece guiar-nos e levar-nos as naus, pera onde o Senhor nos ditou...?!»

Mudo mas não quedo, silencioso, mas jamais petrificado pela ausência momentânea de uma resposta firme, ainda que acossado pela mesma ignorância de factos ou argumentos que justificassem semelhante fenómeno vindo dos céus, Colombo, ante este seu quase escravo - devoto súbdito do mar e do leme - marinheiro de longas estadas e outras praças, apenas advertiria:

«Calai-vos de uma vez! Chamai o meirinho - que nam tabelião! (frisou com ar austero) - pera que anote cousa assi (coisa assim); mas daqui nam sai!» - vociferou em confidências suas, Cristóvão Colombo, sentindo que muito para lá da terra ou do Céu, jamais se vira algo assim...

- Abreviado trecho fictício, porém hipotético, do que se terá passado então (em 1492) sobre o mar do Atlântico e um Céu errática e enigmaticamente estranhos, por onde luzes vindas do nada, velozes e cimeiras, se pronunciaram sobre as naus de Colombo.

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Poderia Colombo saber sobre que bandeira navegava (castelhana que não portuguesa) mas que seu coração repicava, denotando a clemência ou a vã urgência de se abeirar dos seus, aquando voltou das «Índias», Índias Ocidentais, aquando desses territórios selvagens aportou nos Açores, mesmo antes de ter dado as novas aos reis católicos de Castela e outros reinos, fundeando depois sua nau em Lisboa, encontrando-se com o Rei de Portugal.

                                                                 - Colombo: El Portugues -
O Retorno das «Índias»...
E Colombo voltou, se com luzes ou sem elas, não o sabemos mas, a verdade histórica contempla-nos outras sequências, outras verdades que cabe a muitos desvendar e a outros sonegar, sem que com isso se descubra de Toda a Verdade...

Se não fosse verdade documental, dizer-se-ia irrisório ou ridículo quem assim pensasse, quem assim o administrasse em praça pública, por tais actos lhe serem tão inoportunos quanto estranhos, para com uma nação e um reino que, supostamente, o tinham subestimado e talvez ostracizado sob a voz e comando de El-rei Dom João II. Espionagem ou absoluta sordidez de quem se ajoelharia a quem o «rejeitou»...? Coisas que só o mundo pode invocar, os investigadores analisarem e a História proclamar, um dia destes...

Mas fica-nos a incerteza, a clamorosa ou porém tenebrosa alquimia (extemporânea ou não) de se acreditar que tais luzes da ribalta e no Céu de Colombo observadas, não seriam somente as de outras luas ou outras enlevações da Natureza que também se desconhecem, ainda, no seu todo...

Que luzes eram essas, que caminhos dos deuses o terão salvo (do naufrágio de Colombo, o Velho, até àquele dia) que o fez levitar, que o fez adensar ainda mais a questão de tudo lhe estar predestinado, de tudo lhe estar designado como o Grande Descobridor das Índias que mais não eram que as Américas do povo Ameríndio, desconhecido até aí...?!

E porque o terão guiado, alumiado e perseguido então nesse seu almejado sonho de abrir ao Velho Mundo um outro - mais frutuoso e mais novo - de um novo rumo, de uma nova história? E porque o deixaram «eles», sabendo de seu futuro,  de sua condição e ilusão (ou de todas as que lhes concederam, mesmo às que vieram depois...) no despojar de todas as portas, todas as entradas de navegação e abeiramento, ou, de todos esses «castelos» desse outro Novo Mundo em saque - e esventre - de tudo o que até aí lhes fora uma bênção e não uma punição...?!

Saberia Colombo o que lhe foi doado mas não domesticado como ser descobridor e, muito mais explorador, do que a sua condição permitia...? E, tendo-o sabido, ter-se-à arrependido de tanto lhe ter sido não precavido, de tanto lhe ter sido desapercebido...? Se sim, talvez a História lhe faça justiça, um dia, pois que a dos homens depressa fenece e em breve se esquece - por outras as quais não reza essa mesma história...

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Retrato da época que fideliza na perfeição o grão-mestre da navegação a mando, ordem e licença dos Reis de Espanha - Fernando e Isabel, os reis católicos - que lhe financiaram a viagem, o sonho ou quiçá a demanda de espionagem (a favor, ordem e lei de um seu outro rei - El-Rei Dom João II, rei de Portugal) naquele que não ficou para a História (ainda), como: «O Alentejano que descobriu a América...»

