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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Portais Mágicos (II)

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Gruta Nova (Columbeira - Bombarral); Portugal. Locais sagrados, lugares mágicos ou mais exactamente, os estelares portais que os deuses nos edificaram na Terra através das civilizações antigas e do seu espectacular «modus operandi» que ainda hoje desconhecemos e se tornam, inevitavelmente, um dos muitos Enigmas da Humanidade...

«É o segredo do Mundo que todas as coisas subsistam e não morram, mas apenas se afastem um pouco da vista e depois voltem de novo. Nada está morto; os Homens fingem-se mortos, e suportam funerais simulados e obituários lúgubres, e ali se erguem olhando pela janela, sãos e escorreitos, nalgum novo e estranho disfarce.»
                                                        - Ralph Waldo Emerson -

Grutas, refúgios das civilizações antigas, locais sagrados de alta e poderosa energia, reflectores de toda essa magia de lugares que ainda hoje nos faz questionar de sua verdadeira origem e que, por sintomática apreensão, nos leva a considerá-los portentosos «Portais Cósmicos» em toda a acepção da palavra e do sentido.

O Homem de Neanderthal foi testemunha disso. E, o meu solo português e o meu céu aberto para si, foram as peças fundamentais dessa hegemónica e adensada consumação de incontornável hibridização genética que ainda hoje nos corre nas veias, aos lusitanos homens e mulheres, sobre uma terra (Lusitânea) que um dia foi chamada de: «terra de luz e de amêndoas...»

E sobre esta terra, sobre este chão, cobriram-se de manto e perdição, vida e culto, energia e saberes que vieram de longe, muito longe, e se fizeram raiar sobre a manhã e sobre a tarde, pois que a noite pulsante de luz e de estrelas, lhes diria, aos homens de então, que o «Pai Cósmico» estando no Céu, os abrigaria na Terra. E assim o ouviram; e assim o sentiram... Até hoje!

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Gruta da Lapa do Suão e Gruta Nova (Lourinhã e Reguengo Grande); Centro-Oeste de Portugal. Na gruta da Columbeira (Roliça-Bombarral), a descoberta em 1962, veio a revelar uma conspícua ocupação no Paleolítico Médio com uma potência estratigráfica significativa.

A presença do Homem de Neandertal prolongando-se até ao Paleolítico Superior, registou-se nestes locais sob a sua grande influência, no que hoje, como locais de grande interesse arqueológico, se nutrem por locais quase intocáveis em relação ao Homem Moderno.

Portugal e as suas grutas; as suas cavernas. Que Mistérios, que cultos ou que energias escondidas nos reservarão elas, no que paleontólogos e demais curiosos e sistemáticos investigadores aludem, assim que nestas entram, assim que nestas se imbuem adentro...?

E se do Homem Antigo se fala, que sozinho se não guiou, que outros seres aí povoaram, pisaram solo e esventraram em outros conhecimentos, outras manipulações, outras orquestrações de alta engenharia genética, de alta compleição científica sobre a anatomia e cérebros humanos, no que o «Menino do Lapedo» é prova fiel disso mesmo.

Que Deuses, que seres inteligentes foram esses, que criaram hibridação, que criaram um novo ser, de miscigenação e proliferação, sobre montes e vales, pradarias e montanhas, terras e céus portugueses, dando traços perfeitos à imperfeição do Homo sapiens neandertalensis...?!

Que Deuses ou seres magnânimos foram esses (ou serão ainda...) na amplitude cósmica de todos os conhecimentos, de todos os avanços ou evoluções humanas e terrestres...? E que, por vestígios deixados outrora e sedimentados agora sobre análises/perícias forenses retratadas, se assume, terem sido esses mesmos deuses que nos deram o entendimento, o recrudescimento e, acima de tudo, o desenvolvimento para o que hoje somos como homens e mulheres desta sociedade moderna, deste chão que antes de ser nosso, foi «deles» por direito conceptualmente a si concebido e, a nós, meramente instituído...

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O «Menino do Lapedo» e seus pais neandertais. Teria sido esta a imagem que veríamos acercar-nos, aquando os seres inteligentes nos moldaram de brutos, feios e maus de uma ameaçadora brutalidade, selvajaria e suposta animalidade, para traços mais exactos, perfeitos e condizentes com a realidade anatómica e cognitiva do Homem Moderno???

A Origem na Terra
Do vale de Neander, na Alemanha, hoje Europa Central, vimos «ressuscitar» esse abrutalhado e disforme ser humano que hoje os historiadores denominam de Homem de Neandertal (Neanderthal).

