Translate

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Filhos de Deus

Imagem relacionada
Renovação e Infinitude na já longa sabedoria e vertente cosmogónicas dos Índios Norte-Americanos. A plenitude, interferência - ou grande influência! - exercidas entre o Cosmos e o Homem. A Alma, o Espaço, o Tempo e o Divino conectados na mas bela ingerência do que é físico e espiritual, do que é magnânimo mas também transponível ao ser humano se o soubermos escutar, ver, ouvir e sentir, além a Mãe-Terra, além o próprio Além do imenso Cosmos...

«A Terra é a minha mãe e no seu seio repousarei.» (Declaração universal das elegantes palavras do chefe Tecumseh, da tribo dos Shawnee que, pronunciadas por volta de 1810, ecoariam para a posteridade como a expressão da mais profunda crença, interiorizada na maior parte das culturas dos Índios Norte-Americanos).

Os seres mais puros do Mundo - os Índios! Sendo inquestionável esta afirmação (sendo que outros povos ancestrais assim os igualam, tendo como exemplo os Aborígenes Australianos, entre outros) há que repensar a questão ou mesmo a compleição que os determina como «Filhos de Deus». Sê-lo-ão de Deus ou dos deuses...? Aqui fica o repto.

Os Índios Norte-Americanos acreditam que o Criador dotou todas as coisas - vivas e não vivas - de um espírito. Ao compartilharem este atributo, todas as coisas animadas e inanimadas estão relacionadas e são sagradas; por conseguinte, espera-se que as pessoas respeitem todas as coisas existentes à face da Terra.

Iguais às Plantas e aos Animais, sendo-lhes semelhante, são o resultado de elos de ligação forjados num passado distante, aparentadas à fauna e à flora planetárias. Os Rituais e as cerimónias que fazem na sua nativa vida integrante, dizem-nos - ou sublinham-nos - os elos de ligação entre o mundo que as pessoas habitam e o reino dos espíritos. Onde o terão aprendido...? De onde o buscaram...?

Que almas são estas então? De onde vieram e para onde vão, pelo que seguramente se distinguem e se afirmam nessa diferenciação de toda a sua população que ainda hoje assim o legitima?!

Que seres tão especiais são estes que na Terra se impuseram, usufruindo da Mãe-Natureza, da Terra-Mãe como sua, como nenhuma outra, abençoando os céus, os ventos e até as intempéries, pelo que há muito sabem e não omitem mas cuidam e até aconselham, sem que muitos de nós o ouçam, o perscrutam ou, o adivinhem, em anuência ou sublimação do que do Cosmos vem e na Terra se aplica...?!

No inolvidável e longo caminho xamânico estão ou estarão provavelmente todas as razões para se viajar para outros mundos, outras eras e outras almas, conhecer-se todos os caminhos da criação e da concepção (não só humana mas cósmica também); além toda a missão consignada a cada um de nós; seres humanos e Natureza. E é então que todas as questões se levantam, alavancadas por outras jamais por nós entendidas:

Que outras almas lhes assobiam ao ouvido, lhes sussurram verdades enobrecidas e lhes ditam o que na actualidade o mundo desmerece e negligencia sobre outras ordens, outros acordos que não os da Terra?! E o que fazer para tudo isso mudar...? E o que reimplantar para uma nova esperança arvorar sobre todos os desígnios ou sentidos humanos que nos fazem por vezes silenciar e, mesmo esquecer, o que outrora nos foi recomendado???

Imagem relacionada
Há quem os arrogue como seres míticos, seres ancestrais dos tempos que se já não lembram ou se sente não terem existido - como por exemplo a Atlântida - em seres muito especiais de Atlantes que se fizeram vencer e, sobreviver. Por muito que os estudos teosóficos o admitam ou inversamente o neguem por muitos outros, haverá sempre a questão, a eterna interrogação e certa consternação de nunca chegarmos à verdade; a menos que, eles nos digam que como Filhos de Deus - ou de outros deuses - foram (e serão para sempre certamente) a personificação do que há muito lhes foi dado e por outros renegado...

O Céu é o limite. Ou não...
Reconhecendo-se inegavelmente a a grande influência que a paisagem exerce sobre tudo o que os rodeia, aos Índios Norte-Americanos (mas igualmente aos índios do sul), infere-se que não deixam também de possuir uma percepção constante do céu por cima das suas cabeças.

Não é assim de todo possível escapar à interacção com o Firmamento, a Extensão, a Plenitude e mesmo Infinitude que em si os envolve na determinação ou sequencial afirmação (e informação!) de inúmeras mensagens que deles advêm. Assertivas e sábias, são muitas vezes seguidas por muitos de nós, pelo que se intui - ou se admite - de tão verdadeiras e puras serem no seu trato ecológico e de grande pegada sobre a Natureza, sem malefícios para esta ou em seu prejuízo.

