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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

«Terra» à Vista!

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Exoplaneta Ross 128b na constelação de Virgem (ilustração) - ESO/M. KORNMESSER: A fantástica epopeia estelar com que o Mundo da Astrofísica nos brinda em mais uma gloriosa descoberta de um planeta (fora do nosso sistema solar), situado a 11 anos-luz de distância da Terra. Muito parecido com o nosso planeta Terra, só nos cabe agora sonhar em partir, um dia, e talvez voltar num outro... ou não.

O Sonho comanda a vida...
Pois é. O Sonho comanda tudo; até o que há décadas julgáramos impossível ou mesmo inenarrável sobre o Mundo da Astronomia - e posteriormente o da Astrofísica - e o que deles conhecíamos em limitadas fronteiras galácticas, e hoje, ser-nos a mais pura realidade (ainda que em persistentes e evasivos sonhos de deslocação aeroespacial de circuito interplanetário, por enquanto...), tentando nós, civilização terrestre, chegar mais perto daquilo que outros há muito sabem, visitam ou até permanecem.

Os Sonhos não morrem e nós, Humanidade, também não; porquanto os cientistas persistam na continuação e perseguição desses mesmos sonhos sobre a Ciência dos Astros e quem neles vive, habita ou recrudesce sobre a sua genésica autorização civilizacional interestelar, que nós, todos, e como civilização milenar que somos, temos o dever de saber perpetuar.

Este Exoplaneta Ross 128b agora descoberto por uma equipa internacional - da qual faz parte o astrofísico Nuno Cardoso Santos, um investigador português do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) - que nos fala agora sobre um relatório divulgado a 15 de Novembro de 2017 pelo ESO (Observatório Europeu Austral) situado no Chile, revelando-nos um planeta que está mais próximo da Terra mas fora do nosso sistema solar, podendo conter vida em si.

Sendo muito semelhante à Terra, poderá então albergar vida, segundo a consideração dos cientistas. Este promissor planeta-vida Ross 128b orbita em redor de uma estrela na constelação de Virgem a «apenas» 11 anos-luz de distância da Terra (cada ano-luz corresponde exactamente a 9460 mil milhões de quilómetros). Ou seja, nada de grandes pressas para nos pormos já de malas aviadas sobre possíveis viagens interestelares, pelo que ainda é cedo para se festejar tal.

No entanto, o Homem sonha e o projecto avança; e nós, Humanidade, sonhando, vamos avançando também sobre o que dispomos hoje de, mesmo na distância de 11 anos-luz da nossa Terra-Mãe, podermos fazer real o que hoje é imaginário... qualquer dia... daqui a alguns séculos na melhor das hipóteses; e se nos deixarem...

Este maravilhoso Ross 128b tem uma massa semelhante à da Terra e uma amena ou temperada temperatura (características compatíveis com a possibilidade da presença de água em estado líquido, indispensável para a existência de vida tal como a conhecemos).

Recordemos que são essas as idênticas expectativas em relação ao nosso vizinho Marte, aquando estas últimas descobertas na provável existência de água líquida à superfície ou derretimento desta se estiver ainda em gelo, como se supõe. É certo que tudo é um primeiro e pequeno passo, mas um passo adiante, o que é sempre positivo de se afirmar.

Em relação ao recém-descoberto Ross 128b, e na opinião dos cientistas, será futuramente observado mais em pormenor pelo telescópio E-ELT  («European Extremely Large Telescope» do ESO, que deverá estar construído em 2025) e que permitirá assim aceder, observar e recolher mais dados sobre os exoplanetas mais próximos da Terra.

Os cientistas estão assim optimistas no aprofundar destes estudos, tal como no caso do Ross 128b ou no Próxima do Centauro (Próxima b); entre outros que entretanto se venham a descobrir...

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Exoplaneta OGLE -2005-BLG-390Lb, da NASA/ESA e G. Bacon - STScl - Telescópio Hubble (ilustração/concepção artística do exoplaneta). Planeta extra-solar gelado orbitando uma estrela fraca; cinco vezes maior do que a Terra, circunda uma anã vermelha (estrela com pequena massa e de temperatura baixa). Possível temperatura frígida à superfície que rondará, provavelmente, menos de 220 graus Celsius. Nada amistoso para a condição humana, portanto...