Do seu início à sua extinção, ainda que hajam hiatos por explicar ou lapsos de espaços e tempo em que se não descodificam exactamente estas hordas de continuidade genealógica (talvez os tempos certos para que essa hibridização se consumasse...) e, temos a mais avassaladora mas audaz transformação humana de seres quase primatas a serem evolucionados em autêntica matricial mestria - genética e incomparavelmente distinta no seu ADN primordial - em que o Homem se tornou. E, sabemos agora (ou no que alguns defendem) de termos sido geneticamente modificados e, alterados, para nosso próprio benefício humano sobre a Terra!

Há 300.000 anos que este Homem (homens e mulheres de Neandertal) por cá se fizeram vingar, em Portugal. Diferentes de «nós», hoje, foram os nossos parentes antigos, os nossos antepassados que viveram na maior agrura terrestre, geográfica e climática de todos os tempos! Desengane-se quem pense que hoje vive as maiores aflições de tempestades ou alterações climáticas, pois em tempos idos, nestes tempos de há 300.000 - 40.000 a. C., a coisa era bem mais complicada!

Assumidamente europeus, há quem os não subestime que tenham andado também a vaguear pela Ásia. E assim, lenta mas ousadamente, terá surgido o nosso já tão bem conhecido Homo sapiens sapiens, após muitas experiências ou turbulências perpetradas por mão estelar.

Que susto ou que terror não terão estes homens e mulheres sentido, ao confrontarem-se, em primeira mão também, com aqueles seres?

E que seres esses... (terão pensado) estranhos, complexos mas assépticos, luminosos e tão diferentes de si, encobertos por coisas de metais desconhecidos, sorridentes sem se lhes verem as faces, crentes, sem se lhes verem as intenções; e, pior do que tudo, falarem, sem se lhes verem os lábios e os objectivos sobre eles, que apenas queriam preservar a família e os proventos que tanto escasseavam da época glaciar e pós-glaciar à actual, àquela em que aqueles seres, em Encontros Imediatos de 4º grau (ou o quer que fosse) lhes ter arremessado benesses e penitências, que não exigências, e lhes ter dado a supremacia da compreensão de outros raciocínios até aí a eles vedados, aos homens e mulheres de Neandertal.

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O Crânio da Aroeira 3, ou seja, o fóssil mais antigo descoberto em Portugal! Descoberto em 2013, na gruta da Aroeira do complexo arqueológico do Almonda, em Torres Novas (região centro de Portugal), o achado é da autoria da equipa liderada pelo arqueólogo João Zilhão que coordenou esta investigação em divulgação posterior como, uma das maiores descobertas paleoantropológicas em solo português!

Um Familiar do «Menino do Lapedo»...?
Por muito sugestivo que seja, tem de se dar tempo e espaço, coerência e objectividade, para que os investigadores se debrucem sobre esta proximidade ou mesmo afinidade com o «Menino do Lapedo» (1998, vale do Lapedo, Portugal; um esqueleto infantil sitiado no Abrigo do Lagar Velho 1) que de seguida falaremos e que, estando estas duas descobertas e suas análises arqueológicas ligadas/associadas ao arqueólogo português João Zilhão, rapidamente se saberá dessa legitimidade ou veracidade de interligação.

Morfologicamente não foi considerado um Neandertal típico, este fóssil agora encontrado em que nos revela um crânio com aproximadamente 400 mil anos de um ser humano/humanóide que terá vivido então na Península Ibérica.

É um fóssil do Plistocénico Médio do ponto mais ocidental da Europa e, como nos relata o artigo publicado na revista científica «Proceedings of National Academy of Sciences»: O Crânio é incompleto, tem alterações post-mortem (uma delas feita na altura da sua descoberta), tendo sido sujeita a um processo de reconstrução. Todavia, existe uma imponderabilidade a que os cientistas se viram deparados, ficando algo perplexos: Este crânio revelou-se híbrido!

Ou seja, a datação craniana a que foi submetido, reverte para os investigadores a circunstância de uma incrível divergência: uma linha pressupõe a linhagem dos Neandertais, e a outra, ao Homem Moderno. Estamos perante uma diversificação ou bifurcação genealógica e genética talvez, como referência máxima dessa hibridização!

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Estratigrafia de Fundo do Vale do Lapedo (Abrigo do Lagar Velho, Leiria); o ancestral sepulcro do «Menino do Lapedo» em considerações geo-arqueológicas e paleoantropológicas.