O Céu é um local tanto de princípios como de de finais - um domínio habitado por muitos seres, alguns benevolentes outros maléficos. E no geral a um nível quotidiano, só pela observação do céu, os Índios são capazes de ver a aproximação do mau tempo e tomar as previdências necessárias - contudo, o Sobrenatural, nunca está muito longe; os Koyukon, por exemplo, consideram os temporais como transformações de um espírito humano do Tempo Distante. Acredita-se que as tempestades possuem percepção e podem, portanto, ser influenciadas.

Estudando-se a vertente cosmológica dos Índios (neste particular caso, a dos índios norte-americanos) chegou-se à conclusão de que muitos possuíam uma cosmogonia tribal significativamente desenvolvida (em especial referência aos Skidi Pawnee) que se encontra reflectida na maior parte das vezes em gráficos encrostados em couro de seus antepassados pertences, representando o Céu Nocturno.

Os Pawnee ancestrais acreditavam que as suas aldeias tinham sido fundadas por estrelas específicas, sendo que os deuses mais importantes continuavam a ser a estrela masculina e vermelha do Oriente, conhecida como a Estrela da Manhã, e a estrela feminina, brilhante e branca - a Estrela da Tarde; sendo ambas, na realidade, o planeta Vénus.

Imagem relacionada
O Cosmos: o céu nocturno constitui a fonte de todas as informações para as tribos indígenas. Os Índios Norte-Americanos estudavam-no com toda a precisão como relíquia conquistada aos deuses.
Para eles, as estrelas eram deuses. E nós, Humanidade, zombámos deles. Ironizámos e ignorámos tão evasiva ou intimidativa apreciação sobre os corpos celestes. Hoje, já não rimos; apenas estudamos se tal como eles o proferiam, estas estrelas nos não escondem outros seres, outras vidas nelas concebidas...

Fenómenos Celestiais
Com o nascimento das estrelas, os nativos norte-americanos procuravam padrões que indicassem as mudanças das estações que, como se sabe, são cruciais para as plantações. Hoje, o Homem olhando mais para si e menos para o Céu, desgastando a sua aura de conhecimento, perde mais ou parte do que ganharia em sapiência e, envolvência, do que outrora os Índios captaram e nos tentaram ensinar, sem que os compreendêssemos ou sequer ouvíssemos...

Acontecimentos celestiais relativamente raros, tais como Eclipses, Cometas ou Supernovas, podiam ser interpretados como bons ou maus presságios, requerendo a realização de rituais especiais, como uma celebração para afastar o mal. No entanto, a maioria dos eventos celestiais formava uma fase fidedigna, e certos ciclos rituais ajustavam-se aos movimentos das estrelas.

Os Relâmpagos e os Trovões baixos e retumbantes, com início a oeste e movimentando-se por todo o Céu, combinados com a posição adequada das Plêiades, representam marcos muito significativos para os Skidi Pawnee. Isto anuncia a transição entre o Inverno e o Verão, reproduzindo a criação do mundo em miniatura, assim como assinalando que está na altura do conjunto de cerimónias da Estrela da Tarde.

Os Skidi Pawnee acreditam nas relações estreitas entre si mesmos e os objectos celestiais: julga-se que as estrelas fixas possuem um grande poder - chegaram mesmo a criar as pessoas e deram a cada grupo da tribo um dom mágico. As estrelas ou são deuses ou são pessoas que se transformam em estrelas. Esta, a convicção íntima dos Pawnee. Estarão errados...? Penso que não.

Os Corpos Celestes são em geral masculinos ou femininos. O dia traz o Sol e a luz, masculinos; a noite traz a Lua, as estrelas e a escuridão, femininas. Para os Omaha, o Inshta-thuda, ou Povo do Céu, são congéneres do Hon`gashenu, o Povo da Terra. Estes dois grupos em conjunto formam um círculo que reflecte o conceito dos Omaha de que, a Criação, é um processo contínuo através da união entre o masculino e o feminino.

Imagem relacionada
A união ou conjugação perfeita do Mundo como local de mistério sagrado: A Mãe-Terra e o Pai-Céu (nas forças que provêem mas também desafiam). O profundo respeito pela terra, pelas suas características e pelas suas formas de vida (todas elas), reflectindo-se como iguais. Os seres humanos não estão acima da criação, fazem sim, parte dela, e as pessoas têm de forjar uma relação de respeito e equilíbrio com o mundo que as rodeia. É esta a verdadeira alma do Índio!