«Com três caravelas conquistarei, um Reino que não é o meu!» - Cristóvão Colombo.

Genovês, Castelhano ou Português???
(Cristoforo Colombo, Génova, 1451 - Castela, 1506). Este, o registo genovês de Cristóvão Colombo, filho de Domenico Colombo, de pai e mãe laneiros (além de tecedores e taberneiros) e irmãos cardadores; ou seja, oriundo de uma família plebeia de tecelões. Segundo os registos genoveses ou documentos notariais actualmente analisados, em Itália, Cristoforo, terá tido um percurso de mestria e aprendizagem da arte da navegação, em Portugal; e isto, correlacionado com um estudo de Rumeu de Armas que, enquadrado no trânsito mercantil de importação de lã de Lisboa - entre outras cidades peninsulares - para Génova, reabilitou esta circunstância da nascença de Cristóvão Colombo.

Estes factos, documentos e registos apresentados têm sido muito questionados ao longo dos séculos e, em particular, nestas últimas décadas, em que os historiadores e demais investigadores sobre esta temática se têm debruçado em refutar.

Cristóbal Colon, Castela, 1447(?) - 1451: Com fortes raízes judaicas (recorde-se que os cristãos-novos repudiados ou rejeitados do reino de Portugal, eram sempre muito bem aceites, embora estranhamente, no reino de Castela dos reis católicos), em que Colombo, eventualmente, se terá induzido em favores maiores sobre os reis espanhóis em sua nobre missão. Por falar em nobreza, aqui, Colombo destaca-se por ter havido foros tardios de nobreza; algo que em documentação fraudulenta e manipulada se veio a constatar ser de um logro tal, que nem havia mesura para se ter desenvolvido mais esta tese de um Colombo galego.

Segundo o doutor Patrocínio Ribeiro - o iniciador da Escola Portuguesa de Estudos Colombinos - referenciando que por razões de prestígio nacional dos países envolvidos na origem e berço de Colombo e, em conformidade com as políticas do momento, não queiram chegar a nenhuma conclusão definitiva, muito embora reconheçam, grande parte deles, toda essa documentação galega e genovesa serem ou terem sido de facto forjadas, incentivando ainda mais a já mui acesa polémica à volta da figura, personalidade e local de nascença de Colombo.

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A encriptada mensagem de Cristóvão Colombo ao seu filho Diogo Colombo (em 29 de Abril de 1498) na criptografia cabalística de grande relevância: Que mistérios encerra esta, perguntar-se-à, ou que mensagem oculta teria querido Colombo transmitir a seu filho e, posteriormente, «A Suas Magestades» (majestades), os reis de Portugal, com tal missiva rebuscada?

A Misteriosa Mensagem
«Salve: X - Cristo, M - Maria, Y - José». Cristo salve, Maria salve, José salve (expressão equivalente a Cristo, Maria et Yoseph gonsalvis (ou seja, Joseph Gonçalves). XMY (sendo santo e senha, por conseguinte) do que Colombo terá querido guardar para si mas revelá-lo em código nesta sua mensagem, reportando a Cruz Trinitária (ou Ordem da Santíssima Trindade, na perfilhada ideia messiânica das Três Idades do Mundo) que enfuna as velas das naus capitaneadas na rota certa do Continente Americano; algo que, supostamente, só ele e o seu rei saberiam, ele, Colombo, e Dom João II, rei de Portugal!

«Xpoferens ou Xpo Ferens como sendo a designação de: Salvador. Xpo (em grego, significa Cristo). E, acrescente-se,Colon significa: Membro, Falo ou Zarco... daí que seja um pulo, o avistar-se o seu nome de: Salvador Fernandes Zarco, filho de Fernando e Isabel, em que o nome ou apelido da mãe operava em detrimento do paterno - Isabel Zarco (filha de João Gonçalves Zarco, o descobridor das ilhas de Porto Santo e Madeira).