Continuando a desvendar o Ross 128b...
Tal como este exoplaneta na imagem acima referido (OGLE), o Ross 128b orbita em torno de uma anã vermelha pouco activa, ou seja, como é do domínio científico, terá a característica de ser uma estrela mais fraca do que o nosso Sol, sendo possuidora de uma massa pequena e uma temperatura baixa.

Já noutros casos se aferiu que nestes planetas - a haver vida - esta poderá ter outros contornos ou vertentes, devido obviamente às diferenças registadas. O nosso Sol é uma anã amarela (por enquanto); daí que as temperaturas se reflictam de outra forma sobre as espécies.
Apesar de especulativo, nada nos faz rejeitar a ideia de haver outra concepção de vida; seja neste gelado exoplaneta OGLE, seja no Ross 128b consideravelmente mais ameno ou hipotético de vida.

Algo que é corroborado pelo IA, Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, sugerindo que Muitas Estrelas Anãs Vermelhas - incluindo a Próxima do Centauro (Próxima Centauri), a mais próxima do Sol - e que ocasionalmente reproduzem fenómenos explosivos, banhando os planetas com doses letais de raios-X e radiações ultravioletas, se revelem também como fenómenos que podem esterilizar potenciais formas de vida nesses planetas.

No caso do Exoplaneta Ross 128b, os cientistas, astrofísicos na sua maioria, aferem que a radiação com que a estrela (anã vermelha) banha o planeta é apenas 1,38 vezes superior à irradiação que chega à Terra. As estimativas para a temperatura do planeta variam entre 60 graus negativos (-60ºC) a 20 graus centígrados (positivos), o que vem dar estímulo e certo entusiasmo à hipótese de vida, uma vez que Marte, no nosso sistema solar, também atinge estas temperaturas (-70º C, à noite) a 20ºC (no Verão).

Este Exoplaneta detectado pelo espectrógrafo HARPS - instalado no telescópio ESO, no Chile - orbitando a sua estrela uma vez a cada dez dias (estando como já se referiu a 11 anos-luz de distância da Terra), está também, há que acrescentar, a uma distância a cerca de 20 vezes mais próxima do que a que separa a órbita da Terra do Sol.

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A realidade exoplanetária de Kepler, a fabulosa sonda: 1284 exoplanetas, por ora. Desde 2016 que esta realidade se assumiu sem pruridos ou receios de maior do que nos vem do exterior, do Espaço. Estamos a viver uma era dourada de verdadeira contemplação exoplanetária sem limites. 100 novos planetas são do tamanho da Terra, entre outros que serão muito iguais, na atmosfera ou na gravidade, temperaturas amenas e água líquida à superfície; ou mesmo em existência planetária de poderem abarcar vida. Já não é um sonho, mas a realidade activa de um cosmos em exultação!

Zona de Habitabilidade: o nosso terrestre sonho...
É aqui que todos reflectimos e nos insurgimos se acaso forem goradas todas as nossas expectativas, não só em relação a este exoplaneta recentemente descoberto, o Ross 128b, mas, sobre todos os que de futuro se nos implantem como possíveis vectores de habitabilidade (numa futura colonização, quem sabe?) nessa restrita mas portentosa zona que se deseja correcta e, viável, para a criação, germinação e estabelecimento de vida tal como a sentimos e conhecemos.

No caso deste exoplaneta, impõem-se ainda muitas dúvidas: uma delas é saber se, este enfatizado agora Ross 128b estará ou não - dentro ou fora - da zona de habitabilidade da sua estrela.

De acordo com Ricardo Reis - porta-voz do grupo de comunicação do IA - a zona da habitabilidade é a zona a partir da qual um planeta está à distância correcta da sua estrela (tal como nós na Terra em relação ao Sol, na zona considerada de habitabilidade), para poder ter água líquida à superfície. Explica então:

«Em estrelas anãs vermelhas como esta, a zona de habitabilidade é mais próxima, podendo o exoplaneta ter condições para albergar vida, mas há outros factores determinantes, como o facto de haver radiação ou se tem massa suficiente para ter atmosfera».

Nuno Cardoso Santos, um dos nossos mais considerados cientistas portugueses, elemento integrante do IA como astrofísico e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em Portugal, reverbera então: «A descoberta deste planeta ilustra a capacidade já existente para encontrar, e no futuro caracterizar em detalhe e de forma corrente, planetas que reúnam as condições necessárias para a presença de vida.

