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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Earth Calling...

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O Universo, na sua magna força de todos os elementos. As Galáxias, agora reveladas ao mundo e que se mantinham atrás do invisível e, inobservável manto cósmico, além a indissociável e extraordinária voragem dos conhecimentos que ainda encerram em si (e que o Homem tenta desesperada e persistentemente descobrir). Esta, a precursora realidade na actual e revolucionária tecnologia do que será o Maior Telescópio do Mundo - SKA (Square Kilometre Array)- na contemplação de outros mundos, outras formas de vida - quiçá outras almas foragidas...

                          «Quando aceitamos os nossos limites, conseguimos ir além deles.»
                                                                        (Albert Einstein)

Do Telescópio Parkes ao Ska...
Há dois anos que as novidades não cessam de chegar à Terra. E nós, terrestres (ou terráqueos) ouvimo-las com toda a satisfação possível de simples ou meros leigos que somos nesta matéria de coisas que vêm do Espaço.

Comprazamos-nos com todas as novidades que daí se soltam, desde que boas e não más, daquelas que nos fazem temer a existência de uma ou mais civilizações interestelares - inescrupulosamente hostis - que, sabendo da nossa inferior ou rudimentar tecnologia terrestre, considerando-nos inviáveis peões planetários, nos esmaguem de um só sopro. Ou seja, em imediato e eficaz extermínio sem resposta à altura.

Mas não ficamos parados nem podíamos. Atravessar a porta cósmica é necessário, mesmo que ela nos transporte para muitos outros perigos. Ficar inactivo e imóvel não nos fará avançar; daí que continuem a surgir, a cada dia que passa, mais e mais surpresas do Universo.

Há dois anos (2016), cientistas do telescópio Parkes (um telescópio australiano, utilizado para transmitir a visão ao vivo dos primeiros passos da Humanidade na Lua, em 1969, e que se situa a 355 quilómetros a oeste de Sydney), anunciaram-nos que haviam sido detectadas 883 galáxias - um terço das quais, sendo uma novidade portanto, nunca tinha sido observado antes.

Segundo o que foi então divulgado pela Reuters e publicado pelo Jornal Astronómico («Journal Astronomical») com o fulgurante título «The Parkes HI Zone of Avoidance Survey» - encontrou-se (para grande surpresa dos cientistas que estavam a investigar a proximidade da região com o «Great Attractor», uma anomalia gravitacional no espaço intergaláctico), centenas de novas galáxias escondidas atrás da Via Láctea, tendo-se usado para o efeito um inovador receptor que mediria Ondas de Rádio.

O Uso de Ondas de Rádio permitiu assim aos cientistas australianos ver além da poeira, as estrelas da Via Láctea que anteriormente bloqueavam a visão dos telescópios.

Staveley-Smith, o principal autor do estudo publicado pelo Journal Astronomical, admitiu que os cientistas têm tentado chegar ao fundo do misterioso «Great Attractor», já que os principais desvios da expansão universal foram descobertos nas décadas de 1970 e 1980 - os iniciais anos dourados dessa outra ou melhor compreensão do Espaço.

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O Super-Computador «Tianhe-2» (foto de Yutong Lu): Senhoras e Senhores, especialistas e não-especialistas, aqui está o mais Recente e Famoso, Fantástico e Surpreendente, líder da «medalha de prata» da computação mundial - o segundo super-computador mais rápido do mundo, na China - e que serviu para testar o software do Telescópio SKA!

Tianhe-2 versus SunwayTaihuLight
Pode parecer chinês. E de facto é! Estes dois super-computadores de última geração - os mais prodigiosos meninos tecnológicos na área do software - revelaram-se de uma exactidão tão surpreendente quanto a revelação da sua utilidade ou exequível demonstração, não só em termos de design mas na optimização do software apresentado.

O Tianhe-2 instalado na «National Super Computing Center», em Guangzhou, na China, possui 16 mil nós de computação, podendo executar um quase inimaginável número de cálculos por segundo (por ex: quatriliões de cálculos por segundo). Tendo sido o mais rápido até 2013, foi ultrapassado em 2016 pelo seu rival, o Sunway TaihuLight. No entanto, é do Tianhe-2 que se fala...

«A Parte Mais Importante é o Design e a optimização do Software no processamento de dados do SKA em super-computadores como o Tianhe-2», segundo a afirmação de Yutong Lu, o director do Tianhe-2.

«Um Design e uma optimização em cooperação, bem como a preparação do Software para os novos super-computadores, mais rápidos, que irão surgir em poucos anos», evidenciou ainda Yutong Lu, na repercussão do que já admite explodir futuramente nesta área.

