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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Alarme!!!

Torre de Belém - Lisboa - Portugal sob as águas oceânicas de um Tsunami...
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Lisboa e a sua icónica Torre de Belém quase imersa pelo rio Tejo que se deixou tomar pelo mar, pelo violador Atlântico que, após um sismo de grande magnitude, se viu acordar, despojado e rebelde, lançando-se magistral mas infortunadamente sobre o lusitano território. (ilustração da Fotolog)

E quando tudo estiver perdido, tudo irremediavelmente perdido sem alerta mas muito alarme - mesmo que falso, à semelhança do que sucedeu há pouco no Havai, nos EUA, de um iminente ataque por força de um míssil balístico - e tudo imergir num só fôlego, num só segundo ou milésimo de segundo em que nada nem ninguém possa estar a salvo?!

Para quando uma grande simulação, uma maior preocupação e desvelo científicos que nos alertem e nos ensinem sem nos criar pânico mas consciência absoluta - ou diminuta, pelo que as mentes mais frágeis e mais sensíveis se não organizarão com tal dimensão catastrófica - mas que, no cômputo geral, se tenha de vir a admitir, não estarmos de todo preparados e até entusiasmados para o que aí vem...?!

Para quando a tomada de posição de que estamos todos, mais dia menos dia, num imenso barco roto, num imenso território movível - inconstante e vulnerável - a todos os acidentes geográficos, a todos os chamamentos da Natureza sobre um planeta que mais não é, do que uma força viva que nos grita: Basta!!!

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Praça do Comércio - Lisboa (Portugal). Mesmo adormecida e, sem as luzes da ribalta de outrora, renascida sobre um manto de espuma e almas entorpecidas, penoso sofrimento e depois algum encantamento de a tudo ter resistido, Lisboa, após 1755, é (e será sempre!) a noiva com que todos querem casar; residentes e não residentes. Mesmo que sob os arautos de novos sismos, novas intranquilidades, Lisboa faz-se mulher em eternidade...

                                                                 15 de Janeiro de 2018
11h 51 m (TMG) Lisboa - Portugal (Sismo de magnitude 4.9 com epicentro em Arraiolos, Alentejo)

As notícias correram depressa, de Norte a Sul do país (e até nas ilhas!) do que é Portugal. As redes sociais inflamaram-se de comentários e sustos, receios e fobias - e outras manias de quem se diz distante ou completamente intocável sobre estes desastres da Natureza.

E ficámos borrados de medo (fingindo que não), das ocorrências geofísicas que pelo mundo alastram, das que não dominamos ou paramos com um toque sobrenatural de poderes que não temos, deixando atrás um lastro de miséria - além da dor (muita!) e da vergonha (ainda maior!) - de ainda hoje se não poderem prever tais acontecimentos com a brevidade possível, diminuindo assim a tragédia ou apenas evitando mais vítimas... Que na guerra se diz baixas, e almas, para quem a crença é substantiva e tão inclemente quanto as orações perdidas.

O Mundo está em mudança. E o ser humano ainda não se adaptou a isso. Não, enquanto se resumir a lamber as feridas e a chorar sobre o molhado, quando mais não faz do que enterrar os seus mortos e chorá-los anos a fio sem ter em conta que tudo, ou quase tudo, poderia ter sido remediado que não evitado, mas, pelas entidades governamentais.

Sim, por essas mesmo: As Entidades Governamentais deste seu mundo, que é o mundo de todos nós, sendo tudo melhor convencionado, orquestrado, avisado e exemplarmente seguido por todos os que se não querem ver lamentar as suas perdas, as vidas que já não voltam para si...

E pior, os seus fracassos, as suas erráticas prioridades de não ter regido (ou reagido) bem ao que Deus ou o Diabo (e nunca a Ciência, cruzes!) lhes mandou de sopetão em abanão de casa, estradas esventradas, incêndios imparáveis e uma calamidade a céu aberto como se se tivesse acabado de ser bombardeado por uns quantos mísseis terra-ar.

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14 de Janeiro de 2018: Começa assim mal o ano, no planeta. Um intenso sismo de 7.3 ao largo da costa do Peru foi então registado - com duas vítimas já identificadas (2 mortos) e 65 feridos - que, tal como a imagem apresenta, tem envidado esforços para capturar com vida as vítimas debaixo dos escombros; neste caso, através de uma equipa de resgate - em Yauca, Arequipa (Peru).