A Alma dos Índios
A verdadeira alma dos Índios Norte-Americanos reside no mais profundo ou exímio conceito de um absoluto respeito pela Mãe-Natureza ou Terra-Mãe que um dia os acolheu do Cosmos para o planeta azul. Assim pensam, assim se projectam na mais coerente concepção de que, o que vem das estrelas para elas vai (sem mácula ou nem tanto), por tudo o que na Terra se fizer de bom ou de razoável em consonância com os outros seres vivos. E não vivos; tudo tem um sentido e um sentir.

Índios: o primeiro povo verdadeiramente ecologista na Terra! Irrefutável esta afirmação ou talvez convicção do homem moderno sobre todos esses seus antepassados ou de todos os povos nativos do Continente Americano que ainda hoje fazem ouvir a sua cultura, permitindo que esta sobreviva mesmo no mundo moderno em que nos encontramos.

Haver equilíbrio e respeito pela Natureza é o seu lema de vida; daí que estes Primeiros Ecologistas conheçam os seus ciclos e compreendam melhor as suas tolerâncias, vendo-se como parte integrante da própria terra, não se considerando pior ou melhor que qualquer outra criatura terrestre.

Preservar e proteger a Mãe-Terra é e será sempre para os índios uma prioridade, a sua mais combativa defesa pelos Direitos da Natureza, como uma mãe, um berço, ou um colo uterino do qual eles vieram e, quiçá, um dia poderão regressar...

Como Filhos de Deus que eram (ainda que nem na Bíblia eles aí estejam referidos), e a Igreja Cristã os tenha declarado como tal só por volta de 1537 por fim (imagine-se o absurdo), nada disso impediu que tivesse havido um poderoso e violento ataque sobre estes povos - e a sua natural forma de vida - durante décadas e décadas sem que algo o tivesse travado.

É sabido que, à medida que a exploração e o contacto se expandiam, as doenças para as quais os Índios não possuíam imunidade dizimaram grande parte das suas populações, sendo que os que sobreviveram foram desalojados das suas terras.

Os Colonos fizeram algumas tentativas no sentido de exterminar os povos nativos, procedendo a esforços concertados para assimilar os que restavam. Todavia, muito embora alguns grupos, como os Beothuk, das Províncias Marítimas do Canadá, tenham literalmente desaparecido, a sua maioria resistiu.

Indo buscar forças às suas tradições espirituais, os Índios têm vindo a lutar a fim de  manterem as suas culturas, demonstrando assim solidez mas também capacidade de adaptação face à adversidade e à pressão das mudanças.

Imagem relacionada
Imagem de um guerreiro Crow (Apsaroke). Uma foto de 1908 tirada por Edward S. Curtis, na amostragem do traje de guerra exibido por este nativo. Mesmo que a mensagem tribal fosse a da paz, o homem branco nunca deixou que tal sucedesse, vindo a exterminar quase toda a população nativa do Continente Americano que vivia sob os auspícios do Sol, da Lua e da Mãe-Natureza...

A História dos Índios Norte-Americanos
Não se conta esta História em breves minutos, ou até horas. Não, quando tantas histórias compõem esta sua História. Mas tentar-se-à ilustrar em breves traços o que potenciou, disseminou e depois quase exterminou esta população de puros e selvagens - segundo uns e outros - que ainda e actualmente se dispõem a avaliar esta gente, este tão nobre povo das montanhas e dos gelos, no refúgio perfeito de quem os queria destruir e matar.

Solidamente implantados no Continente Americano há aproximadamente 10.000 anos, este povo não se deixou matar; ou pelo menos esquecer. Muitos povos e anciãos sagrados afirmam que os seres humanos habitam a América do Norte desde o início dos tempos, se aí implantados por mão humana ou estelar, é algo que ainda hoje suscita o debate... aliás, como em muitos outros casos...

No entanto, é sabido que os Primeiros Europeus que chegaram ao continente estavam convencidos (ou ter-lhes-ão incutido isso propositadamente...) de que os Índios deveriam ter vindo de outro lugar - mas de onde? E mesmo que aquele solo inicialmente tivesse sido chamado de Índias Ocidentais, em nada os fazia reiterar que estes povos aí tenham sido originários mas, de outras terras.

Com alguma influência da religião, especulou-se que eles eram descendentes das Tribos Perdidas de Israel. Contudo, desde que a disciplina de Arqueologia se desenvolveu, no final da década de 1880, os historiadores e demais estudiosos nesta área, compilaram versões menos fantasiosas da sua verdadeira história - muito embora estas tivessem de ser revistas sempre que vinham a lume novos factos e evidências.

