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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Portais Mágicos (I)

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Do explanar do Big Bang à desenvoltura geológica e por vezes antropomórfica dos elementos, coexistentes e observados pelo grande olho cósmico do Uno, versus Deusa-Mãe que tudo vê e tudo colhe sobre a implementação na Terra - e presumivelmente em muitos outros planetas e galáxias do Universo - até à indefectível sementeira panspérmica (panspermia cósmica) do nosso solo planetário: «Assim na Terra como no Céu!...»

A Mente Universal Única
Haverá uma Mente Universal Única...? Poderá a cosmologia quântica confirmá-lo? Poder-se-à alegadamente reportar e confinar, ou, em último recurso, considerar que tudo poderemos conhecer, atingir e compreender através do centro da nossa própria consciência...? Porque, inevitável e assumidamente é essa mesma consciência que governa o Universo?

Faremos todos parte desse grande programa, projecto universal ou processo constituinte da grande e única Deusa-Mãe/Deus-Uno ou força maior inteligente que a todos dirige mas mantém autónomos e de experiência livre...? Quem o saberá responder com toda a certeza...?

Sendo algo que muitos tentam entender mas só alguns reiteram, como é o caso do prestigiado e mui perspicaz Dr. John Hagelin, para quem os grandes problemas da sociedade têm como sanável e eficaz resolução a tomada de medidas políticas que estejam em harmonia com as leis da Natureza, assim como a criação e estabilização da paz no mundo; o nosso mundo. Redige então:

"A Física Quântica confirma-o. A Cosmologia Quântica confirma-o - O Universo, na essência, emerge do pensamento e toda esta matéria em nosso redor é apenas um pensamento precipitado.
Em última instância, nós somos a fonte do Universo, e quando percebemos esse poder directamente pela experiência, podemos começar a exercer a nossa autoridade e a alcançar mais e mais coisas. Criar seja o que for. Conhecer tudo, a partir do centro da nossa própria consciência, que é, em última instância, a Consciência Universal que governa o Universo!"

                              - Dr. John Hagelin, cientista norte-americano licenciado em Física Quântica, formador e especialista em Políticas Sociais de renome internacional.

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NGC 3324: uma das mais poderosas erupções observadas em raios-X, detectada pelo telescópio espacial do Observatório de Raios-X Chandra (Chandra X-Ray Observatory), da NASA/JPL (Laboratório de propulsão a jacto, em sua administração).

Para lá de toda a nossa Imaginação...
O Céu Nocturno, visto a olho nu, dá-nos a sensação quase letal de quão pequenos somos em face à dimensão dessa inimaginável profundidade de estrelas, planetas, galáxias e demais corpos celestes que porventura ainda se escondem na sabedoria ou conhecimento humano. Finito ou infinito, o Universo cintila perante nós, humanos, em toda a sua magma força e inteligência supremas, inspirando-nos desde a aurora dos tempos.

Observando-se cerca de 3000 estrelas (a olho nu) sobre este pano escuro e as cabeças terrestres que todos somos, só aos eruditos, aos astrónomos e astrofísicos, é dada a oportunidade de se recolherem na sua magia e intuição, na observação mais íntima ou pormenorizada em termos científicos sobre a maravilhosa miríade de estrelas e fenómenos que dos céus vêem.

Com o auxílio dos primeiros telescópios, o Homem teve assim a oportunidade de se aprofundar mais na ciência da Astronomia com maior rigor e precisão, autonomia e evolução sempre crescentes, na observação, cartografia e catalogação sobre tudo o que viam.

Fotómetros, espectrómetros, radiotelescópios e demais instrumentos, no que não faltam os elaborados e actualíssimos computadores de última geração, que nos proporcionam estas fantásticas imagens de estrelas e galáxias, e que, os Astrónomos, com o auxílio dos Físicos, vieram acrescentar assim a uma maior compreensão do que rege ou define as regras básicas do Universo.

Mesmo em relação ao Big Bang, que os cientistas consideram a própria origem do Universo, havendo continuamente correcções sobre ele, nem tudo estará devidamente respondido, até porque, não se sabe efectivamente de tudo...