Outras tragédias...
A menos de vinte e quatro horas de se ter registado um sismo de magnitude 7.3 ao largo da costa do Peru, na América do Sul, que vitimou duas almas e fez aproximadamente 65 feridos (o que se contabiliza até agora dos retirados com vida dos escombros) e outros tantos de menor ou igual magnitude pelo resto do mundo, há a considerar que estamos perante a iminente ou inolvidável realidade geofísica da turbulência em que o planeta actualmente vive; por razões internas ou externas a si. A actividade sismológica está a aumentar no planeta, quem tem dúvidas disso ainda?!

O que os cientistas nos afirmam (alguns deles) não nos deixa mais tranquilos. O planeta está em mutação; só não vê quem não quer... ou não consegue assimilar esta outra realidade...

A sua força é maior que a sua vontade (Terra) de nos fazer permanecer intactos ou incólumes, imunes ou sobreviventes a toda a desgraça humana (e não só) que daí advêm. Talvez tenha chegado o momento do planeta nos dizer que agora é ele que manda.

A verdade é que o nosso planeta ruge e, mostrando as garras, se desunha por nos revelar não só a consequência dos seus actos de deriva continental ou da sua estrutural dinâmica geológica (nos acidentes que se repercutem através da actividade vulcânica e sismológica dos movimentos dos vales tectónicos, além a das calotes de gelo em precipitado degelo) como, pelos dislates perpetrados pelos humanos que adensam e contribuem assim para uma maior razia.

Ou, conflitualidade, entre este passageiro civilizacional do planeta e ele em si mesmo, com a sua própria idiossincrasia única de se fazer simplesmente «ser»!

Mas por vezes ser só por ser, não basta. E é aí que nós, humanos, entramos; ou simplesmente saímos de uma assentada, de uma baforada só, levando um chuto no traseiro deste planeta que está exausto e farto de nós...

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Ontem e hoje: a «suposta» ou idêntica realidade sobre Lisboa naquela que foi a maior tragédia dos últimos século que matou milhares de pessoas na capital portuguesa no século XVIII: O Terramoto de 1755 (aqui, magistralmente ilustrado e recriados em vídeo e documentário, realizados pelo nobre Smithsonian Channel).

Em 1755 foi assim...
1 de Novembro de 1755 (Dia de Todos os Santos) Hora: 9.40 (sismo) 10.00 (tsunami)

Eu, em 1755: «Nada mais irónico ou fastidioso do que sentir que Deus nos não ouviu ou avisou para tal tragédia. (Na Igreja): Estávamos a orar; a pedir a Deus e a Todos os Santos, a todos os que já se foram, a paz dos nossos mortos, daqueles que partiram antes de nós e nós certamente haveríamos de voltar a ver, um dia, na glória de todos os nossos esforços para os voltar a abraçar.

Só não sabíamos que esse dia estaria perto, muito mais perto de nós do que o que prevíramos em armistício de outros santos ou outros anjos menores que nos vieram buscar sem piedade, sem honras e sem nos ouvirem os suplícios por debaixo dos destroços, em que quebrados, decepados e totalmente ensanguentados, perecemos sem que nenhuma das nossas rezas, das nossas orações, tivesse sido sentida por eles, esses anjos maus.

Anjos ou demónios, vá-se lá saber, que nos arrancaram da luz desta gloriosa manhã para a escuridão das trevas; essas trevas de um limbo que só conhecemos pelas palestras dos párocos e dos acólitos mais ferranhos, aquando evocam (ou evocavam...) os diabos que por vezes nos acercavam sobre esta malfadada vida de reis e reinos que só para uns puxa; sempre os mesmos que não o povo.

Aqui, não houve escolhas nem preferências; fomos todos levados, ricos e pobres, perfeitos e imperfeitos, ilustres e enjeitados, homens, mulheres e crianças, animais e tudo o mais, que o que o fogo não levou as águas buscaram, de um rio que se fez mar e de uma vida que se fez parar.

O Sol desapareceu e o fumo venceu; as forças e tudo o mais; até mesmo a alegria de uma outra luz se poder ver. E aí, tudo se esfumou ou esbateu; os gritos, os lamentos, os uivos e os sentimentos de quem ficou e por nós não mais chorou, porque, também uma parte de si foi embora e não ficou. Lisboa em choro, em mágoa e quebranto, jamais recuperou... até hoje, onde me vi voltar a nascer e, Deus queira, outra coisa igual não ter de ver outra vez...».

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A espectacular (mas sempre temente!) recriação por vídeo em cenografia algo assustadora que nos dá a total perceptibilidade do que foi aquele horror no século XVIII sobre uma população completamente indefesa e, inexperiente, sobre o que fazer, para onde fugir ou, a quem auxiliar, numa ocasião como esta. Sabê-lo-emos hoje...? Duvido muito.