Em resultado disso, muitos são os índios que descartam por completo a análise arqueológica da sua história. Poderemos contradizê-los...? Penso que não, no que se agudiza o debate sobre a verdadeira proveniência dos Índios serem ou não seres extraterrestres...

Imagem relacionada
Imagem do ser mítico Bep-Kororoti que ainda hoje se manifesta através de rituais efectuados pelos índios Menbengôkré (assim como nas aldeias Gorotire, Kikrin, Men-Krägnoti, Kôkraimoro, Txukahamäe e Krenakôri), regiões indígenas brasileiras (neste caso específico  alocadas no continente mais a sul, na Amazónia) em memória e homenagem a um ser vindo das estrelas...

Da História para a realidade...
Em 1926, os arqueólogos descobriram provas irrefutáveis de uma presença índia na América do Norte durante a era glacial. Estas consistiam em pedras de extremidades pontiagudas destinadas a matar bisontes e mamutes. Acreditava-se que os caçadores perseguiam manadas de animais selvagens desde o Nordeste da Ásia através da Beríngia, uma faixa de terra entre a Sibéria e o Alaska.

Alguns povos dirigiram-se então para sul, nas Américas, e já habitavam todas as partes do do Hemisfério Norte há cerca de dez mil anos. As vagas de imigração continuaram, mesmo depois do gelo ter derretido e o mar reclamado essa faixa de terra.

A mais recente dessas incursões - povos navegantes da Ásia Árctica (antepassados dos Inuítes) - colonizou as costas setentrionais do Alaska e do Canadá há cerca de 4500 anos!
No final da década de 1960, foram  descobertos fortes indícios de que outros povos também viajaram por barco ao longo da costa do Pacífico, vindos da Sibéria. Há quem sugira que certos povos poderão ter contornado a Dorsal do Pacífico e os gelos do Atlântico Norte.

Só por curiosidade: No que se revela na imagem acima mostrada, há que dizer (ainda que tal se comemore apenas na parte sul do continente americano) uma expressão festiva de ritual comemorativo sobre uma hipotética passagem de um ser muito especial (extraterrestre?) sobre terras de índios.

Ainda que na Amazónia (Brasil) este feito seja sobejamente conhecido e até divulgado por ocasião de um mito há muito contado de um ser estranho ter rondado aquelas zonas, é sempre novidade a não-coincidência com outros factos. Pois bem, este estranho ser, vindo através de uma canoa voadora (uma nave alienígena?) trazendo consigo uma poderosa e não menos estranha arma desintegradora - Kóp - de árvores e pedras, terá deixado pasmados os nativos de então. Supostamente uma arma laser, intui-se. Ou, uma arma tecnologicamente avançada que a tudo destruía num ápice.

Muito semelhante a um fato de astronauta, ao que hoje se observa sobre este esquisito camuflado que os nativos quiseram reproduzir fielmente, traduz-se uma passagem deste extraplanetário viajante por estas regiões amazónicas no que, ainda hoje também, o povo Kikrin, da nação Kayapó, na Amazónia, acreditam serem descendentes desses seres que vieram das estrelas e lhes deram não só conhecimentos como, o encantamento das suas deslocações ou «feitiços» com armas nunca vistas...

Imagem relacionada
Pinturas Rupestres/Petróglifos feitas pelos índios Ute, no Canyon de Utah (Barrier Canyon, no estado norte-americano de Utah) e, onde é bem visível o entrelace ou certa interacção de uma figura de alta dimensão - de certa forma também desestruturada do contexto - sendo possivelmente um desses viajantes das estrelas que, tal como na Amazónia e de entre os índios Kikrin (entre outros) se fez sentir.

Em Busca de uma Visão...
Por vezes, os povos nativos procuram a orientação dos espíritos através de visões, que normalmente ocorrem durante um estado alterado de consciência. Este estado pode surgir como consequência de uma doença, com febres altas e perda de consciência, ou então pode ser induzido.

As visões podem ser causadas pela privação individual de alimento, de água ou de sono, infligindo dor, ingerindo uma substância alucinógena - ou através de danças, cânticos, tambores ou qualquer outra forma de auto-hipnose repetitiva.

A Palavra «Pawnee» para visão significa «aprender ao ser tocado». Um indivíduo que passe pela experiência de uma visão enquanto se encontra num estado de transe, em geral vê ou fala com o espírito poderoso, que por vezes pode aparecer numa forma concreta, como por exemplo um animal ou um ser ancestral, mas é mais provável que seja uma «presença» nebulosa.