Por curiosidade mas também legitimidade genética histórica, há a referir que, se encontra uma lápide de nome «Zarco» (no que foi recentemente descoberta como pedra tumular de alto valor histórico) numa pequena aldeia a somente 15 quilómetros de Cuba, chamada Albergaria dos Fusos. Não é de somenos importância que se afira tratar-se, possivelmente, do mais verídico cunho histórico de descendência de Cristóvão Colombo, uma vez que Isabel Zarco para ali terá sido mandada em refúgio e acolhimento até ao nascimento de seu filho: Salvador Fernandes Zarco, o nosso Cristóvão Colombo, filho ilegítimo de Dom Fernando, o nobre!

Mas continuando a decifrar a mensagem: «Ferens», em latim, significa: aquele que leva, que transporta. Vários historiadores, de entre eles, Santos Ferreira, considerou então e de seguida os três SSS como, Gonçalves/Colon/Zarco (obtendo assim o nome civil do almirante das Índias Ocidentais: Salvador Gonçalves Zarco. Mas, aferir-se-à, não terá Colombo ido buscar o nome de seu avô materno para assim se identificar...? Gonçalves Zarco ou Fernandes Zarco, o certo é que a ligação é ténue mas o suficientemente forte em argumentação histórica, para assim se não debelar tão intenso debate mundial sobre as verdadeiras origens de Colombo.
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Christofom Colombo: o registo escrito em toda a confusa destrinça do que é ou não é - verdadeiramente - o nome e a identificação verdadeira de Colombo.

Colombo: o cristão-novo???
Os Trinitários, jurados de boas relações com a Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, vulgo Ordem de Cristo (sucessora directa e herdeira universal da Ordem dos Templários) - e supostos descendentes dos «Cavaleiros Pobres de Cristo e da Santíssima Trindade (Pauperes Comilitones Christi Santaeque Trinitatis)» - assume Colombo como joaquimita confesso como atestam os seus escritos. E como João Rupescissa da Roca Talhada concerne em textos seus (este, condenado posteriormente por heresia), no que então revela ou, divulga, sobre os Trinitários. Algo que o levaria à morte em tempos difíceis de uma não-aceitação de quem era então seguidor dessa vertente ou somente parafraseador dessa Ordem.

Seria de facto um cristão novo, Colombo? Seria nobre? Seria o primo directo da rainha portuguesa, da rainha Dª Leonor de Aviz ou Leonor de Portugal? Seria, como muitos historiadores e autores de vários livros sobre o tema afirmam (de entre eles Patrocínio Ribeiro), o filho bastardo do infante Dom Fernando - Duque de Viseu e de Beja e Mestre da Ordem de Cristo, tendo nascido no Baixo Alentejo (na herdade do Monte dos Colombais), perto das vilas de Colos e Cuba???

Quem sabe da verdade de sua nascença e crença que não só Colombo já morto e enfezado de corpo e alma que dos ossos se não sabe e das cinzas o tempo não fala?!

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Bula de 1493 (em latim) do Papa Alexandre VI, que redige o nome de Cristóvão Colombo, em português, não Cristofom Colon ou Salvador Gonçalves Zarco/Salvador Fernandes Zarco (consoante a interpretação dos historiadores), de seu nome e estirpe portuguesas que, cinco séculos após tão épicas viagens, ainda se luta ou digladia (internacionalmente) por uma requisição fiel de sua nascença.

Carta datada de 1474 - de Génova para Lisboa, para Colombo:
«Não me surpreende, pois, por estas e muitas outras coisas que sobre o assunto poderiam ainda dizer-se, que tu, que és dotado de uma tão grande alma, e a mui nobre Nação Portuguesa, que em todos os tempos tem sido sempre enobrecida pelos mais heróicos feitos de tantos homens ilustres, tenhais tão grande interesse que essa viagem se realize».

            - Carta de Paolo Toscanelli, célebre cosmógrafo italiano, em correspondência afirmada a Cristóvão Colombo, exaltando Portugal entusiasticamente, além a proximidade de relacionamento que ostenta sobre Colombo nas suas tão afectuosas palavras dirigidas a si.

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Reconstituição histórica (ou hipotética ilustração) da carta geográfica - em projecção cilíndrica - de Paolo Pozzo Toscanelli, o cosmógrafo italiano que entabulava conversação com Cristóvão Colombo.

O que os Historiadores contam...
Mais do que a «mera» historiografia cronológica, segundo nos relata Victor Manuel Adrião sobre este tema e sobre o tanto que já pesquisou nesta área, se tem de abordar a sua fácies oculta, mítica e iniciática sobre Colombo, pois, nela decerto estará, a interpretação secular deste enigma!