A natureza da «matéria escura» permanece ainda algo controversa de entre os cientistas, sendo que muitas dúvidas são ainda levantadas sem grandes respostas; talvez a mais intrigante resida na   premissa de que, aproximadamente nove décimos de toda essa matéria escura do Universo, exista numa forma que ainda não foi observada e, na realidade, não pode ser detectada directamente.

Segundo Stuart Clark que aborda esta temática de forma muito explícita (numa sua obra sobre Astrofísica), afere com toda a certeza:

«Enquanto algumas pessoas sentem que os progressos da Astronomia estão a suplantar o tradicional conceito de Deus como criador e organizador do Universo e de tudo o que ele contém, outras vêem o relato preciso de crescente complexidade de matéria desde o acontecimento original como revelador do mistério, do drama, da beleza e do significado subjacentes ao Universo!».

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Imagem de satélite sobre a Península Ibérica, mais especificamente sobre o território, português, dando enfoque aos incêndios que deflagraram em Portugal no Verão de 2017.

Espectadores aéreos sobre a Terra...
Na profusão de imagens via satélite, o Homem acorre à mais dura realidade sobre ventos e marés, sobre tufões ou tsunamis e o que mais vier, ou seja, sobre as intempéries ou acidentes de percurso que na Terra se registam por obra da Natureza, ou mesmo do próprio Homem. Mas como não é de incêndios que aqui se vai falar, por ora, há que ter muito bem essa consciência da dimensão dos prejuízos e das anomalias que se vão precedendo, mesmo que nesse enjeito o ser humano não tenha sido o causador. O mundo gira e avança; recrudesce e evolui - ou não. Estar preparado para isso, já é uma outra história...

Em relação ao conhecimento dos céus, as primeiras tentativas para explicar a beleza e do que destes provinha, fizeram o Homem criar histórias de deuses e deusas, heróis e criaturas míticas; muitas culturas antigas usaram as estrelas como núcleo central dos seus relatos mitológicos e religiosos.

Os Planetas, movendo-se regularmente, neste pano de fundo de estrelas fixas, deram origem à antiga ciência da Astrologia, que procurou então ligar o destino da Humanidade aos movimentos cíclicos do Universo.

Partindo do princípio de que a Terra estava no centro do Universo, os astrólogos observaram e registaram esses ciclos com muito cuidado até que se fizeram descobertas que não podiam ser explicadas pelo sistema geocêntrico. De seguida, a introdução da Astronomia veio complementar ou seduzir ainda mais as muitas questões havidas sobre as estrelas e o céu no seu todo.

Na Terra, no tempo e no espaço que lhes era devido, os seus habitantes, perpetuariam o que hoje o Homem Moderno aventa de toda a sua origem e pedaço terrestre do Neolítico até aos dias actuais.
Falando deste pequeno chão e grande céu que nos abeira, Portugal potencia toda uma dinâmica geológica que, através dos tempos, se deu a conhecer, inaugurando outros tempos, outras memórias, como verdadeiros portais estelares na Terra.

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Imagem da NASA sobre a Península Ibérica (Portugal e Espanha) em visão nocturna. Quanto a Portugal, será este o mais evidente estelar portal dos deuses na Terra...? Por que o afirmamos? Por que o incitamos ou simplesmente o arrogamos em toda a sua máxima força do que sobre o seu solo, o seu chão, as pedras nos dizem, as rochas nos convocam, e os sons inaudíveis de outrora nos induzem sobre o que Portugal no Neolítico nos mostrou em toda a sua pujante glória?!

Portugal: o portal estelar dos deuses na Terra!
De todos os portais mágicos da Terra, Portugal encarreira-se num dos mais emblemáticos em coerência geológica mas também alguma magia, mistérios, e tantas mais sublimações de cariz geofísico que nos impelem a acrescentar que, este pequeno país ou nação fundada de eiras e beiras de há 900 anos, em fronteiras e em reinos, em Monarquias e Repúblicas, seja hoje, apenas, a sombra de um passado há muito distante e distinto. E tão distinto quanto feérico, endeusado ou porquanto encaminhado por aqueles mesmos deuses, seres superiores ao Homem, que aqui o guiou, o ensinou e finalmente lhe largou os cueiros ou fraldas para poder fazer-se à vida...