Apesar de, actualmente, se verificar estar a 11 anos-luz de distância da Terra, o sistema Ross 128b vai-se aproximando do nosso planeta Terra, esperando-se que se torne um dos nossos mais próximos vizinhos (dentro de aproximadamente 71 mil anos), ultrapassando o Próxima b (Próxima Centauri b), que orbita a estrela Próxima do Centauro (Próxima Centauri, na distância de 4,2 e a temperatura da superfície de 2670 K).

A Equipa do IA referiu então estar a trabalhar arduamente para atingir esse objectivo, tendo traçado um plano que inclui participações em missões especiais da ESA (agência espacial europeia) e em vários equipamentos do ESO (como o ELT ou o espectrógrafo ESPRESSO que entrará em funcionamento ainda este mês) e que têm por objectivo procurar e detectar planetas parecidos ou muito semelhantes à Terra, capazes de suportar vida.

Segundo a agência Lusa, esta descoberta deu origem ao artigo "A Temperate exo-Earthe around a quite M dwarf at 3.4 parsecs", publicado na revista científica:  Astronomy & Astrophysics.

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A Nossa Terra (Foto gentilmente cedida pela NASA). O nosso maravilhoso planeta Terra plagiado no Cosmos??? Poderemos sonhar com essa quimera cósmica, exoplanetária - e de facto extraordinária! - de haver um ou mais planetas similares ao nosso, em dezenas, centenas ou até milhares deles (dentro ou fora do nosso sistema solar), iguais na sustentação de vida tal como a conhecemos...? Será utópico assim pensar, desejar e não agoirar se alguma catástrofe global nos ensombrar a existência humana e terrestre...?

Acreditar é possível!
Podemos sempre acreditar, além de sonhar. Podemos sempre arregaçar mangas, ir à luta, puxar pelos neurónios e nos não quebrantarmos na ilusória verdade de ainda estarmos tão distantes destas viagens interestelares como o Sol da Lua; assim como, desses exoplanetas que entretanto os cientistas vão descobrindo sem que os possamos tocar ainda, respirar o seu ar, entrosarmo-nos nas suas atmosferas ou adaptarmo-nos às suas vicissitudes (se as houverem) em primazia humana de podermos sobreviver sob outras condições exoplanetárias, ainda que distintas da nossa Terra.

Não nos resignemos. Nem sequer nos demitamos de buscar, observar e questionar até à nossa mais ínfima condição de chatos ou mesmo ignorantes, essa procura do conhecimento; e acima de tudo, de sobrevivência, acaso o nosso belo planeta azul, planeta Terra, esteja a ficar diminuto, destruído, ou, em futuro próximo, inapto para a nossa continuação como civilização.

Temos de encontrar, realizar e continuar a sonhar que tal é possível; só assim se coalescerá na razão e na ambição - ambas altruístas e não egoístas ou irracionais - sobre a condição não devoluta de nos colocar em confronto e, contacto, com o que hoje já sabemos, ou já ascendemos.

Não temos de nos envergonhar de não podermos ir mais longe; só temos de o consciencializar que, se o Homem o quiser e o merecer, será o primeiro de muitos, de outros talvez, ainda mais primitivos do que nós na esfera cósmica que nos rege a todos, de, numa situação escatológica séria e ponderada, estarmos a par com essa outra evolução, essa outra terraformação (outras terras em nossa adaptação) e sobre esses outros planetas ou exoplanetas, que entretanto na vanguarda de novos conhecimentos (aeroespaciais de viagens interesteares) vamos escalando. Desistir é proibido!

Temos de ser fortes. Persistentes e não teimosos em reconhecer erros e emendar outros, sem que se desista dessa circunstância havida do muito que hoje já possuímos e, percorremos, no campo da aeronáutica espacial, da fantástica navegação orbital, de satélites e comunicações, de avançadas tecnologias e outras invenções que fazem do Homem um ser muito especial. Quanto às viagens, só temos de as aguardar, se for esse o nosso aeroespacial destino, o nosso interestelar signo de sermos ou podermos ser iguais a «eles», um dia...

Sejamos honestos, íntegros e inteligentes e tudo nos será ofertado como as estrelas que habitam no céu, e que do auge do seu poder ou do alto da sua luminescência nos dizem: «Bem-vindos à família, à essência, ao núcleo e ao cerne de tudo, e fiquem entre nós». E nós... finalmente compreendendo o fundamento universal do Tudo (ou do Todo que há em nós e nos Cosmos), vamos ficamos...

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