Ontem e Hoje...
Ontem foi assim, sepultados sobre ruínas, incinerados sobre as pedras, carbonizados sobre outros corpos, dos múltiplos incêndios da cidade e, afogados sobre as águas de um Tejo que extravasou todos os ódios, todas as agruras de lhe terem feito acordar todos os demónios. Como será hoje...?

Reinventaremos a desgraça ou sairemos desta incólumes e mais expeditos do que outrora...? Saberemos contornar as evidências de um planeta em mudança...? Saberemos lidar com a não-bonança da tragédia anunciada...? Ou, nada disso, incorrendo nos mesmos erros, nas idênticas falhas de outros tempos, de outras eras, em que Deus não castigava mas impunha a ordem no caos total da desumanização do planeta???

 - Um sismo às 9.40 da manhã e um Tsunami depois, às 10.00, durante largos e tenebrosos 15 minutos...

Sobejamente falado e conhecido (em particular por todos nós, portugueses), o Tsunami que ocorreu após o intenso abalo de terra, terramoto ou ocorrência sísmica de magnitude 8.75, provocando milhares de vítimas no território português, gerou o pânico geral. Na época... e ainda hoje.

Perceptível em grande parte da Europa, em especial no sul de Espanha (incluindo também as nossas ilhas portuguesas dos Açores e da Madeira) este sismo teve simultânea ocorrência no norte do continente africano, em Marrocos e Argélia, onde se soube mais tarde terem-se registado também grandes derrocadas e muitas vítimas.

Este abalo em Portugal (em especial sobre Lisboa), fez simultaneamente abalar todas e quaisquer hostes monárquicas e sociais da época em que, tendo igualmente sofrido as consequências do fenómeno, o rei vigente de então - Dom José I - terá dado ordens de remoção, execução e mesmo alteração de construção (ao gran-visionário e homem de futuro que foi Marquês de Pombal) após o que constatou de desabamento quase total da sua cidade.

Apesar disso e, ainda hoje sobre as estacas em madeira pelas quais as catacumbas do Terreiro do Paço se rege, continuamos a temer uma igual tragédia de iguais ou similares proporções sem que entretanto nada façamos para o minimizar...

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A ilustração possível de um presságio anunciado; neste caso, a cena de um filme norte-americano de Hollywood que expõe a futura calamidade de um Tsunami sobre a Golden Gate Bridge do que no futuro próximo a Falha de Santo André («San Andreas Fault») pode fazer entre Los Angeles e San Francisco. Perspectiva-se a idêntica calamidade num futuro próximo, o que nos confrange, sem que nada possamos fazer para o evitar...

Esta, a mesma realidade em chão português, possivelmente, entre Lisboa e Almada (tendo o Cristo-Rei em fundo, na nossa imaginária simulação lusitana) que compõem as iguais circunstâncias sobre o mesmo infortúnio em sismos e tsunamis envolvidos; no caso português, sobre a Falha (por hipótese) do Marquês de Pombal (a 100 km a oeste do Cabo de São Vicente, tal como no caso do terramoto de 1755) em que a realidade pode muito bem ultrapassar a ficção; lá e cá, seja em São Francisco, seja em Lisboa...

Arraiolos - 11h 51m O sismo sentiu-se a a luz apagou-se. É isto o sul da Europa...
A 8 quilómetros de Arraiolos e a 16 metros de profundidade às 11 horas e 51 minutos locais (e pelo tmg por que nos guiamos), foi sentido um sismo que abanou tudo, estilhaçou apenas umas quantas chávenas do tempo da «Maria Cachucha» e um banco que estava manco e já não tinha serventia e pronto, está feita a desgraça desta vez.

Foi assim em Arraiolos (no Alentejo) mas, não será assim certamente de uma outra vez em que tal surja sem nos avisar ou ter em conta os nossos maiores medos, iguais aos do Havai - que por erro humano mas não crasso, admite-se todavia - se deslindou numa quase tragédia de pandemia de ataques de nervos à flor da pele, ou mesmo em possíveis ataques cardíacos, ao ser emitido um alerta que mais tarde se verificou falso ante mil desculpas das altas entidades oficiais que assim o negaram.

Errar é humano. E quem não erra...? No entanto, ninguém lhes tira o susto que levaram (não só os da ilha havaiana mas, todos os outros, os afectos a Washington DC, que lá terão julgado ter sido mais um míssil balístico com a assinatura norte-coreana). Não foi. Felizmente. Por lá as coisas andam um pouco estranhas...

Por cá, não. Não há coisas dessas. Há piores; ou mais caricatas que nem vale a pena aqui as enumerar, elencando situações que não lembram ao diabo. Por outras mais amenas que dão o dito por não dito e pronto, amanhã é outro dia e estando todos vivos - nós, os portugueses - e siga a dança ou, para bingo, como agora se diz.