Somos tão antigos! Antes mesmo de sermos portugueses, já por cá andávamos - do Neolítico à actualidade. Há aproximadamente 5000 anos que pisamos este chão e respiramos este ar que hoje se pronuncia ibérico e que já foi hispânico (Hispânia, dos tempos romanos) e Al-Andalus (dos tempos mouros ou muçulmanos), Condado Portucalense, da reconquista cristã aos mouros (860-1139) e depois fundador reino de Dom Afonso Henriques, Portocale - e de Al-Gharb (Algarve), já mais tarde e em perfeita sucessão e comunhão monárquicas de posse e conluio - entre outras designações que aqui não caberiam.

Fizemos parte do «Pacote Neolítico», daquele que encima e progride como território e bênção de subsistência/sobrevivência do Homem sobre agricultura, criação e domesticação de animais, cerâmica e pedra polida, no começo da exploração sistemática de filões metalíferos de cobre (Calcolítico, período em que se desenvolveu o fenómeno megalítico de Menires, Cromeleques e Dólmenes). E isto, há cerca de 5500 anos a. C. e 2800 a. C. (do período Neolítico: Antigo, Médio e Final).

Antes ainda, fomos comunidades mesolíticas, nessa arrevesada espécie de Humanidade Adâmica (especialmente no território português de temperatura amena) e, se o paraíso existiu, ele ter-se-à radicado aqui, neste solo e neste chão portugueses de então. Mas nem tudo seria perfeito; nem tudo permaneceria ante a eloquente vibração de outros novos tempos em trabalhos árduos mas mais fartos.

A competição territorial foi férrea mas irreversível. Ganharam os do Neolítico, os do tal pacote neolítico de novas influências e urgências em plantar, semear e pastorear, e depois colher para mais tarde guardar, alimentar e solver todas as carências alimentares havidas. A Agricultura e a Pastorícia (em termos de sustento e de manutenção) criaram um maior desenvolvimento e crescimento demográficos. E foi este o nosso início. Em chão hoje português!

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A Deusa-Mãe. Escultura do Neolítico, representando a Deusa-Mãe em toda a sua glória universal. Figura exposta no Museu de Ankara, Turquia. É desta feita, o culto/veneração atestadamente mais antigo da Pré-História de um ente feminino ou divindade relacionada com a Fecundidade e com a doação de Vida.

A Deusa-Mãe
Invocada, bajulada ou idolatrada pelo Homem através dos tempos, na Terra, foi considerada a Mãe de todas as Coisas, vivas e não vivas, existentes ou preexistentes, acima de todas as coisas.
A Deusa-Mãe Parideira do Paleolítico e do Mesolítico terá então dado lugar à Deusa-Mãe das sementeiras e aos cultos fálicos e masculinos identificados com o arado (que rasga a terra), com a enxó (que a cultiva) e com o machado (que derruba).

As Comunidades Neolíticas, entretanto implementadas na Terra em hegemonia total sobre as anteriores (não sem algum nepotismo mas cientes da sua existência e sobrevivência), adoradoras da Serpente e da Terra, expulsaram Adão. E o resto é sobejamente conhecido...

No arquétipo e conceito de Apuleio, a Deusa é: « Natureza, a Mãe Universal, a amante dos elementos, filha primordial do tempo, soberana de tudo o que é espiritual, Rainha dos Mortos, Rainha também dos Imortais, a manifestação singular de todos os deuses e deusas que existem, cujo gesto governa as alturas resplandecentes dos Céus, todas as brisas do Mar, os queixosos silêncios do Mundo de baixo.

É venerada de muitas maneiras, conhecida por inúmeros nomes e propiciada por rituais de todas as formas.». No fundo, a Deusa-Mãe, é o arquétipo do Feminino no seu mais específico caso como, a Mãe dos Deuses ou de Deus e, a Senhora do Firmamento. É a Lua que mede o tempo e o divide num calendário. É a Serpente e a Água que habitam o mundo subterrâneo.