O Sistema de Super-Computação de dados do SKA foi concebido por um consórcio internacional para processar os dados das observações das longínquas Estrelas e Galáxias, transformando posteriormente esses dados de observação num formato que passará a ser analisado por Astrónomos de todo o globo.

«SKA: Science Data Processor» - ou o «Cérebro» do radiotelescópio - é como é conhecido todo o sistema, como o refere Andreas Wicenec, responsável dos dados de Astronomia Intensiva  no «International Center for Radio Astronomy Research (ICRAR)».

O Protótipo Científico de Processamento dos dados, foi então realizado com grande sucesso neste já tão mencionado super-computador Tianhe-2, conduzido por uma equipa internacional liderada pelo cientista Tao Na, do Observatório Astronómico de Shangai, na China, e pelo também já referenciado cientista Andreas Wicenec.

A estrutura de Software que foi testada fornece o ambiente de controle e, de monitorização, para a execução de milhões de tarefas, consumindo e produzindo assim milhões de dados em muitos milhares de computadores/processadores individuais.

Sublinha Wicenec que, o quadro de execução do processador de dados, é do tipo «data activated», ou seja, os dados individuais estão envoltos numa peça activa de software que acciona automaticamente  as aplicações necessárias para processar os dados.

Wicenec esclarece-nos que, inicialmente, o sistema funcionou com 66 mil itens de dados (em 2016), no que se tentaria chegar (numa próxima e futura fase) a alguns milhões. Na época aferiu convicto: «Vamos correr entre 50 e 60 milhões itens de dados em 8.500 a 10.000 nós (recorde-se que o protótipo foi inicialmente executado em 500 nós de computação do super-computador e depois distendido para 1000 nós).

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SKA: O Maior Projecto Científico do Mundo! E que começa a ser construído por volta do ano de 2020, na África do Sul e na Austrália (oxalá eu ainda cá esteja para ver...). E, em que os Portugueses lideram. Sim, desta vez é mesmo verdade: Os Portugueses lideram a investigação do Radiotelescópio SKA! Ou seja, literal e significativamente, para nós - povo português - mas também para o restante do planeta, no: «Maior Projecto Científico do Mundo»! E isto, num telescópio que está definido para, na segunda fase, ter mais de um quarto de milhão de antenas direccionadas para o Céu...

SKA: O Maior Projecto Científico do Mundo!
Penso que já não resta alguma dúvida quanto ao SKA ser, de facto, o maior projecto científico do mundo, no momento. Existirão outros de portentosa relevância e exponencial importância noutras áreas, sim, mas, com esta envergadura ou imponência exaustivamente ponderada e calibrada, talvez não. Com selo lusitano e alma portuguesa, a coisa terá de ter êxito obviamente!

O Instituto de Telecomunicações de Portugal vai estar completamente entregue e, envolvido, nestas andanças. Ou seja, vai estar imbuído na produção do sistema de energia que será utilizado para «alimentar» as antenas do «Square Kilometer Array» - O Maior Telescópio do Mundo.

Estão assim envolvidos, a Altice Portugal (Data-Center da Altice, na Covilhã), a Universidade do Minho (Centro de Computação Avançada da Universidade do Minho) e a Fundação FCCN (Fundação para o Cálculo Científico Nacional) que irão executar uma parte desse enorme «Golias», que é como quem diz, tratar do gigantesco volume de dados gerados pelas observações do futuro super-telescópio internacional - SKA (que será duas a três vezes maior do que o produzido pela Google ou pelo Facebook). Um estrondo em português!

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SKA: tudo o que o Homem pode, inventa, lidera e executa numa só manobra de grande altruísmo e organizada reiteração em face ao Universo; ao ainda enigmático cosmos. Será assim, o SKA, a primeira mega-infraestrutura científica energeticamente auto-suficiente que terá forte impacto económico e social.

A par da ISS (Internacional Space Station), o SKA, é uma das maiores obras de cooperação em engenharia. O SKA, será construído em zonas de alta irradiação solar, tais como: África do Sul (e com estações distantes) no Botswana, Gana, Quénia, Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Namíbia, assim como a já referida Austrália e também Nova Zelândia. Um abraço científico terreno que a todos cabe abraçar em causa e, em desejo máximo, de tudo assim se cumprir...

Desvendando os Segredos do Universo...
Cabe-nos a nós, todos, investir nesta causa-maior de todos os sonhos a cumprir; de imediato, neste grande projecto concebido para Desvendar Todos (ou parte deles) dos Grandes Segredos do Universo.
Para já, o entusiasmo é geral. E penso que, generalizado à escala planetária, do que é então suposto se vir a conhecer sobre as estrelas e as galáxias que nos rodeiam.