Presença esta que, maléfica ou dada a outros requisitos, se insta a perturbar os vivos (nada de muito diferente aquando as sessões espíritas ou de certos jogos de tabuleiros contemporâneos desta suposta arte espírita ou mediúnica, em chamamento de certos seres que, chamados à presença de outros, se não fazem rogados em permanecer no mundo físico, vindos de outro submundo).

Resultado de imagem para índios extraterrestres
Índios Hopi (povo do Arizona, EUA): a realidade mostrada na pedra sobre os Katchinas (o venerável povo sábio das estrelas). Um povo muito sábio e de grande alcance sobre profecias ou previsões futuras sobre a Humanidade. Os Hopi terão aprendido com os Katchinas - o tão falado povo das estrelas - tendo para elas voltado, ficando os Hopi esperando pelo seu regresso como anunciado...

Visões, Aparições, ou outras realidades...?
Onde começa a visão e pára a realidade ou vice-versa. Tudo isso, numa intrigante realidade ou virtual concepção que outrora os índios descobriram e até tocaram com a ponta dos dedos, ao transmitirem-nos as suas profecias, as suas verdades, através da pedra e das suas gravuras, provindas da boca ou apenas das mentes dos deuses. E que poder é esse que só alguns lhe tocaram? Que mistérios se desvendaram....? E, por poderes que mais ninguém tem, que lhes ensinaram???

Os Índios Hopi sabiam-no e mostraram-nos esse poder, não só o de se atingirem outros mundos por via do xamanismo como, por observação in loco, de todas as situações vividas. Há quem afirme que os Hopi são um povo vindo dos extraterrestres, pelas profecias ou previsões que ainda hoje nos fazem pensar de como o souberam antever, de como o souberam conservar além os tempos, na memória e na circunstância dos tempos modernos que se não compaginam com semelhante determinação...

Voltando às visões...
As visões podem então revelar acontecimentos do passado, do presente e do futuro, mas de uma maneira geral não podem ser interpretadas sem a ajuda de um ancião ou de uma pessoa sagrada com conhecimentos sobre o assunto. Há que recordar que, Uma Visão, nem sempre se sente como uma bênção - alguns índios tentam negar ou evitar visões porque estas muitas vezes exigem uma resposta que a pessoa não é capaz de dar.

No entanto, as visões continuam a ser uma parte importante da prática religiosa para a maioria dos Índios Norte-Americanos, que recorrem ao poder das forças sobrenaturais que os cercam - nas montanhas e no cimo das colinas, em nascentes de água, nas profundezas da floresta, e até mesmo em áreas onde habitam espíritos perigosos.

Um indivíduo pode empreender uma série de buscas pela visão durante a sua vida. É mais comum que a primeira busca pela visão se realize quando uma criança começa a aproximar-se da Puberdade (muito embora algumas civilizações permitam que algumas crianças pequenas, à volta dos 4 anos de idade, busquem a visão) e a demanda final poderá ser realizada na velhice.

Resultado de imagem para índios norte-americanos olhando o céu
A Experiência Iniciática dos Xamãs: o ritual iniciático das tribos nativas que praticavam ritos xamanísticos no contacto com o Além; e, desta forma, curavam a mente enferma do seu paciente. Indo ao encontro da luz, indo ao encontro de outras verdades ou de outros espirituais mundos - na busca da paz para o mundo físico - os Xamãs descobriam a verdade. Se o fizéssemos igualmente neste louco mundo ocidental em que actualmente se vive, encontraríamos essa paz perdida...? Que o Xamã o diga e a profecia se faça...

A Preparação do Ritual
 As Buscas pela Visão requerem preparação, o que em geral significa que uma pessoa deve tornar-se ritual e fisicamente limpa. isto consegue-se jejuando e tomando um purificador banho de vapor - a intensidade de cada um depende do poder de visão que se procura.

Para os Lakota, as buscas solitárias pela visão são muitas vezes realizadas no ponto mais elevado de uma localidade. Uma pequena área de solo escolhido pode ser assinalada com pedras e coberta com salva ou peles, acompanhada por oferendas, tais como fios de pacotes de tabaco ou tiras de tecidos representando as cores sagradas. E isto, faça bom ou mau tempo, seja de dia ou de noite, um indivíduo jejua e reza até que surja a visão ou que um espírito faça uma visita na forma de um animal.

Para muitos grupos, as buscas pela visão são predominantemente uma ocupação masculina, mas as mulheres também podem «sonhar» com poder para si. Nas suas visões, as mulheres podem conseguir que certas plantas ou amuletos sejam utilizados para curar ou para preparar alimentos.

Imagem relacionada
A Jornada para o Outro Mundo na crença dos Índios Norte-Americanos. Para onde vai a alma e o que arrasta consigo, é algo que ainda hoje nos questionamos - se em pecado se em equilíbrio - ou em nada consonante com o que se aprende actualmente de que, a alma por si, nada mais é do que o breve esfumar de uma vida física... Será???