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Vénus de Willendorf: a escultura deveras apreciada como uma outra representação da Deusa-Mãe do Neolítico; como outras de há 26.000 anos a. C., ou seja, estátuas-menir entretanto descobertas (estatuetas femininas em marfim, em osso ou em pedra, ou representadas em relevo), confirmando o especial papel ocupado pela mulher nas comunidades do Paleolítico Superior.

Mulher/Mãe/Deusa
A Mulher é Mãe - e eventualmente - Deusa! Apresentando caracteres predominantemente relativos à Fecundidade e à Maternidade (como por exemplo, a esteatopigia, que se caracteriza por seios volumosos ou mesmo exagerados, ventres proeminentes, grávidos e vulvas bem marcadas, para além da representação esquemática das vulvas propriamente ditas, mas isoladamente), conduz-nos à conclusão de que estes entes femininos assim representados assumem características fortemente simbólicas. Ou mais do que isso.

A Deusa-Mãe sendo de entre muitos o símbolo mais pregnante de todos - sendo inclusive considerada a Divindade, por excelência, é no cômputo geral de todos os seus atributos a Divindade Máxima do estatuto praticamente universal como Terra-Mãe ou Deusa da Terra!

Sabe-se que, no período e explanado advento das Comunidades Neolíticas, o estabelecimento de um culto objectivamente dirigido para uma divindade feminina não nos projecta qualquer dúvida da circunstância primordial e suma importância, correlacionadas ambas com os ciclos vitais da terra, com as sementeiras e as colheitas, mas também com a definição do calendário mensal, em íntima ligação com as fases da Lua e, com os ciclos menstruais reguladores da fecundidade das fêmeas.

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Menir da Figueira, Budens (Vila do Bispo), exposto no Museu Municipal de Lagos, Portugal. Ou, recentemente, na mais convincente urgência de designação e ultimação de ser considerado: O Ovo Cósmico de Portugal e do Mundo! Por aqui começou a criação; por aqui se revelou uma outra História!

O Ovo Cósmico/Menir da Figueira (Budens)
Quem o vê não lhe fica indiferente. Quem lhe toca, muito menos. Falo por experiência própria ou expressão pessoal (ao ter-me dirigido ao Museu de Lagos, no Algarve) do que então senti ao tocar-lhe, ao vivenciar algo de estranho, sensorialmente complexo, mas muito determinante na energia havida por tamanha circunstância geológica estar bem na minha frente e eu, simplesmente, poder senti-la. E ter ficado com mais certezas do que dúvidas!

Mais do que uma pedra em forma ovóide e de traços registados nela como acentuadas vulvas (algo que os historiadores e arqueólogos anteriormente tinham conotado como cordões, constituídos por ovais unidas entre si com um traço a meio, evocando vulvas, na simbólica associação à polaridade feminina), foi então a visualização que deste hipotético menir eu fiz, em face ao muito ou para além do que era suposto este Menir de Budens evocar...

Descoberto por um cidadão britânico aquando a sua passagem pela cidade e arredores de Silves, no sul de Portugal, e assim ter dado com esta preciosidade do Neolítico numa isolada quinta do Barlavento  Algarvio - e tê-lo dado igualmente a conhecer ao mundo de sua suma importância ou relevância arqueológica - hoje o mundo pode tocar-lhe, e estar desta forma, em uníssono ou consonância com a verdadeira origem ou objectividade para que foi manuseado, instrumentalizado ou simplesmente deixado em repouso para que mais tarde fosse então tomado e compreendido...

O que se pensa ter sido uma «simples» descoberta de mais um Menir em terras portuguesas, foi o de revitalizar ou quiçá reconstruir essa outra verdade histórica de se estar perante um primeiríssimo Ovo Cósmico, em simbologia e criteriosa tecnologia (note-se que o relevo só poderá ter sido feito por mão externa à Terra) não em evocação feminina na sua morfologia ou anatomia humanas mas, muito mais do que isso: estar-se perante a figuração gráfica (em relevo) do nosso ADN humano!