«Uma vibração muito grande, Muito Grande Mesmo!» - Contou ao Observador (jornal online) o ainda receoso António Calhau, dono do restaurante «O Alentejano», no centro de Arraiolos (infere-se a publicidade), dizendo ainda que o balcão tremeu e as pessoas que tinha no restaurante saíram apressadas...

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Aqui, a demonstração da nossa portuguesa realidade costeira, ou seja, no contexto da tectónica de placas. Portugal Continental situa-se na Placa Euro-Asiática, limitada a sul pela Falha Açores-Gibraltar (a qual corresponde à fronteira entre as placas euro-asiática e africana). e a oeste, pela Dorsal Médio-Atlântica. Há que registar que, o Movimento das Placas, caracteriza-se pelo deslocamento para norte da Placa Africana e, pelo movimento divergente na Dorsal Atlântica.

(Pagar ou não pagar a conta...?)
Sismos são movimentos vibratórios com origem nas camadas superiores da Terra, provocados pela libertação de energia. Mas, por cá, em chão português, a coisa sente-se de outra forma.

Como se vê, ou dá para perceber, a coisa foi sentida e, no melhor das coisas, até deu para fugir sem ter de pagar a conta (lembram-se da suposta onda no Algarve em que semelhante facto se deu há uns anos, em que a onda era virtual mas a conta do restaurante verdadeira e que ficou por pagar em muitos deles?!) Pois foi.

Aqui, foi igualzinho (quando existe uma ocorrência destas, embora lá que se faz tarde...) mas depois voltaram, quando tudo amainou. Melhor assim, para o senhor Calhau, proprietário do restaurante «O Alentejano», em Arraiolos - e para o Ministério das Finanças que tudo vê, tudo observa e tudo fiscaliza, com aquele olho de Hórus mas sem as qualidades deste.

E pronto, foi esta a novidade do dia. Embora também atafulhar o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) de chamadas telefónicas - que empacou como burra velha em tráfego absurdo - não tenha sido um primor da tecnologia.

Ficando indisponível para atender tanta populaça com os nervos em franja, lá veio pacificar o gentio mas, ao meio da tarde, admitindo nada ser novidade pois que: «O que aumentou consideravelmente nas últimas dezenas de anos foi a capacidade técnica de detecção sísmica e o número de equipamentos sísmicos instalados no mundo inteiro». Pois... Assim já ficamos mais sossegados...

Quanto ao povo, estupefacto ficou por ter sentido aquela vibraçãozinha de nada, mas que, a todos deixou alerta como se se tratasse do fim do mundo...

É este o meu povo e eu gosto dele por ser assim... tão ingénuo ou tão precavido como um caracol fora da casca e que, se abala ao menor estilhaço nem que seja a de um copo partido.

Pior as tragédias que se passam sem se poderem de facto evitar, como a de Tondela, no centro-norte do país, com oito vítimas mortais e três dezenas de feridos a lamentar por uma salamandra ter explodido na associação da aldeia de Vila Nova da Rainha (onde se celebrava um campeonato de jogo de cartas) que foi madrasta e pungente na serventia que lhe foi concedida. Desde já as minhas sinceras condolências. O Diabo está mesmo à solta...

Enfim, é o retrato mundano deste meu solo português de tragédias e desgraças alheias que a todos toca e não parece mais estancar, como o «Fado Português». Choramos até por quem não conhecemos e adoecemos por causas que não entendemos... esse, um outro fado que a longo prazo nos vai requerer o ser ou não ser português - Shakespeare não o diria melhor!

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Tsunami no Japão (2011) em transbordante realidade e, equidade, na tristeza e na certeza de nada mais ficar como dantes. Quando os mares buscam o território que já foi seu ou, que sempre legitimaram ceifando tudo à sua passagem, o Homem vê-se inútil perante o que a Mãe-Terra conquista ou sempre seu foi e o ser humano lhe negou. Em 2011 foi assim.
Como será em 2018, no Japão, na Índia, na América ou no meu país, Portugal? Que futuro para o planeta ou para nós, seres humanos, seus passageiros clandestinos, furtando o que nosso não é, ou fugindo do que de nós nos é retirado...?!

"As possibilidades de um Mega-Tsunami se abater sobre as costas ibéricas - amanhã ou daqui a cem anos - são exactamente as mesmas. E quando isso acontecer, as consequências vão depender muito do que avancemos na prevenção. Mas para já, está quase tudo para fazer."

                                               (Afirmação e Aviso de Fernando Arroyo, realizador do documentário em espanhol «La Gran Ola» (A Grande Onda), que pretende alertar para o facto de não haver planos de emergência para lidar com o que é uma certeza científica.)