O extraordinário «Menino do Lapedo»!
Uma das mais interessantes e polémicas descobertas de vestígios humanos antigos em território português, foi o chamado: «Menino do Lapedo». Trata-se de um esqueleto de criança encontrado em Dezembro de 1998 num estrato profundo de um pequeno penhasco calcário situado no vale do Lapedo, em Leiria (Portugal), e posto a descoberto por um corte efectuado por máquinas que procediam à remoção de terras.

O Esqueleto da Criança encontrava-se então «in situ», ligeiramente alterado no seu posicionamento inicial devido à pressão dos estratos geológicos que se lhe sobrepunham e, com o crânio incompleto e algo danificado. A sublime escavação efectuada por uma criteriosa equipa dirigida pelo não menos exímio João Zilhão (assim como por Cidália Duarte, e mais tarde analisada em reverenciais termos paleoantropológicos pela mesma equipa, a que se associou posteriormente Erik Trinkaus), identificando esta pequena criatura, como sendo o esqueleto de uma criança de idade compreendida entre 3,5 e 4 anos.

Laboratorialmente confirmada pelo C 14, permitiu-se afirmar que esta criança se situaria num estrato geológico com a datação de cerca de 24.500 b. p. (before present), ou seja, do período proto-solutrense dos contextos portugueses (Plistoceno Tardio). Não sendo apenas um dos mais antigos vestígios humanos do Paleolítico Superior (e em razoável estado de conservação encontrado em Portugal), seria, a partir daí, algo mais que futuramente se viria a revelar de extraordinária descoberta em terras da nação portuguesa!

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Escavações minuciosas foram levadas a cabo na fantástica descoberta deste «Menino-híbrido» de há cerca de 24/25 mil anos e que, actualmente, nos concede o privilégio de o preservar em toda a sua autenticidade arqueológica e histórica como, um dos primeiros proto-Homo sapiens da História (em solo português) de miscigenação efectiva entre o Neandertal e o Homem Moderno!

Um Híbrido! E assim nascemos nós...
O «Menino do Lapedo» é, assim, o nosso mais antigo antepassado e ancestral conterrâneo de que há memória em solo nacional. Estamos portanto, perante um raríssimo vestígio de Hibridização! Ou, hibridação congénita de alto processo de engenharia genética (por mão exterior à Terra que não por processos evolutivos de comum selecção das espécies) ou «Admixture».

Descoberto sob um singular e único ornamento que acompanhava o morto, neste caso, esta criança, numa concha furada de «Littorina otusata», característica aliás, de outros contextos de enterramento do Paleolitico Superior europeu. Com uma grande concentração de ocre vermelho (pó mineral obtido a partir da hematite, possuindo uma cor vermelha e um odor intenso que lhe terá atribuído assim propriedades mágico-religiosas relacionadas com o sangue - líquido e fluxo vital - designadamente as que se ligam à vida ou ao renascimento), em que o cadáver foi polvilhado.

Na óptica ou ponto de vista antropométrico, este esqueleto apresentava uma morfologia extremamente robusta, designadamente nas pernas, curtas e fortes para a idade. Embora a mandíbula e o osso temporal, bem como a bacia, mostrassem afinidades com a Morfologia dos Homens Modernos, as proporções do corpo indicavam aspectos que se encontram habitualmente entre esqueletos de jovens neandertais.

Mas há quem defenda, precisamente, que se estabeleceu essa miscigenação dita «natural», entre o Homem Moderno e o de Neandertal, como neste particular caso em que, por hipótese meramente casual mas factual de, os pais desta criança, terem sido já anteriormente o resultado do cruzamento entre populações «modernas» e populações de neandertais, numa longa linhagem genética sem influências externas artificiais. Seja como for, aqui fica o repto.

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Reconstrução Facial Forense do «Menino do Lapedo». A mais elaborada e fabulosa obra artística e científica de, uma exemplar reconstrução/reconstituição fisionómica da face do ancestral menino que viveu em terras lusitanas. Um pouco assustador talvez, mas deveras incitador e entusiasmante para quem quer saber da verdade dos factos... todos eles!

«Chunky», ou o nosso primeiro menino pós-híbrido?
Chuncy é uma palavra inglesa feia. Determina atarracado, grosso modo, uma criança de poucos atributos físicos e até um pouco deformados e, como a palavra designa, atarracada.