Em hélice retratado, em performance geológica oval mas artificialmente aí registado num cordão que se assemelha à nossa dupla hélice do ADN humano, este menir, mais do que Menir, é, sem sombra de dúvida, o Sangri-lá dos investigadores e defensores da Arqueologia Proibida e dessa outra versão que segue a dos Antigos Astronautas/deuses astronautas que nos visitaram, ensinaram e moldaram para que mais tarde soubéssemos de Toda a Verdade! Mas será assim...???

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Menir do Algarve (megalitismo menírico em morfologia fálica, associado à polaridade masculina), exposto igualmente no Museu Municipal de Lagos, Algarve. Extraordinária foto de Ricardo Soares.

Menires que contam histórias...
O Algarve, em Portugal, parece ter constituído desta forma, uma das áreas de penetração precoce do Neolítico num distintivo megalitismo menírico do Barlavento Algarvio, não sem antes os investigadores se pronunciarem sobre os conjuntos de menires de Vila do Bispo, os quais, situados e descobertos agora numa área considerada desde a Antiguidade como um espaço sagrado, marcado pelas extremidades dos promontórios de Sagres e de São Vicente (sul de Portugal), será assim por dizer e registar, uma zona de interditos espaciais e de libações rituais em pedras, conforme o documenta o geógrafo Estrabão, reputado investigador nesta área.

Estes Menires têm sido paulatinamente estudados e referenciados como de grande relevância arqueológica, sendo a estação arqueológica da Caramujeira, em Lagoa, um dos locais mais exactos em escavações efectuadas em si por meados dos anos 70 do século XX, por Mário Varela Gomes, Pinho Monteiro e Cunha Serrão. Num contexto do Neolítico Antigo ou Médio, foram encontrados quase três dezenas de pequenos menires de calcário branco e amarelado, material desconhecido no local, dispostos em redor, e no âmbito de um povoado de superfície.

Denunciando uma forte coesão simbólica ou algo mais, suspeita-se, a maior parte dos menires algarvios, apesar da sua dispersão, resvala não só em termos e em torno de motivos fundadores da criação humana como, se pode ter a alegoria mais lata de serem potenciadores de uma outra história.

Funcionando ou não como Marcadores Territoriais (associados a povoados, acampamentos ou assentamentos eventualmente ligados às primeiras explorações agrícolas) acresce-se que, o fenómeno menírico, pode anteceder mesmo o Megalitismo Dolménico; tenha sido em libações rituais ou manifestações de homenagem idolátrica em alturas propícias do ano.

Há que referenciar ainda que, os Menires de origem fálica que se encontram decorados por bandas de cordões que vão da base ao topo (como o visado na imagem acima), sendo este marcado por um visível relevo representando o «meato uretral», está indubitavelmente associado à polaridade masculina, através da morfologia patentemente fálica - deste - e desses outros tantos menires que também se encontram no sul de Portugal; mais concretamente no Algarve, e em certas franjas do litoral alentejano e Estremadura.

Mas Sagres/Vila do Bispo, Bensafrim e Silves são, por excelência, os locais do barlavento algarvio onde esta realidade mais se acentuou de menires da zona costeira, em povoados fortemente marcados por uma economia recolectora «epimesolítica» e semi-sedentária. Se foram ajudados e incentivados pelos deuses, é algo que ainda hoje se estuda, especula e dá azo a muita polémica, num formato mais actual e muito mais dinâmico de novas vertentes ou abertura de uma outra arqueologia que, não seja, deseja-se, tão proibida assim...

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Imagem de Satélite de Portugal. Ínfimos no território mas gigantes na alma lusitana (e mui portuguesa!) de dar a conhecer não novamente mundos ao mundo mas histórias a uma outra História, que seja mais verdadeira e consonante com as nossas origens humanas e terrestres...