"A Grande Onda!" (na Península Ibérica ou quiçá pelo mundo...)
Desde o Grande Tsunami no Japão, em 2011, que nos interrogamos se tal virá a surgir numa outra localidade, após o que se supõe um episódio sísmico de grande magnitude sobre faixas litorais dos continentes ou países rodeados por água.

O certo é que se estima entretanto que a Península Ibérica tal venha a sofrer e, por esse facto, os ibéricos povos possam - em futuro próximo -  sofrer com essa desdita e assim estar de coração nas mãos a cada dia que passa, ou assim que haja um maior ou menor vestígio de terramoto ou safanão sobre encostas e planícies, cidades ou romarias. Estamos em alerta mas não em alarme, insta-se. Será???

Desde 2017 que têm surgido vozes nesse sentido - em particular um documentário realizado pelos nossos irmãos espanhóis (de Fernando Arroyo, com o conluio e participação especial de alguns cientistas portugueses) que aferem com toda a assertividade possível dos seus conhecimentos, de que haverá brevemente «Uma Grande Onda» na Península Ibérica.

Ou seja, um fenómeno geográfico que assolará Portugal e Espanha num grande tsunami de enormes consequências para o território e para as pessoas aí existentes, como é óbvio.

O Golfo de Cádis assenta na falha Açores-Gibraltar, uma fronteira tectónica que transforma a zona numa área sensível a sismos no mar que, por seu turno, podem provocar um Tsunami - afirmação científica de Fernando Arroyo, completando os receios no documentário afixados.

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Outra imagem do Japão: O Inegável, terrífico e consequente terramoto nipónico de magnitude 9 graus na escala Richter que tudo arrasou naquele fatídico 11 de Março de 2011, após a evasão do mar em Tsunami gigantesco pelo seu território. Quando o mar se faz terra e a terra se encolhe - e as vítimas colhe em seu seio - então tudo está perdido ou em vias disso se nada se fizer de contrário, em alerta e em precaução; seja no Japão, seja na Península Ibérica, seja em que lugar da Terra for...

"Está Iminente Uma das Maiores Catástrofes da História!"
Ficção ou realidade, alerta ou sugestão que nos amedronta a todos...? Não o sabemos, mas a quem de direito que somos todos nós, esta afirmação deveria importar, e muito! Ou então, ficaremos para a História (a dos outros que não contada por nós, ibéricos) de que fomos avisados e não quisemos ouvir!

Pior, negligenciámos quem de tão de perto investigou e, nos alertou para a suposta mas mui considerável catástrofe ibérica de largas proporções.

« Uma das Maiores Catástrofes da História», sugerem-nos em alerta máximo. Certos ou errados (Deus queira que errados redundamente...) e, sem o esquecer, tomemos medidas já nesse sentido, sejam elas quais forem. E como diz um velho ditado português: «Quem vos avisa vosso amigo é!» ou não será...? Talvez um dia seja tarde para o reconhecermos...

Este documentário realizado em castelhano, vem-nos assim alertar para uma das mais iminentes tragédias do nosso tempo e, sobre solo peninsular ibérico que, como todos sabem, estão os habitantes de Portugal e Espanha que, como todas as suas diferenças ou particularidades regionais (em maior expressividade na Espanha, por onde muitos andam numa confusão libertinária ou de certas liberdades consideradas inconstitucionais) que, em igualdade e urgência do mesmo facto, vamos todos sucumbir aos destratos da Natureza.

Ou, dos mesmos que assim lhe fizemos, vendo impotentemente a morte a abeirar, pelo que nela infligimos sem que o possamos evitar ou sequer secundarizar. Mas estar alerta é preciso e, se o alarme se não fizer, tudo ficará como dantes... até soar o contrário...

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O Alerta está dado. De Huelva a Cádis; de Lisboa até Trafalgar. Não só em documentário mas em prevenção sobre os que se preocupam, aqui fica o repto: Tudo vai ser destruído! Não, não é uma simples afirmação de lunáticos ou gente que não sabe do que fala mas, de conceituados cientistas ibéricos (e não só!) que corroboram desta tese de que, a Península Ibérica, corre Um Grande Perigo!

Para quando a informação sobre o mesmo...? Para quando o alerta que não o alarme sobre todos nós?Porque o escondem de todos ou quase todos...? Porque o não divulgam? Porquê???