Em 1927, o Dr. Patrocínio Ribeiro publicou um livro sobre esta temática colombina, no que lhe seguiu, Pestana Júnior, Ministro das Finanças à época (em 1928), que também abordou este tema.

Neste envolvido percurso sobre o tema, revestiu-se de primordial importância o que o professor Mascarenhas Barreto, em 1988, veio rematar magistralmente (segundo as palavras de Manuel Adrião) sobre estas duas obras pioneiras, sobre as quais procurou então provar por exaustivo cardápio documental (assentando a sua tese na Kaballah judaico-cristã, nomeadamente a Gematria) ter sido português, o Almirante Cristóvão Colombo!

Sem descurar pormenores, Victor Manuel Adrião refere-nos também e muito em particular, o luso-descendente/luso-brasileiro (que descende de Tomé de Souza, 1º Vice-Rei do Brasil), o inestimável Professor Henrique José de Souza , que legitima a sua obra numa maior clarificação do esoterismo colombino em três textos magistrais.

Por muita averiguação e investigação feitas, também Mascarenhas Barreto, autor de dois intensos volumes de grande integridade e investigação históricas que, desde 1988 até 1997 rubrica e desenvolve, no seu livro: "Colombo Português - Provas Documentais" do que então elaborou e, recolheu, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal (e junto do descendente directo do navegador) na firme convicção histórica de Cristóvão Colombo ser português!

José Rodrigues dos Santos, o famoso jornalista português e autor de diversas obras também e assim o tem relatado e, documentado sobre o mesmo tema, no seu livro: "Codex 632 (2005)". Corroborante desta igual tese, de Colombo ser oriundo de Cuba, no Alentejo, e ter estado, escrupulosamente, ao serviço do seu único rei, Rei de Portugal de então.

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Ilustração histórica de Cristóvão Colombo numa das suas naus, a Santa Clara ou Niña (pois que a de Santa Maria naufragou na véspera do Natal de 1492, em Hispaniola (ilha nas Antilhas, dividida hoje entre o Haiti e a República Dominicana). Restaria a Pinta e a Niña, esta última a preferida e escolhida por Colombo na sua primeira viagem ao Novo Mundo, sendo escolhida para ser capitânea também numa segunda e terceira viagens, integradas ambas na frota do navegador.

O Primeiro Grande Espião do Mundo!
Ao que se sabe, Cristóvão Colombo, terá aprendido a arte da navegação em Portugal; e já em 1476, terá surgido nessas andanças de mares e marinheiros, ele incluído, sobre os mares e marés das Caraíbas, a mando e capitânia de João Coelho.

Não se sabe se fora aí (ou mais tarde) que Colombo terá usado e utilizado da melhor forma, o pseudónimo de Cristóvão Cólon (em vez de, Salvador Fernandes Zarco), refugiado depois nos préstimos de Espanha e de seus reis, em bonomia ou fidalguia de outros ideais, outras aventuras. O que se sabe é que, Colombo, ainda tinha muito por guardar e esconder dos demais...

Consolidado amigo íntimo do Rei Dom João II de Portugal e de Dª Leonor de Portugal (de quem se disse tê-lo recebido em seus próprios aposentes, aquando chegado das Índias Ocidentais, vulgo Américas, a rainha fez tenção de ali o receber; algo inédito e mesmo vedado a todos os que lhe não fossem próximos...) participaria desde sempre em diversas missões marítimas - altamente secretas! - ao serviço e honras de Suas Majestades, os Reis de Portugal e à Coroa Portuguesa, por todo o Atlântico.

Colombo, era um auto-didacta mas acérrimo defensor da boa arte de navegação, tendo mestria e perfeição em tudo o que fazia e, exibia, em escrita (em português e castelhano, numa versão aportuguesada, nunca em italiano ou latim), mas ofertando ânimos de ser um exímio poliglota, versado noutras línguas.

Expressando-se com altos conhecimentos científicos (que seria absurdo justificar os de nascença como tecelão...) e, sabendo ele ser nobre, casaria com uma fidalga portuguesa, da pequena ilha de Porto Santo (Madeira) de seu nome: Dª Filipa de Moniz Perestrelo, em 1479, desposando aquela que era a nobre filha de Bartolomeu Perestrelo, capitão donatário de Porto Santo, descendente de Egas Moniz e familiar de Dom Nuno Álvares Pereira.