Mesmo que atamancada, por assim dizer, este «Menino do Lapedo», tornou-se depois o «Menino de Oiro», em Portugal, aquando a sua descoberta mas que, segundo Ian Tatersall, seria irrefutavelmente também uma criança de linhagem dos homens modernos, por muito mal que se lhe adorne este epíteto de criança pouco desenvolvida e de certa fealdade, segundo os parâmetros actuais que consignamos à beleza contemporânea...

Sabe-se que foi na Península Ibérica (e na Dalmácia) que viveram os últimos neandertais antes da sua enigmática extinção - como se tivessem permanecido numa «bolsa» protectora - segregados durante muito tempo do povoamento ibérico por homens modernos que se terão fixado (preferencialmente) a norte do rio Ebro.

Tal facto permite-nos então supor que, o encontro entre os homens modernos e o homem de Neandertal tardio, se terá dado na Península Ibérica muito mais tarde do que em outros lugares. Mas será assim...? Poderá de facto ter havido coabitação, copulação e sequencial proliferação dessa mestiçagem ancestral? Contudo, haverá a certeza ou certificação genética total que o defina em exclusividade? Ter-se-à consumado esse «cruzamento» entre as duas espécies sem rebelião, sem incompatibilidades de maior...?

E aqui a polémica instala-se. Uns admitem esta miscigenação dita natural e outros negam-no veementemente. Estes últimos asseveram de que terá havido por conseguinte muitas incompatibilidades genéticas e culturais (na acérrima defesa da teoria de «Out of Africa). Os primeiros, no crédito da circulação dos genes à escala mundial com a prevalência de traços autóctones e uma evolução paralela (não em «árvore») dos homens antigos até aos modernos.

Sendo que, a Grande Polémica no meio científico ainda perdura, em posições extremadas de um lado e de outro, reconhece-se, no que só nos apraz contemplar que todos poderão estar certos ou errados, se juntarmos a tudo isto a teoria da Manipulação Genética por parte dos seres inteligentes que nos quiseram ver evoluídos e um pouco mais espertos ou expeditos que não energúmenos de machado na mão e uma sapiência restrita - e por vezes mórbida - que nos não levaria a lugar algum...

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Uma Família Neandertal: Que receios, que perguntas ou que intuição os faria seguir ante todas as coisas, vivas e não vivas, sentidas e não sentidas - ou vívicas - dentro ou fora da Terra...? Qual a sua verdadeira origem? De onde vieram e para onde foram? O que adoravam e o que sabiam que, ainda hoje, o Homem Moderno não sabe ou não quer sequer interrogar-se do que das estrelas vem???

A Cosmologia/Cultura Mágica do Homem de Neandertal
Entrincheirados social e comunitariamente entre si (numa incessante luta pela sobrevivência em geografia e morfologia glaciais), o Homem de Neandertal e suas famílias, multiplicando assim a consanguinidade - ainda que tenham mantido a lenta ou escassa mobilidade, imperfeita para a locomoção rápida, inadaptável assim a moverem-se para grandes distâncias ou mudanças - levou a que os homens e mulheres de Neandertal se tivessem extinto numa compulsão lenta e gradual mas inexorável da espécie, em função do seu cada vez maior isolamento.

Empobrecidos pela raridade de alimentos, ter-se-ão então deixado sucumbir numa menor resiliência do que a existente nos homens modernos de então. Mas o Neandertal não era estúpido como se supõe. Vestígios antropológicos referem-nos tal. Jazidas, ossos, e um sem número de artefactos comuns a si, contam-nos histórias de que o Homem de Neandertal foi muito mais do que um simples passageiro do tempo...

Terá havido uma Cultura Neandertal? Terá havido conhecimento do Cosmos...? Terá surgido interacção entre eles e... os «outros», esses outros que vieram do Céu e lhes ensinaram que perdedores e não-recolectores se poderiam unir, conjugar e mesmo consolidar vertentes para que a sobrevivência e persistência dessa vida se instaurasse?