Um Novo 1755...? Mesmo na dúvida, há que prevenir!
Existirão então ondas que vão dos 5 aos 15 metros de altura, pelo que se prevêem em bom rigor científico, aquando este hipotético tsunami após um potencial e mui destruidor terramoto ou actividade sismológica radicada nos 9 graus na escala de Richter (quiçá a rondar os 10, na quase destruição total), o que impulsionará o tal gigante adormecido - tsunami - que verterá e supostamente engolirá Lisboa e se cingirá até ao Cabo Trafalgar (em apenas 20 minutos).

De Huelva a Cádis, de Lisboa ou até onde não haja obstáculos, este tsunami vai fazer-se sentir em toda a sua ruindade e velocidade endémicas de toda a pujança maléfica que existe na Terra. E não haverá contemplações. Infelizmente.

E nós, cidadãos, arrastados por essa devassidão, essa louca perseguição de um demónio geofísico, a nada mais nos restará do que recolher depois os vivos - ou os ainda moribundos - no estertor de uma morte equivocada que também ela ludibriada, assim se deixou ir, sem luta e sem pranto, só por sentir que houve mais negligência que maldade nos avisos conceituados que entretanto foram esquecidos...

Imaginem o cenário: Cidades completamente arrasadas. Não há luz eléctrica. Não há água potável. Não há mais saneamento básico (rede de esgotos). Não há comunicações (esqueçam o televisor, os telemóveis, os computadores, a internet, etc.) ou «apenas», a água que já não corre nos nossos autoclismos - ou nas torneiras - por não haver energia eléctrica que suporta as bombas nos prédios e edifícios da urbe. Não há nada.

Ou algo que funcione ordeira e estabelecidamente segundo os nossos padrões civilizacionais ocidentais ou mundialmente conhecidos como desenvolvidos na ética e época dos tempos modernos.

Ou do Antropoceno (Nova Idade do Homem), nesta nova era geológica do grande impacto da actividade humana na Terra - visível em sedimentos e na rocha (e talvez no mar) - se formos todos engolidos aleatória e inescrupulosamente...

Imaginem a Península Ibérica (ou até pelo continente europeu adentro, assim como pelo norte de África), a idêntica calamidade de zonas totalmente destruídas numa devassa ímpar.

(E, se pensam que o que sucedeu há pouco no lado oeste da América do Norte em deslizamento de terras e lama por todo o lado, solidificando tudo e não poupando vidas humanas é traço único das alterações climáticas, esqueçam. O pior ainda vem aí).

Acresçam de que, agora, sobre este mesmo cenário dantesco, tudo cheira a podre, tudo cheira a morte, mesmo após os primeiros incêndios, os primeiros flagelos; e tudo putrifica, e tudo se fragmenta a nossos olhos, numa confrangente realidade - ou desintegrante normalidade - só activo e provecto de um submundo ainda mais nefasto e mais despótico do que o realizado na ficção, sobre cataclismos e afins, de cineastas mais completos ou dados a estas virtualidades de destruição maciça.

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O Colapso total em Tsunami evidente sobre as cidades. Perante a mega-dimensão da tragédia, do mega-tsunami sobre a Península Ibérica, sobre a faixa litoral desta península ou da Grande América (São Francisco ou Cidade do México) a realidade estatiza qualquer tipo de racionalidade. Mesmo lutando contra um Golias desgraçado - de horrendas e inexoráveis ondas gigantes - o Homem pode e deve insurgir-se; sublevar-se até, ou então começar a rezar (para quem é crente) de que nada poderá destruir a Humanidade. Será??? Oxalá que sim, a bem de todos nós... ou uma parte de nós...

"Nenhum Governo faz nada, embora os políticos saibam que há risco sísmico e que pode ser reduzido." (A desmotivada afirmação de Mário Lopes, professor de Instituto Superior Técnico de Lisboa, Portugal, em anuência de lamento e constatação no documentário «La Gran Ola».)

Inércia, incompetência ou simplesmente estupidez???
Segundo nos evoca Fernando Arroyo, o já célebre realizador do não menos polémico documentário espanhol, os governos não querem saber desta possível realidade que estará iminente e, subjacente, ao que nele é reportado de fatídica aferição geográfica sobre Portugal e Espanha.

Antes mesmo de ser um erro, é uma ignomínia, acentuar-se-à por todos nós (ou no nosso interior, pelo que todos possuímos família e por ela desejamos que se sobreviva, além todas as outras famílias, como é óbvio, sendo que em primeiro pensamos sempre na nossa, sem que tal atitude nos possa ser reprovada...) - ou por aqueles que mais tarde sofrerão essas mesmas consequências sem terem sido alertados para tal, invectiva-se.

Lisboa Está Em Cima De Um Barril De Pólvora Sísmico!!! - Nada mais nada menos do que a afirmação convicta do investigador e professor Mário Lopes, do Instituto Superior Técnico, de Lisboa, Portugal, aquando a sua opinião e percepção em considerando sobre um futuro terramoto semelhante ao de 1755 poder efectivamente registar-se a breve prazo - o que deixaria um terço da capital portuguesa completamente destruída.