Obviamente que Dª Filipa terá obtido a autorização do Rei de Portugal (uma vez que se tratava de uma das 12 elogiosas Comendadoras do Mosteiro de Todos os Santos), sendo designada : "Nobre Comendadora".

Para quem era um simples marinheiro, ainda que mestre da navegação, que honrarias e alcavalas seriam estas para que desposasse tão nobre dama sem ele o ser...? Não se acredita nessa tese, evidentemente. Colombo, ao serviço de Portugal, seria nobre e afecto à Casa Real, à Coroa Portuguesa. Só dessa forma e conluio, poderia ter chegado a tão alta nobreza de alcova e sustento nobiliárquicos - que não monásticos como os da desposada agora Filipa Moniz Perestrelo - mas, que até aí muitos mantinham ele não ter; mas tinha, só que muito poucos o sabiam...

Da união nasceu-lhes um lindo filho, supõe-se, de nome: Diogo Colombo. Isto, em 1480. Enviuvando em 1485, desgostado ou simplesmente desmotivado, rumou a Castela onde se embeiçou por Beatriz Enríquez, no que em 1488 nasceu desta união, o seu filho Fernando Colombo.

Quando Bartolomeu Dias, em 1488, regressou da sua viagem ao Cabo da Boa Esperança (embora Colombo se encontrasse em Espanha há já 4 anos) desloca-se a Lisboa para assistir à sua chegada. Fala aprazivelmente com o Rei Dom João II que apelida este de «meu fiel amigo», executa novos estudos, novas rotas de navegação e, muito mais lhe terá sido acedido e concedido, pois que desse momento não há provas, pelo que o próprio Colombo terá mantido em máximo segredo ante todos.

Para apimentar mais esta correlação genética sobre Colombo, a Condessa de Lemos afiança numa carta em que assume Colombo ser seu sobrinho; carta esta reescrita por Dom Duarte de Almeida (um Perestrelo) ao seu rei Dom João III, já mais tarde e sob a égide de outro rei e reino.

Além do que já se sabe e tanto se refere nos anais históricos de, Colombo, ter prolongado a sua estadia em Portugal, pormenorizando ou maximizando essa epopeia ante o seu rei, Dom João II, no regresso das Américas (tendo feito escala e pontão nos Açores), fazendo esperar em Castela (para malgrado destes), os reis católicos, Fernando e Isabel. Mais que uma afronta, fora rebelião, sentiu-se dizer, nos olhares e nas mentes de todos os que à época pactuaram com esta estadia assaz invulgar nos domínios portugueses...

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Saberia Colombo que estava pisando a América, essa outra terra de outras crenças, outros medos mas também outros sonhos que não os dele e de seu reino ou, para quem agora trabalhava (ou espiava) de reis católicos que tanto esperaram por novas de si...? E porque os fizera ele tanto esperar...???

Segredos de Estado???
Não se sabe de descendentes de Colombo, em Itália. Os filhos do navegador - Diogo e Fernando (Diego e Hernan) - embora muito azougados ou pressionados que tenham estado sobre a identidade de seu pai, Colombo, pouco terão acrescentado, mas ainda assim reverteriam sobre a ilustre obra biográfica « Vida del Almirante»:

"Ele quis que fosse incerta e desconhecida a sua origem e Pátria." - Ao que se arroga hoje dizer que sim, que Colombo tanto em vida como em morte terá guardado segredo e sigilo sobre a sua verdadeira origem. Fosse por motivos políticos, sigilosa constituição de aferição e ordenamento por seu rei e senhor El-rei Dom João II, Colombo terá para sempre lacrado essa união, esse seu consentimento de nada dizer; mesmo além os tempos ou à sua própria descendência.

Como Portugal esteve sempre na dianteira ou vanguarda de todo esse processo de navegação marítima para outras terras, outros mares e outros mundos, seria natural que se mantivesse em completo sigilo, ou mesmo algum secretismo.

E tudo isso sobre as suas realizações, a sua mestria de navegação e orientação, objectivos e finalizações; muitas delas já concretizadas ou a perspectivar sem que castelhanos, genoveses ou demais mundo (entre eles, ingleses, holandeses, turcos e por aí fora...) lhes dessem desmando do que então já tinham alcançado, no que demais sobraria do que há muito sabiam haver além o mapeado.