Portugal: ontem e hoje
Ontem éramos apenas território, povoados e pantanais, serranias e lugarejos sem nomes ou fronteiras, sem topografia ou delimitação; apenas paisagens arcaicas. E só isso. Ou tão-mais que é impossível aqui descrevê-lo. Os fenómenos físicos e geofísicos não lhe foram intemporais mas talvez supra-humanos ou sobrenaturais, segundo o contexto em que este Homem Pré-histórico terá vivido e, anuído talvez, que assim teria de ser, tomado de todas as provações, todas as contingências, para lá da Magia, da Religião e do Mito.

Segundo nos conta Paulo Pereira na sua vasta obra «Lugares Mágicos de Portugal», a comunhão entre este homem antigo ou arcaico e a paisagem não se encontra, porém, no seu próprio tempo, destituída de confrontos e de problemas ecológicos, registando que não partilha, por isso, de uma visão angélica da Humanidade. Admite peremptoriamente:

«Reconhece-se, todavia, que a estruturação destas sociedades propriamente arcaicas se fez em função de uma leitura permanente e atenta da realidade física e dos sinais que para lá dela parecem acontecer, mediante a construção de uma linguagem simbólica universal que transpõe para os nossos tempos, fragmentos ínfimos de uma cosmovisão que terá sido tão rica quanto a que possuímos hoje.

(...) Mas esta arqueotopografia encontra-se selada por uma espécie de pacto sagrado entre o Homem e o território, transformado ou não: por uma Geografia Sagrada  em que a própria paisagem constitui um símbolo e um médium de comunicação. Os acidentes de paisagem seriam já entendidos, por muitas comunidades, não propriamente como coisas «naturais», mas como marcas de uma existência superior e mítica (algo que só abandonou a maneira de o Homem ver o «mundo» há pouco mais de 200 anos...).

Por outro lado, as marcas deixadas pelos homens «antigos» nessa paisagem, constituíram referências para sucessivas releituras e para a marcha do entendimento do «Cosmos» em épocas diferentes, perante economias e corpos de crenças que se foram alterando - e com elas a própria percepção dessas marcas. Eram a demonstração da presença de um passado eventualmente comum, o que ajudou a construir identidades (no plural). Foram também «lugares de passagem», deste mundo para o «outro mundo» - para o Além - mediante práticas Mágico-religiosas (...).

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Equinócio de Outono, em Monte dos Fortes (monte Faro), Valença do Minho - Portugal.

Há que registar nesta medida de Símbolos Abstractos, muitos deles incrementados nos menires de larga evidência de símbolos lunares ou calendariais, de carácter cíclico em que a Deusa-Mãe está relacionada com todos eles, como sejam os Círculos Concêntricos, as Covinhas, as Espirais e as Suásticas, por incrível que nos possa parecer; talvez este último (símbolo da suástica) completamente desvirtuado do que mais tarde foi utilizado por Hitler e pelos nazis em plena Segunda Grande Guerra, na égide ideológica do nacional-socialismo...

Outro símbolo universal é o Triângulo Invertido:triângulo púbico, identificado com o género, sexo ou genitália da Deusa.

Círculos Concêntricos
Em Valença do Minho, a norte de Portugal, existe a mais pura evidência destes Círculos Concêntricos, num dos motivos mais comuns em toda a arte pós-glaciar de ar livre e da arte megalítica em geral. Pode considerar-se, em termos gerais, o símbolo da perfeição e do completamente, mas também um símbolo celeste, como representação do Céu.

Todavia, o círculo muitas vezes representado com linhas radiantes é tomado como representação do Astro-rei, o Sol. No entanto, sempre que o círculo aparece sem outros elementos (radiados), especialmente na arte megalítica gravada, poderá representar a Lua, na fase de Lua Cheia.

Registados na pedra, é comum observar-se as outras fases da Lua ( ligeiramente distorcido em forma de ferradura ou oval) o semicírculo orientado ou aberto, à esquerda ou à direita, indicando o quarto crescente ou quarto minguante.

Estas representações perspectivam poder ser, segundo os investigadores, calendários ou cálculos calendariais onde a Arquioastronomia faz a sua aparição em grande escala. Medida calendarial ou número mágico (na representação desses círculos concêntricos, de dois ou mais anéis), é algo que ainda está em debate assumir-se por completo.