A Grande Passagem...
A Crença dos Índios Norte-Americanos sobre a morte e os costumes rituais em torno da perda variavam de civilização para civilização. No entanto, existem certos temas com traços em comum - como por exemplo, a maioria dos grupos achava que os mortos representavam um perigo para os vivos e, por conseguinte, os mortos eram tratados com um respeito e uma prudência consideráveis.

Muito embora quase todos os povos nativos acreditassem num qualquer plano de existência para além do reino dos vivos, as descrições da vida para além da morte variam muito, e o tema do que acontece à alma depois da morte era altamente complexo para muitas tribos índias.

Quando uma pessoa morria, pensava-se que os maiores perigos seriam enfrentados pelos parentes mais chegados do falecido. Em resultado disso, muitas civilizações incumbiam certos membros de sociedade especiais, ou divisões do clã - compostas por pessoas consideradas como sendo os familiares mais afastados da pessoa falecida - da responsabilidade pela remoção, pela limpeza e pela eliminação do corpo. Estas pessoas deveriam também desembaraçar o corpo dos seus bens terrenos, caso fosse necessário.

Acreditava-se piamente que, os Mortos, regressavam ao local onde residiram quando estavam vivos. Os Mohave e os Yuma incendiavam a casa do morto a fim de evitar que o seu fantasma tentasse voltar lá. Os Navajos não se davam sequer a esse trabalho, limitando-se a abandonar a casa pura e simplesmente. De igual forma, todos os pertences do falecido poderiam ser distribuídos entre pessoas que não fossem da família ou até mesmo destruídos.

Imagem relacionada
A mais sábia das afirmações: chorar ou rir, simplesmente porque se acabou de nascer ou morrer. Não estarão invertidas estas emoções, esta prioridade...? Tentemos aprender um pouco mais da sabedoria dos índios; todos eles nascidos, criados e mortos sobre esta mesma terra que é de todos nós... ou não.

Os Rituais Fúnebres
Tanto os palanques como as colinas fúnebres eram consideradas áreas sagradas por alguns e, julgava-se, que fossem espiritualmente perigosos. Entre os Lakota, os «Wanagi» («coisas das sombras») são os espíritos que guardam as sepulturas, podendo prejudicar ou mesmo magoar todo aquele que perturbar os mortos.

No entanto, outros povos não vêem os restos mortais dessa maneira, mas sim, como objectos a estimar. De acordo com estes grupos, durante um certo tempo após a morte, os mortos continuam a «viver» perto dos seus familiares e precisam de ser cuidados.

Os Koyukon do Alaska mantêm casas pequenas onde o corpo é colocado e, onde o espírito da pessoa morta, vai residir por algum tempo. Depois de passado o Inverno, a casa é consertada ou pintada, queimando-se de seguida um alimento favorito do morto numa fogueira, para que o fumo o possa assim alimentar mesmo no Além...

Os Povos que enterram os seus entes queridos muitas vezes possuem rituais especiais. Tal é o caso dos Hopi, que sepultam os seus mortos numa posição sentada, voltados para Oeste e, rodeados de oferendas. Alguns grupos preferiam a cremação - os Luisseño da Califórnia usavam o fogo para libertar a alma para o céu, onde se julgava que iria fazer parte da Via Láctea.

Resultado de imagem para a morte para os índios
A recente realidade dos índios (do Norte ou do Sul da América, na actualidade): o crescente suicídio da população indígena, após o genocídio executado pelo homem branco há séculos atrás. Ontem e hoje, a idêntica mortandade efectuada pela mesma mão, ainda que subreptícia e facciosamente por outras identificáveis verdades de não haver terra nem futuro para semear...

Vida e Morte de mãos dadas...
Os conceitos sobre a vida após a morte diferem muito, embora nenhum deles inclua o «paraíso» do popular esteriótipo nativo. Muito vai depender das crenças sobre a Alma Humana.

A maioria das tribos defende que, cada corpo, tem mais do que uma alma (assegurando que isto é provado pelos sonhos), onde uma pessoa deixa o seu corpo e vagueia pelo mundo.

Na Hora da Morte, esta Alma, pode viajar para o mundo dos espíritos, ao passo que outra pode ficar no corpo até os restos mortais serem queimados ou se decomporem por completo.

Alguns Lenape acreditam em três almas: uma alma sangrenta que se transforma e fica presente em lugares inverosímeis; uma alma corporal que acaba por se reunir ao Criador, a fim de passar a eternidade na Vida após a Morte depois de percorrer 12 camadas cósmicas, além de um fantasma que deambula pela Terra até que a pessoa que em tempos foi seja apagada da memória dos vivos.