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Bandeiras da Ordem de Cristo (Ordem dos Templários): as viagens reais ou, a sua mui esclarecida nobreza, em porte e brasão de cruz, na ostensiva propriedade de Translatio Trinitatis, da corrente que Colombo seguia. San Salvador, Cuba e a cidade de Trinidad não são meras palavras indicativas de registo mas, da confluência de berço e nascença de Colombo, ao baptizá-las assim, em homenagem e glória, supostamente, das primeiras terras em que aportou e abençoou.

A Título de curiosidades...
Pedro Álvares Cabral, redescobridor oficial do Brasil, casou-se com Isabel de Castro, neta de Isabel Perestrelo (mãe de Filipa Perestrelo), pelo que, por afinidade, era primo de Cristóvão Colombo.

Luís Vaz de Camões - o celebérrimo autor de: «Os Lusíadas» - era bisneto de João Vaz de Camões, irmão de Gonçalo Vaz de Camões, avô do marido de Inês Maria da Câmara (e como esta era meia-irmã de Cristóvão Colombo) este era, por afinidade e em terceiro grau ascendente, parente do poeta épico.

Finalizando esta épica epopeia escrita de ligações «perigosas» mas mui dignas aqui de serem retratadas, há a referir que Vasco da Gama (sendo bisneto de Estêvão da Gama, tio de Guiomar Vasco da Gama), seria tio-avô de Luís Vaz de Camões que o tornou assim, na principal personagem da sua obra épica. E como a mesma Guiomar Vaz da Gama era tia-avó de Lopo Vaz de Camões, casado com Inês Dias da Câmara (a tal meia-irmã de Cristóvão Colombo), o descobridor do caminho marítimo para as Índias Orientais, era parente do almirante das Índias Ocidentais.

E agora? Estão satisfeitos? Nada melhor do que rebuscar na árvore genealógica dos nossos antepassados, para se saber de nossa verdadeira condição e, estirpe nacionalista, ou então de nada valeu todo esse longo e espinhoso percurso dos que nos foram antecessores ou quiçá precursores de outros valores e de outros mundos! Mas há quem, insistente e teimosamente o continue a refutar. Lamenta-se tal a bem da verdade histórica; doa a quem doer!!!

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2020: a epopeia do Espaço - a abertura do nosso campo visual de um planeta vermelho que espera por nós, humanos. Tal como outrora, somos todos exploradores de outras terras, outros povos e outros mundos que entretanto venhamos a conhecer e, a integrar como um todo...

A Exploração: ontem e hoje, a mesma aventura!
E quando a exploração é espacial sobre o que o Cosmos ainda nos guarda - ou aguarda - sentimos que talvez não fosse de todo despiciendo homenageá-los, endeusá-los, e não, o termos negado ou renegado esses outros exploradores, outros homens que do Velho Mundo encontraram um Novo - e hoje, além a Terra, além o almejado Marte, seremos - porventura - prevenida e preferencialmente, todos os renovados ou reciclados exploradores/colonizadores de outras eras, outros tempos.

E dessa investida, dessa permanente corrida ao Espaço, nós, terrestres, esperamos quase ensandecidos e pouco comedidos, que esses navegantes do Cosmos, das estrelas e dos planetas e tudo o mais, nos venham cumprimentar - hoje e sempre - na conquista, na colonização (nossa, e não «deles em nós») e na sequencial evolução dos povos; mesmo que de outros mundos...

Por mais homenagens que houvessem, nada lhe seria póstumo em rigor e pertinência, audácia e justeza, de tudo o que Cristóvão Colombo fez por nós; todos!

Em 1992, tendo-se comemorado os 500 anos da chegada à América deste tão falado navegador de origem ainda possivelmente desconhecida, porém assumidamente discutida em grande polémica e alguma não-contenção dos interesses instalados, intui-se que não será para breve que uma verdadeira e última anunciação se lhe coloque em derradeiro ponto final.

O mais curioso (para não dizer estupefacção...) foi o admitir-se ninguém estar muito interessado em celebrar ou comemorar este grande feito da viagem do descobridor. Na verdade, as celebrações ver-se-iam envoltas em grande polémica e, protestos, não sendo mitigado, a cada passo, que a chegada do homem branco - neste caso à América do Norte - tenha feito correr demasiado sangue; sangue que ainda se sente, acredita-se, escorrendo nas almas dos que, recobrando vidas ressuscitadas de outras vidas, o perdão não incentivam e as desculpas não impelem ou sim contrariam, o tanto mal que se infestou sobre terras das Índias Ocidentais...