No Monte dos Fortes, em Valença do Minho, Portugal, este conjunto de arte rupestre, chamado galaico-português, é composto pela gravação de diversos círculos combinados, destacando-se a rocha maior com cerca de 12. O Círculo Maior é então composto por por mais de 11 anéis concêntricos, de onde partem 2 gravações longilíneas em relação directa com outros círculos.

Esta modalidade de visões simbólicas está - eventualmente - relacionada com uma cosmogonia inquestionável! Não excluindo a hipótese de diversas lajes e  petróglifos estabelecerem entre si conexões visuais (num sistema de mútua visibilidade), poderá ter sido o mote para se proceder à marcação de territórios ou, mais provavelmente ainda, À Marcação de Horizontes!

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Alinhamento equinocial (a 50 metros do primeiro, em referência da primeira imagem). Existe na imagem a sugestão antropomórfica que se afigura como uma cabeça e um corpo.

Os olhos, sempre importantes, sempre presentes. Os «Ídolos oculados», parecem fazer parte do conjunto de objectos rituais associados ao culto da Deusa-Mãe (no Egipto, o hieróglifo Maa (Mãe), é a figuração de um olho. O olho ou olhos da Deusa podem ser considerados na cultura mediterrânica como de «mau olhado» em valor invertido. A omnisciência como atributo divino, contribui sempre para a fixação desse símbolo.

A Origem!
Tratando-se de magníficos exemplares da Arte Rupestre até aqui entendida, compreendida e explicada pelos grandes historiadores e arqueólogos da Terra, em que a arqueotopografia não está dissociada da arqueoastronomia e por aí fora, há, ou haverá, a resolução sempre surpreendente da complexidade conceptual deste motivo, levado ao extremo.

Os preceitos litolátricos evidentes, regista-nos igualmente uma concomitante acepção «solar» ou «astral». Daí que não seja difícil descodificar arqueológica e astralmente o que os símbolos nos querem dizer. Há que estar atento.

E, se por «magia» ou sombras de um passado distante, estes antepassados - da Terra ou fora dela - nos quiseram dizer que por aqui passaram e por aqui aventaram todos os esforços para que compreendêssemos não só as épocas certas das sementeiras mas, também e sobretudo, as das estrelas fora do nosso ninho planetário em maior abrangência e alguma confidência suas, só temos de o aceitar ou acatar.

Se não estamos errados, a Cosmogonia apresentada é de facto maravilhosa e tão autêntica quanto o céu nocturno que todos presenteamos mas não tocamos... ainda.

E tudo teve um início e certamente terá (ou poderá ter) um fim, quem o saberá...?! Mas falando do início, da «Origem», apela-se a que se fale verdade e só isso basta.

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Satélite da NASA. Hoje, sabemos que tempo vai fazer, em termos meteorológicos, obviamente. Sabemos se estamos dentro ou fora do epicentro de um qualquer tornado ou furacão de grau mínimo ou máximo; sabemos de tudo o que estes satélites nos revertem sobre as nossas cabeças. E sobre a Terra, o nosso planeta Terra. Esta, talvez, uma das primeiras imagens que esses deuses, esses seres inteligentes nos observaram sem que o pudéssemos registar...

Evidências do Neolítico e não só...
Por muito distantes que estejam esses tempos do Neolítico em que os nossos antepassados se fizeram sobreviver ante as situações mais inóspitas e mesmo cruéis que possamos imaginar, há que relatar que, qualquer ponto do planeta se poderia alocar e dar guarida a outros seres vindos do exterior. Daí veio o conhecimento, daí vieram outras insinuações tecnológicas que hoje dispomos e julgamos terem sido tão inovadoras quanto milagrosas na manutenção terrestre de certos monstros megalíticos, os quais ainda hoje nos faz interrogar de como foram transportados ou erigidos.