Por seu lado, Maurício González - director do Grupo de Engenharia de Costa de Cantabria - queixa-se com toda a determinação e clareza, que: «Espanha é o único país que não aplicou dinheiro para financiar um sistema de alerta.

Arroyo corrobora, dizendo-se coarctado na informação que tenta sensivelmente passar e, no alerta às populações nesse sentido, não tendo sido até ao momento ouvido ou até enaltecido para o que merecida e enfaticamente produziu sem outro fim que não o do aviso - o do alerta que não o do alarme! - pelo que se sente obviamente injustiçado na demanda.

O Realizador Arroyo sublinha ainda a importância de: «Se Criar Planos de Emergência e de Alerta, bem como de consciencializar as pessoas de que o facto de um Tsunami não ter ocorrido num passado recente, é uma mera casualidade.»

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O Convento do Carmo, em Lisboa, Portugal. Em 1755 este convento, onde tantas almas aí refugiadas pereceram, ouvindo-se ainda hoje os murmúrios de quem penou, aviva-nos a lembrança de como poderá Lisboa ficar; não renascida das cinzas mas, sobre elas, todas elas, as dos nossos antepassados e as dos nossos actuais familiares desta era bendita ou maldita - consoante mais ou menos estivermos prevenidos e guarnecidos de fé e de esperança mas, acima de tudo, da Prevenção, pelos simulacros que jamais fizemos...

Simular ou não Simular, eis a questão...
 - Protecção Civil Quer Portugal Inteiro em Simulação de Risco - Era assim o cabeçalho de muitos títulos em letras gordas dos muitos jornais escritos e mesmo online sobre uma inadiável tarefa de simulação ou simulacro aperfeiçoado sobre todos os perigos e toda a urgência de um iminente sismo registado no país. Isto, em Outubro de 2013.

Talvez por muitos pensarem ser um ano azarado só por acabar em 13, o não interiorizaram, ainda que o tivessem concretizado num só minuto e numa fresca ou outonal manhã de Outubro, como se um terrível e medonho sismo se pudesse colmatar única e exclusivamente num só minuto de toda a acção possível...

Azar. Agora penamos todos. Se bem que a Protecção Civil tenha agora em mãos outros mais indignos ou aviltosos assuntos de sua própria impotência, negligência e mesmo imagem securitária posta em causa, aquando os grandes incêndios do ano 2017, em Portugal.

Seja como for, a alguém temos de pedir ajuda, sobre alguém precisamos de acudir ou, se não for pedir muito, que alguém nos explique em melhor ilustração/elucidação, o que fazer em caso de terramoto letal. Ou então, esta minha República Portuguesa (desde 1910) e nação portucalense (desde 1139) em nada possui brio de guarda, auxílio, prevenção e protecção dos seus. A não ser assim, estamos todos numa grande alhada sem ter para onde nos virarmos...

Porquanto isso e algo mais que me possa escapar, vou fazendo (a nível individual) umas flexões que me deixem dar uma sova às dores reumáticas (já não vou para nova...) e, iniciar os treinos, baixando-me sobre os joelhos - posição que evita cair perante o abalo sísmico, anuem - e que, segundo as exímias instruções do cardápio da Protecção Civil (a que ainda temos), deve-se sempre proteger a cabeça e o pescoço com os braços e as mãos (quem terá imposto estas regras, algum primata?) e, por último (vejam só esta preciosidade de quem supostamente nos protege das calamidades), aguardar até que a terra pare de tremer; bem visto, não?!

E quando se leva com o entulho todo da casa em cima??? E quando se inala o fumo do incêndio que entretanto eclode pelas evidentes fugas de gás??? E quando se sente que vamos sufocar pelo pó, pelo fumo e por todas as entranhas do corpo naquela cal que nos parece mortalha e nos cega só de pensar que sair dali depois será bem pior...? E quando saímos, se o conseguirmos, se tropeça nos outros corpos, entretanto ciliciados também por outras fugas, outros horrores e muito pânico, e nos dão a certeza de estarmos a viver um inferno na Terra?!

E quando, superando tudo isso, escalando montanhas de cadáveres - uns mortos, outros nem tanto - gemendo e fazendo com que nos apiedemos deles, com que os salvemos, e nós o não fazemos; ou o não deixamos acontecer, sentido que «nós ou eles» numa desvirtuada afeição, numa egoísta compleição do «salve-se quem puder»; ou não, que há sempre boa gente e gente que se condói com uma dor maior do que  a sua, digo eu, que nem sei.