Especulativo ou mesmo improvável, o certo é que a suspeita mantém-se. E, sendo considerado um dos grandes arquétipos do mundo, segundo a radical tese da autoria de Stan Gooch, que atribui aos Neandertais uma cultura propriamente dita (como nós hoje a entendemos) muito interessante e fervorosamente defendida por tantos, este Homem de Neandertal é uma verdadeira caixa de surpresas. Vejamos então:

A) A Adoração Universal do grupo de estrelas - Plêiades.
B) A Adoração Universal e Sistemática da Lua.
C) A utilização Universal do ocre vermelho como coloração dos Mortos.
D) A Existência de Zoodíacos de 13 Signos e de anos de 13 meses disfarçados debaixo de um calendário de acertos sucessivos.
E) A Prevalência do Número 13 como número do «azar» ou da «sorte».
F) O Tabu da Mulher menstruada.
G)A Existência de três cores fundamentais - o Vermelho, o Branco e o Negro.
H) O Culto da Cruz, como símbolo lunar.
I) O Símbolo do Aracnídeo (aranha), como resultante do labirinto da teia.
J) O Símbolo (igualmente universal) do chamado «Labirinto Cretense» (simbolismo do mito do Minotauro).
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Como o nome indica - Gruta Nova da Columbeira (Leiria, Portugal) - esta gruta, descoberta em 1962 por Octávio da Veiga Ferreira, e mais tarde em fase de revisão por Luís Raposo e João Cardoso (no que outros actualmente se lhe seguem em prestígio e empenho arqueológicos), se desenvolvem na busca da intrínseca ocupação humana na Península Ibérica do Paleolítico Médio.

«E das Cavernas viemos e delas erguemos aos céus...?!»
Por muita especulação que haja em redor desta temática sobre a intervenção exterior à Terra ter sido ou não uma constante e sobretudo sobre estes homens e mulheres de Neandertal, em particular na Península Ibérica, há que retratar muito bem que nada é assim tão simples, linear ou objectivo; no que a subjectividade de cada um, se limitará a opinar, a considerar e, em muitos casos, a argumentar (anotando factos ou pressupostos nesse sentido) que dêem consistência a todas essas teses.

Todas são úteis e aceitáveis porquanto o que se oculta de nós, humanos, é muito ainda! Além, o que não sabemos ainda de toda a verdade - em exclusão e negação (e muito diferente!) - dessa outra História escrita e redigida pelo Homem.

Em Território Português, do que agora se estuda, analisa, comenta e por vezes clarifica em maior conclusão ou mais lato conhecimento destes ancestrais tempos em que os Neandertais povoaram estas regiões ibéricas, há que sublevar que é e tem sido (ao longo destas últimas décadas) de máxima importância estas escavações arqueológicas, assim como a designada potência estratigráfica «in loco» e significativa do que nesta zona se encontra e especifica.

Nela, nesta Gruta perto do Bombarral (Roliça, pertencente ao distrito de Leiria), onde também se deu uma importante batalha napoleónica no mais próximo tempo do século XIX - aquando as invasões francesas e nós, portugueses, ganhámos ao exército de Napoleão que descurou a nossa aguerrida coragem e acervo de umas quantas manufacturadas ou mui rústicas espadas ou espingardarias, versus espadeiradas certeiras sobre o inimigo - também a soubemos proteger. Além o sentir que, em tempos idos, outras forças, outras energias se levantaram aí de outras gentes. E isso, fez-nos ganhar. Vencer o inimigo!

Mas, todavia e muito possivelmente, com a certeza porém da consanguínea ou idêntica raça, sobre um mesmo guião de empenho e tradição, enlevo e amor-próprio - a si e à terra que pisavam - sem que outros a tomassem, a violassem ou tirassem de si. A Gruta da Columbeira fala por si!

Dela sacámos os seus órgãos internos de outras vicissitudes, de outras certezas em artefactos e muitas anuências que nos comprovaram estarmos certos na perseguição e constatação de que, de dentro dela, estava o mais puro sumo da vida de um ou mais Neandertais que por aqui bisaram.

Artefactos de técnica mustierense, centros de lareira, bem como restos de fauna abundante na zona à época da Presença Humana (assim como de, Hienas, Rinocerontes, Cabras, cervídios, auroques, etc.) em espólio demarcadamente do reino de Neandertal em que, foi também e exemplarmente recolhido e identificado um dente (mais exactamente um pré-molar com a datação de 37 mil anos!) de dentro desta cavernal catacumba que mais nos surpreenderá, se acaso as investigações prosseguirem; mais fundo e mais esclarecedoras...

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Nascente da Gruta do Almonda (Torres Novas, Portugal): a peregrinação arqueológica sempre activa, sempre rigorosa em relação ao que estas grutas nos guardam e, reservam, em seu leito de profundo conhecimento ancestral sobre as civilizações aí inseridas. Civilizações estas, vivificadas hoje, por estes bravos homens e mulheres da actualidade que jamais terão medo do escuro, ainda que de lanterna em riste, não vá o Diabo tecê-las...