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As Réplicas das Naus: Pinta, Niña e Santa Maria. (Foto Multimédia)

O Empenho e o desleixo...
A Columbus Fundation em inícios de de 1988, foi incumbida de estimular o desenho e a construção destas naus perdidas, através de exímios historiadores e engenheiros navais naquela que seria a réplica da Niña, a nau de Colombo.

Utilizando técnicas e métodos de construção naval idênticos aos utilizados no século XV e XVI pelos mestres Espanhóis e Portugueses (e com base em documentos da época) armou-se a Niña com quatro metros e respectivas velas; e tudo sob o comando técnico aperfeiçoado de Jonathan Morton Nance, historiador naval britânico e um dos principais investigadores a trabalhar no projecto que concluísse a construção da Niña.

Em 1991, a Réplica da Caravela Preferida de Colombo largou da margem do rio Uno, de Valença, Brasil, rumo à Costa Rica, na sua primeira viagem oceânica, em que percorreu 4 mil milhas sem qualquer escolta.

Aí chegou em Janeiro de 1992, para participar no filme de Ridley Scott - 1492 - que revelou erros crassos e uma ignorância histórica sem limites (em datas, nomes e acontecimentos históricos errados) no que se não enlevaria em honraria cinematográfica ou de maior relevo que não fosse, o termos presenciado o tão prestigioso e mui talentoso actor Gérard Dépardieu que se vestiu de Colombo, dando luz (fraca, convenhamos...) à tão exuberante e ainda enigmática figura de Cristóvão Colombo.

Deplorável, diz-se por aí, foi também a consideração que a convenção histórica mundial asseverou por tão mal tratados terem sido os verdadeiros documentos sobre este tão eminente navegador; tão deploráveis e lamentavelmente inúteis e sem história, as naus-réplica entretanto construídas e mostradas ao mundo como o exemplo do que foram estes navios de outrora, jazendo em pé, por milagre, por invasão infesta de térmitas (ao que se soube) das naus-réplica « Santa Maria, Niña e Pinta» no risco de se perderem para sempre.

Isto, em ocorrências de 2001... dezasseis anos passados sobre este infortúnio nada se sabe ou se não quer saber, perdendo-se a reconstrução não só das naus, mas, de toda a História Naval dos nossos avós e tios-avós, enfim, de todos os nossos antepassados que tanto lutaram - e muitos morreram - para que houvessem outros mundos ao Mundo.

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Buzz Aldrin no seu mais heróico gesto de boa vontade em captação fotográfica sobre a Lua. Aldrin, o tripulante da primeira missão da NASA a explorar o satélite lunar (natural ou artificial, no que hoje ainda se debate...) e, o segundo a pisar a Lua. Em silêncio se mantiveram, até que os anos, pesados, lhes ditaram na consciência e no âmago de homens de bem, que a verdade alguma vez teria de ser dita...

Hoje Lua, amanhã, Marte!
E se Marte não é a estrela mais reluzente do Céu (algo que se deixa para Vénus), ser-nos-à, um dia destes, o nosso mais belo berço de nascença à cova, como sempre digo, de estrelas brilhantes no céu, tão brilhantes como as que Apolo 11 e os seus astronautas viram ou observaram em êxtase, em sublimação de tudo o que jamais lhes fora contado, insinuado ou até alvitrado.

As luzes de Colombo, talvez as mesmas ou idênticas luzes que em flashes iridescentes ofuscaram e encadearam - em encantamento ou deslumbramento - Buzz Aldrin e Neil Armstrong (além Michael Collins que permaneceu no no módulo de comando, na órbita lunar, o pobre, que assim perdeu o tanto que nem em sonhos imaginaria vir a suceder...) quando pousaram na Lua, no fantástico dia 20 de Julho de 1969, por bênção exclusiva da NASA!

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Foto captada pelos astronautas da Apolo 11, aquando a sua missão espacial à Lua. O que a NASA então ocultou e os seus astronautas, na época, também omitiram; por medo ou vergonha, imposição e legislação contraditória com o que o Homem deve compor e, repor, sobre todas as coisas, sobre toda a verdade... e essa verdade... saber-se-ia!