E corremos, e continuamos a tropeçar em mortos-vivos e, depois, muito depois, nos lançamos para perto do rio e levamos com uma onda, muitas ondas (já não é rio, será mar?), de quinze ou vinte metros, ou mesmo trinta metros ou mais (afinal os filmes não mentem, sendo que a realidade suspensa e o medo são agora maiores do que aquele que sentimos sentados no sofá da sala) e somos levados, afogados e afogueados de uma vida que já não é vida e se esvai e se contrai; e se diminui e se... deixa ir... já mais suavemente...e se faz ir ao encontro de uma luz... outra luz...?!

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Lisboa by night (quando Cristo nos vigia o sono e nos ilumina a alma, nada pode correr mal... de dia ou de noite e, sobre uma cidade que se apaixonou por um rio e aí se abraçou, deixando-se amar, deixando-se pertencer...). E quando o terramoto vier, quem te salvará, Ó Lisboa, meu amor???

Quem te deixa morrer, Lisboa...?
A «minha» Lisboa; a Lisboa de todos nós: habitantes ou visitantes, residentes ou forasteiros, migrantes ou sedentários, quiçá nómadas que por cá (inversamente) se perderam nas ruas de Alfama onde se canta o sentimento do Fado e se bebe do bom vinho português.

E se decalcam turistas, muitos, em enxame e em nova expressão de trolley na mão e um mapa-guia que nunca lhes diz por onde vão... desse seu novo caminho e dessa sua nova espécie que parece agora fazer florescer ainda mais a minha Lisboa de antigamente, mas que, se perde no presente sem saber para onde vai...

Há que prevenir então. Muitos foram os relatos dos estrangeiros na época (do terramoto de 1755) que tendo sobrevivido, terão contado de sua justiça, de sua malfadada justiça de terem visto toda uma cidade a seus pés destruída e, sem contenção de uma morte havida, pungida por quem os deveria ter socorrido e não sufragado que nada mais haveria a fazer.

Assertivas, mas não belas ou românticas as palavras do Marquês de Pombal à época, ao dizer: «Enterrem-se os mortos e cuide-se dos vivos», mais coisa menos coisa, pelo que, se tal sucedesse hoje, e o martírio seria igual talvez... Mas compreensivelmente correcto, cruelmente correcto, e mais não se pode pedir numa urgência destas.

Que Prevenção, que Simulação ou que Insurreição terá de ser a nossa, na vigência actual, na vivência humana destes novos tempos, para que nos não aconteça tal de igual forma e punição, para que uma ou Mais Protecções Civis do Mundo nos possam Avisar, Prevenir e Alertar para que estejamos atentos - se não previdentes pelo menos conhecedores - de que, a Vida, só é mesmo vida se a soubermos validar; seja em que terra e mar forem, seja qual a perspectiva ou o horror que tenhamos de enfrentar...

E, seja qual for o credo ou  fantasia, a origem ou etnia na ideologia religiosa desportiva ou política (ou mesmo a condição ou género) em que nos situemos - além a febril veemência do que se arroga, pensa ou sente - somos todos seres humanos, e só isso conta! Se contarmos também com os desprotegidos; todos os restantes seres vivos na Terra.

Seres vivos que todos somos de facto; uns mais racionais e outros nem tanto. Mas todos lutam para assim continuar a sê-lo, protegendo também outros que o não sabem fazer - desde plantas a animais; a toda a fauna, a toda a flora planetários - desde que o termo Humanidade foi sentido e mesmo coagido a ter uma própria existência.

Existência essa que nos faz ser sensíveis à dor alheia, voluntários e cordatos, emocionais também, pelo que «humanidade» - em toda a acepção da palavra - traduz a determinação de se ser solidário, desde a sua concepção até à mais ínfima interioridade do que nos faz ser, humanos. Ou não.

Cabe-nos a nós escolher... e decidir se queremos Viver ou Morrer, apenas isso... com dignidade ou sem ela, por nada termos tentado em fazer prevalecer. Lembrem-se que outras humanidades já neste planeta viveram e, parecendo nada ter aprendido com isso, poderá deixar-se incorrer de novo nesses mesmos erros - esta outra humanidade que muitos aferem de tantos pecados.

Não o devemos permitir então - ou de nada serviu o conhecimento sobre a Terra e fora dela - pois que longe estão ainda os tempos de a deixarmos por outra mais prazenteira, mais afecta ou soalheira... Pensem nisto. Até lá, que não soem os Alarmes... ou os trompetes dos deuses que nos ditam que é o fim... ou não... a opção será sempre nossa. Se «eles» acharem que ainda há tempo...

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