As Descobertas que vêm do fundo da terra...
Possuímos ainda em nosso seio português de largo interesse geológico e espeleológico, mas também e de certa forma paleoantropológico (o futuro o dirá nas próximas e promissórias descobertas entretanto desenvolvidas), sobre a Gruta do Almonda (Gruta da Oliveira), em Torres Novas, onde se descobriram fragmentos de Neandertal.

Também na Gruta da Figueira Brava (Sesimbra), se descobriu mais um famoso dente de Neandertal com a bonita idade de 30 mil anos e, não querendo manipular esta tendência lusa, há a registar ainda mas já em solo espanhol, em El Sidron, outros elementos; aí se encontraram nada mais nada menos do que 1900 restos humanos de Neandertais (familiares entre si ou em grande comunidade), pertencentes a 12 indivíduos. É obra!

Na Gruta do Caldeirão, escavada pelo já referido e mui reputado investigador e arqueólogo João Zilhão, que viu potenciar nesta gruta vários artefactos igualmente de técnica mustierense, indicando possuir níveis ocupacionais que remontam ao Paleolítico Médio, mas que se prolongam até ao Neolítico Antigo; além a indubitável certeza da presença e permanência de um grupo Neandertal, situada noutro vale, muito perto de Tomar (a ocupação mais antiga registada foi datada de cerca de 25.000 anos).

Na Gruta das Salemas, também situada num vale - neste caso do rio Almonda, no concelho de Loures, imediatamente a norte de Lisboa - a jazida das Salemas (Pedreira das Salemas e a Cova do Pego do Diabo, esta última de datação de cerca de 26.000 a. C.) em que se detectaram igualmente importantes vestígios de indústrias líticas de tipo mustierense, bem como dentes que antropologicamente ainda se não identificaram com precisão se se trata ou não de pertença de Neandertais.

Um local mágico e por certo fantástico da ocupação do Homem de Neandertal, é a Gruta do Almonda (entre muitos outros que aqui não caberiam em registo), localizada em Torres Novas; a de Figueira Brava (Sesimbra), ou a da Lapa dos Furos, em Tomar, em extensível rigor e precisão na acumulação de testemunhos do Paleolítico Médio na zona mais perto do litoral e no Centro de Portugal.

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Infinitos os Portais Mágicos como infinita é a nossa imaginação ou desmedida ambição de nos fazermos compreender em toda a linha majestática em que o ser humano se move, intranquiliza, e não silencia as muitas ainda ocultas verdades sobre a Terra e sobre o Céu, além o Cosmos...

Fim, ou início mais uma vez...?
Não existindo hoje a mais leve sombra do Homem de Neandertal (ainda que o nosso ADN se resuma e registe sob a égide dessa intemporal conterraneidade ou ancestral percurso endógeno desses nossos mais distintos antepassados na Península Ibérica), subsiste o enigma mas nunca a intimidação de o conhecermos melhor, de o compreendermos melhor; no fundo, de o aceitarmos e concebermos em nós, Cidadãos do Mundo Moderno, a essência e a luz do que na Antiguidade ou em pioneiros tempos do glaciar e do pós-glaciar, estas pessoas e almas viveram, sofreram e recuperaram de Outras Almas vindas do Espaço - como sempre afirmo... da Terra ou fora dela!

Muitos Portais Mágicos ou Estelares serão entretanto transpostos ou abordados numa outra consciência mais abrangente, mais diversificada ou autenticada sobre outros desígnios, outros padrões (tipificados ou não) de uma outra existência; no Cosmos, e em toda a sua magna virtude de matéria e energia, temperatura e cor, forças nucleares fortes e fracas, gravitacionais, electromagnéticas ou ainda outras que nos fogem ou fugirão por certo (ainda) ao nosso conhecimento humano.

Mas para lá caminhamos... passo a passo... de dentro deste ventre materno que nos segura e augura outros ventos mas também outros momentos de uma ímpar felicidade em que a Ciência, a Religião, a Filosofia, a Psicologia e tantas mais sapientes ideologias e pensamentos, sentimentos e seguimentos de avatares, profetas, messias e mestres, guias, ou simplesmente anjos que nos auxiliam, nos podem também conduzir à proeminência-mor do bem implantarmos, subsistindo em genoma e em espiritualidade, o que outros deixaram pelo caminho ou não souberam fazer vencer.

Resta-nos assim, despudorada mas contidamente, manter essa inocente esperança para que mais portais se nos abram, e possam enfim, deixar-nos trasladar para outras realidades, outras infinitas verdades... outras almas que plantam e suplantam o bem, além todas as forças contrárias...

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