Os Quileute da Costa Noroeste defendem a existência de 5 almas, com regras complexas que controlam as suas relações tanto em vida como na morte. A maior parte dos grupos nativos concorda que a Vida após a Morte se encontra fora do alcance dos vivos.

Uma opinião comum sobre a Vida após a Morte considera-a como reino antagónico, onde muitas coisas funcionam de maneiras que são contrárias àquelas a que os vivos estão habituados. Por exemplo, os rios correm no sentido inverso, as pessoas dançam com os pés cruzados e as estações do ano estão misturadas. Entre os grupos que acreditam na Reencarnação, a vida após a morte pouco mais é do que, um ponto de paragem, onde a Alma aguarda o seu regresso ao Mundo...

Esperemos sinceramente que assim seja em relação ao suicídio em massa que actualmente se regista por parte destas populações desenraizadas e mesmo traumatizadas com o estigma que delas se faz, por não haverem terras e espaços condizentes com a sua dignidade de almas livres que são em bonança e conluio com a Natureza.

Confinados a pequenas parcelas de território terrestre em limites administrados pelos estados correspondentes, estes povos apenas se limitam a sobreviver que não a amar, a conviver e a serem felizes sobre um Céu e uma Terra que já foi parte deles e agora se esvai em sanguinária corrente de uma outra vertente que se diz civilização...

Imagem relacionada
Uma admirável foto que não deixa de ser controversa: uma selfie tirada algures na Amazónia por um pai-nativo e sua filha que, embora os parcos recursos pessoais, se deixaram iludir e seduzir pela hemorrágica alucinação das novas tecnologias em imagem, cor e supostamente som (se igualmente se fizer um vídeo) para a posteridade; algo que ainda não há muito tempo, os índios consideravam ser o abutre que lhes roubava a alma... nas fotos que outros de si faziam. Novos tempos estes...

"Nossos tipis (tendas), são muito melhores de se viver; sempre limpas, quentes no Inverno, frescas no Verão e fáceis de transportar. O Homem Branco constrói casas imensas, parecidas com grandes gaiolas; custam muito dinheiro, vedam a entrada do Sol e não se podem mover; estão sempre doentes. Os Índios e os animais sabem como viver melhor do que o Homem branco; ninguém pode ter boa saúde se não dispõe o tempo todo de Sol, ar fresco e água pura.

Se o Grande Espírito quisesse que permanecessem num único lugar, teria feito o mundo imóvel. Mas Ele quer a mudança, de modo que os pássaros e os animais se possam mover e sempre encontrar relva verde e frutos maduros, Sol para trabalhar e brincar, Noite para descansar; Verão para as flores se abrirem e Inverno para dormirem; Sempre a mudança; Tudo com algum benefício; Nada por nada.
O Homem Branco não obedece ao Grande Espírito; por isso os Índios jamais se entenderão com ele."

                                              (Grande Chefe - Falcão Voador - Índio Sioux)

Das Origens à realidade actual...
Enquanto a tradição judaico-cristã possui um Deus-criador que faz os seres humanos à sua imagem e semelhança e lhes dá um domínio total sobre a Terra, a maior parte das histórias sobre as origens dos Índios não concede às pessoas mais poder do que as outras partes da criação, quer sejam animadas quer sejam inanimadas.

As Pessoas são os companheiros da Terra e, conhecem-na intimamente como a fonte a partir da qual são oriundas. As terras onde os Índios viviam reflectiam a Criação em todo o seu esplendor, portanto; pelos menos até à sua descoberta por Cristóvão Colombo, em 1492...

Desalojados pela colonização usurpadora e invasora dos Europeus, alguns grupos de índios foram empurrados para os territórios de outras nações índias, o que fez aumentar o contacto intertribal e, exacerbou os conflitos (e mais tarde a suposta segregação pelos colonos em reservas fechadas). Em resultado disso, os padrões de cultura-área começaram a desaparecer.

No Norte da América a realidade pode ser tão ou mais idêntica à do Sul, onde, por vias de uma quase pandémica orgia suicidiária, os povos se vão deixando abater, pondo inevitavelmente fim à vida sem perspectivas de algo mudar por parte dos governantes sobre esse fenómeno.

Resultado de imagem para a morte para os índios
De Luto por todos os seus; os que já faleceram por não terem tido a coragem de dizer não ou simplesmente «basta!» a quem de direito. Conflitos indígenas que florescem como rastilho de pólvora e que se incendeia a cada minuto e, em cada alma, que ali se preserva (em luto e silêncio) numa não-reserva de gritar por direitos seus...