Magia estelar...?
E que valsa mais bela, que sinfonia mais encantatória, magistral ou deambulatória que alguma vez jamais alguém ouvira; e dessa valsa, e dessa sinfonia nada se soube, nada franqueou para a Terra.

Que luzes são estas...? Que magia é esta...? - diriam para si, de entre eles, assumindo-se aparvalhados mas ao mesmo tempo rodeados daquela doce fantasia de seres e naves estelares - ou voadores objectos em viagem, talvez (se a mente lhes não falha) as mais esfuziantes e maravilhosas luzes no Espaço... absurdas mas belas, muito belas -  dessa surda sinfonia, dessa estelar e estonteante magia, dessa sua valsa rodopiada e não desatinada, que se lhes pronunciou sem que para isso estivessem preparados... Que luzes eram aquelas??? (Os momentos dos astronautas da Apolo 11, na Lua).

E Colombo, que sentiu ele, em 1492...?
Como poderia ter Colombo reagido, ter insistido consigo próprio que tudo não passaria de simples loucura, simples devaneio de quem sorve o sentimento da solidão, o néctar azedo do que já fora bom vinho ou, da insolência do que a mente traga, por tantos dias, tantas noites passadas no mar...?

E que alucinação ou aberração dos deuses pode ser esta, terá instado Colombo, amassado e tão contrariado, fustigado pelo sal do mar, pelas agruras de uma nau, sua, que tanto embarca, que tanto resfolega ante as vagas traiçoeiras daquele mar alto, mar de ninguém...? Que doideira ou feitiço desses povos que em vez de arregaçarem mangas se lamentam e inventam males maiores, males de outros ou sobre outros, para se comprazerem assim...?

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A fraude ou a verídica anunciação da existência de outros seres, de outros mundos, na Lua???

Pensar e sentir como Cristóvão Colombo...
Nas Américas ou na Lua (ou noutro satélite qualquer), como reagiríamos, se tal nos sucedesse, ali, bem na frente, um «mero» ser que deve ser algo ou alguém que de igual forma nossa não é, mas vive e foge; e esconde-se, pois que o Homem não é alma boa, alma gentia (terá inferido este ser lunar que aí anda sem fato e sem camuflado). E sendo talvez de outra estirpe, outra formação que não a humana ou simplesmente a farsa apresentada de quem quer ser mais do que é ou imaginar que, na Lua, algo ou alguém, um dia destes, nos cumprimenta e toma café ou chá connosco... um dia destes...

Teria Colombo sentido igual, tal como os astronautas da Apolo 11 em completa estranheza mas muita subtileza, convenhamos, de serem arrastados para algo que nem eles nem outro alguém para isso estaria preparado...?!

Deambulações de Colombo
Interrogações de Colombo ou as iguais evidências de quando se viu chegar ao Novo Mundo, com criaturas diversas, despidas, seminuas ou simplesmente diferentes, do que em noites mal dormidas e outras insónias assistidas, Colombo jamais esqueceria quem ali o levou, sob luzes que jamais voltou a ver também...

«Que luzes malditas (ou benditas sejam, se me levarem até onde quero) - terá invocado Colombo -  por tam (tão) força ignota, tam desconhecida dos homens e de reis, de nobres e povo que tanto se matariam por tê-las visto assi (assim). E se nam houvera loucura no que meus olhos vêem, que dirá meu rei, meu senhor e amigo, se lhe contasse deste feito, desta agonia ou desta luz de Deus que me encaminha para as Índias, para aquelas terras que só eu e meu senhor sabem de que falo; Quem me acreditaria...???»

Para sempre, Cristóvão Colombo, que a luz te acompanhe e a força te persiga nos caminhos do Além e que voltes, um dia, para todos nós. Marte é o caminho agora; entre outras terras, outros mundos...

Olha as estrelas, Colombo, e guia-te por elas, que nós, cá em baixo, vamos compondo os passos (pequenos) do Homem. Mas que, passos esses, gigantes para a Humanidade, vamos deslaçando e ainda mais desbravando, o que outras gentes, gentes inteligentes têm para nos dizer, para nos contar - e salvaguardar - de outros tesouros, outras riquezas de além Espaço...

Até sempre, Colombo! Até Marte! Até à eternidade planetária na viagem sempre presente do que as Memórias do Mar se nos entregaram de ti. Até lá, Colombo!

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