Portugal é a prova viva e, exacta, do que os deuses nos fizeram e deixaram um dia na Terra! Os feitos na pedra, as evidências geológicas retratadas no terreno são bem prova disso. O corte preciso, fiel, rigorosamente talhado, as protuberâncias na pedra, os símbolos, os elementos, a cartografia dos solos mediante os alinhamentos estratégicos, determinam tudo isso.

Através da Deusa-Mãe, do supremo Big Bang e de toda a sua extraordinária e fleumática propulsão de desenvolvimento e vida cosmogónicas, tendo sido espalhado o seu sémen estelar também na Terra (além outros presumíveis pontos planetários, mesmo que sob outras formas de vida...), houve tempo e espaço - e algum entretenimento, supõe-se - para que algumas zonas, regiões lúgubres da Terra, se perfumassem no clímax dos elementos. Elementos esses, tais como: Alinhamentos, Símbolos Universais - abstractos ou encriptados - de um impressionante megalitismo, indizível/ indivizível em toda a sua verdadeira magia do que os deuses, o Uno, ou a grande Deusa-Mãe reivindicou na Terra.

Hoje possuímos tecnologia de ponta; apropriada e desenvolvida segundo os grandes parâmetros da actualidade ou desta era moderna em que vivemos. E mais se seguirá. Mas, reportando que em Portugal as Antas se chamam de Arcas (vulgo Dólmenes para os mais distraídos ou abstraídos de alguma outra veracidade histórica e arqueológica), e os Alinhamentos Genéricos, coordenadas estelares que pontificam, na Terra, o esclarecimento aeroespacial dos deuses, que mais nos ficará em concepção ou aleivosa contradição deste entusiasmo...?

E, se por alguma razão, fomos contemplados com esta consignação, pois que mais haverá e tanto ainda restará por conhecer e absorver em tamanha anunciação dos céus, que mais imperará se não esperar que voltem, um dia destes?!

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Das civilizações perdidas aos dias de hoje, continuamente à espera, na esperança ou desistência de tempos que não voltam, de seres que não se dão a conhecer ou, porque, razoável e amavelmente, já estarão entre nós...

Deuses, ou homens e mulheres como nós...?
E que Deuses foram esses, os de então, manobrados, orientados e explanados pela grande Deusa-Mãe que nos deu conhecimento, que nos deu as indeléveis pedras do não-esquecimento mas do eterno vestígio - profundo e real - dessa sua origem, dessa sua verdade...?! Por que não voltaram...? Por que não se apresentaram ou fizeram eternizar sem ser através do que cá deixaram...? Voltarão? Já estarão cá e não se dão a conhecer...? E havendo essa esperança, esse retorno, em Portugal, terá sido este o eventual e pioneiro local (de paisagem arcaica e fronteiras abolidas), o portal estelar dos deuses, na Terra de então???

Terá havido em Portugal essa máxima urgência (em supremacia e alguma alquimia) desses seres superiores se fazerem ouvir, pressentir, ou simplesmente repercutir em tão vasto conhecimento sob portais, caracteres e amuletos, símbolos e sequências - muitos deles astronómicos - criando ou recriando, na Terra, a certeza de toda a existência no Cosmos...?!

Terá havido em Portugal, esse megalitismo mágico de referência e, persistência, do que ainda hoje não entendemos ou queremos continuar a ignorar ou, a persistir no engano e no erro, quase emblemáticos, quase cromossómicos, sobre essa não-piedosa mentira de cultos ou feitiçarias, sepulcros e ornamentais inculturas de outras culturas, outras origens, no fundo, de Inverdades?! E tudo isto por, basicamente, não estarmos ainda preparados para saber de Toda a Verdade!

E as verdades não sendo únicas ou absolutas como a Deusa-Mãe, serão, porventura, absurdas e jamais compreendidas se também e igualmente no-lo não forem explicadas ou coarctadas desse conhecimento...? E por essa razão sem razão, continuaremos então na perseguição mas também no esquecimento de quem nos deu a mão estelar para que evoluíssemos, para que aprendêssemos, para que ascendêssemos à sua condição. E, até hoje, continuamos à espera... apenas e tão-só, de podermos chegar perto, um pouco mais perto dessa mesma condição...

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