O Flagelo do Suicídio
Segundo uma última estimativa (em relação aos índios sul-americanos do Brasil), 44,8% dos actos de suicídio cometidos são entre a faixa etária juvenil dos 10 aos 19 anos. Um horror! O alcoolismo, o suicídio e a prostituição são elementos que operam em paralela franquia nos territórios indígenas, confidenciam-nos as altas autoridades brasileiras que se mostram impotentes para tal anular.

Segundo e ainda uma análise estatística que vai do ano 2000 até ao de 2016 (em Mato Grosso do Sul, Brasil, lugar classificado de alto poderio em ilícitas jogadas de agro-negócio, como factor primordial para o extermínio silencioso dos povos indígenas da região brasileira) são já contadas 782 almas que puseram termo à vida; almas que desperdiçaram o pouco que tinham no muito que consideraram reaver em liberdade de escolha que Deus não lhes deu...

Sem juventude não há continuação; sem esperança de um futuro melhor, também não. Para os jovens e os menos jovens, para todos os que sucumbiram primeiro ao encantamento artificial destes novos tempos e depois se deixaram morrer por outros que os não convenceram, a minha avassaladora piedade e homenagem póstumas sobre todas as vítimas e todas as contrariedades de Estados e Governos, identidades e imposições, leis e contenções; e tanto mais que aqui não chegaria para elencar todas as penas e todas as punições que recaem sempre sobre os mesmos sem justiça lhes fazermos.

Um povo que não é salvo, é um povo que jamais se deixou existir, sendo que esse povo somos todos nós, do que fomos um dia e um dia pereceremos... tal como eles...

Porque não tomar medidas nesse sector...? Porque há tanta inactividade ou mesmo opacidade perante tais factos? Porquê ostracizar-se quem há tanto sofre por um punhado de terra, por um punhado de um mundo que lhe tiraram e, sem seguir as pisadas do mundo moderno, continua a acreditar ser-se mais feliz sobre as estrelas que sobre os tectos de ninguém?! Quem poderá estancar esta tendência que a todos envergonha???

A suposta «Actualização do Processo de Colonização» pelos vistos tem falhado; e muito! Tantos Estados, tantas Nações que falham aos seus. Em Portugal, no Brasil, na Etiópia ou onde for, dos mais aos menos desenvolvidos e menos felizes ou cordatos com esta realidade sobre povos que, não vivendo sobre suas constitucionais leis e suas obrigatórias regras, se não deveriam deixar matar (por mãos próprias ou outras), de novo e em genocídio anunciado.

Ou, os que não se suicidando são mortos, por homicidas os quais nunca se lhes conhece a cara ou o mando; ou nada pelo qual se lutou infrutífera e esforçadamente através dos tempos e que na actualidade se chama Democracia, mas é uma gaja reles e sem escrúpulos (muitas vezes) que anda a mando de quem lhe pagar melhor, deixando-se corromper para um dia se ver também matar ou suicidar, quem sabe?!

E o que dizer de todos esses desaparecimentos inexplicáveis que por mão humana e terrena têm factual contabilidade - e não por uma qualquer e abstrusa abdução de um qualquer ser extraterrestre que por ali passa... arcando com as culpas de toda a abjecta ignorância possível?!

Quando uma minoria não tem voz, então é porque nada se aprendeu com os Direitos Humanos; quando uma maioria (silenciosa também!) se mantém à distância dos seus erros, dos seus fracassos e da consciência de que algo tem mesmo de mudar, então é porque não valeu mesmo a pena ter-se vivido tudo o que até aqui se viveu - em maioria ou minoria - se essas vozes se não levantam ou revoltam, fazendo inevitavelmente a Humanidade regredir à era glacial. Ou pior, à sua inexistência, anterior à sua proto-concepção. Seria bom pensar-se nisto.

Excesso de folclore e escassez de direitos perfazem a muralha exemplarmente construída sobre os escombros humanos de uma pérfida mortalha global sobre todos nós e, de certa forma, dessa mortuária certeza de que todos um dia vamos igualmente penar, suicidando a vontade e a esperança da nossa própria continuidade na Terra. Somos um só povo, uma só Alma!

Quem se esquecer disso não terá muito por que lutar, por que viver ou amar, se entretanto não se suicidar também por todos os bens adquiridos que não os sentidos em si. Ser, é apenas uma questão de honra; pertencer, uma questão de brio; e, merecer, uma questão que só aos deuses cabe, por todos os Filhos de Deus que o não sabem entender... ou ainda não perceberam que Filhos de Deus somos todos nós!

Sem comentários:

Enviar um comentário