O SKA, nesta senda de pesquisa à escala internacional sobre o Universo, vai permitir assim enormes avanços nas muitas abrangentes áreas do Cosmos, tais como:

Saber como evoluem as Galáxias; como se formaram as Primeiras Estrelas; saber, em relação à Física, qual a essência ou mesmo a componente-base da matéria da Energia Escura; a natureza da Gravidade; a origem dos Campos Magnéticos no Espaço, ou ainda, no campo da Astrobiologia, dar um salto quântico (quase literalmente) na procura de Vida Extraterrestre. Uma ambição volumosa, acreditamos. E sobejamente fiel ao que hoje nos dita para seguirmos.

Ir-se-à continuadamente promover os Desenvolvimentos Tecnológicos em áreas de Grande Impacto Social, como a distribuição e o processamento de grande volume de dados de Alta velocidade e, o recurso à geração, armazenamento e distribuição de, Energias Renováveis.

Temos assim de estar gratos, felizes e de certa forma completos (ou supra-realizados), no auge destes desenvolvimentos e aferições não só contemplativas, mas, de alta resolução em face ao que o Universo espera de nós.

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(Imagem da NASA, telescópio Hubble e Very Large Array): Em 2016 a NASA oferecia-nos esta belíssima imagem de uma dezena de Galáxias alinhadas na Constelação de Dragão (Draco), a 7400 milhões de anos-luz da Terra (no que a sua formação se produziu quando o Universo tinha metade da sua idade actual). E que, forneceram então novas pistas sobre a formação das grandes estruturas do Universo.

E tudo isso numa estranha alienação de Buracos Negros que surpreendeu, de facto, os Astrónomos. Que poderá o SKA agora revelar-nos ou, surpreender-nos ainda mais, sobre o que o Universo nos esconde...? Teremos de esperar muito para o saber...? Ou, simplesmente, aguardar mais um pouco para ver e compreender - e se possível for - participar, averiguar e aprofundar estudos, sobre tão majestoso e infinito Universo que tanto nos estima em atenção e consideração...

A Face Mais Bela do Universo
É sabido que o Universo nos fascina. E como! Temos razões de sobra para o dizer, em face a todas as faces do Cosmos que, a cada dia mais, nos surpreende e radicaliza ou enfatiza em maior escala o conhecimento que fazemos desse Universo.

Neste caso, foram 12 Buracos negros supermassivos que foram igualmente observados a expulsarem jactos de matéria na mesma direcção.

Na Revista Científica «Monthly Notices of The Royal Astronomical Society», os investigadores revelaram em publicação anunciada de que, os Buracos Negros aí confirmados, se encontravam no centro das galáxias separadas entre si por várias centenas de milhares de anos-luz de distância.

As medições entretanto realizadas indicaram que esta dezena de Buracos Negros - dentro de um grupo maior de 64 galáxias - estava impressionantemente alinhada, emanando esguichos/jactos de matéria na mesma direcção.

Estando estes Buracos Negros no centro das galáxias, distribuindo-se estas ao largo do Universo em filamentos, sabe-se que estes (filamentos) não têm uma influência  sobre como se comportam as galáxias  que o formam.

«O que estamos a observar é uma região do Universo nos seus primeiros anos que gira/circula numa mesma direcção», afirmação de Russ Taylor, astrofísico da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, que nos identifica com plausível explicação o fenómeno em si. Diz ainda: «Esta, parece ser uma nova pista para explicar as formações das grandes estruturas».

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«Hey You! Yes, You! I heard you. You called me!» (Hei, tu! Sim, tu! Eu ouvi-te. Tu chamaste-me!) Esta, a vibrante, incisiva e quiçá intimidatória resposta às nossas radiotelescópicas preces para lá de todo o Universo. Obtendo um «alô» de volta, que lhes diríamos, que lhes teríamos para perguntar ou sequer pré-anunciar se tal nos fosse possível?! Será bom então que nos preparemos no futuro próximo (há que dizê-lo ou perspectivá-lo dessa forma), para se poder ouvir, nessa sequência - ou talvez frequência - algo com que ainda não estamos de todo preparados para ouvir, sentir, ou saber sobre «eles»... ainda que «eles» saibam tudo de nós...

Impreparação ou simples ingenuidade humana...?
Não o sabemos. Se impreparados, mormente todas as avisadas consequências e alternativas que não possuímos (de momento) para nos protegermos de eventuais e futuras molestações alienígenas ou, no mais caricato dos cenários, termos de pôr a viola no saco, que é como quem diz, reconhecer os erros e tentar voltar atrás, sem que isso nos seja possível ou haja a tal «preparação prévia» para tal fazer.

Stephen Hawking já nos alertou para os perigos de nos defrontarmos com uma civilização hostil e que, nos não ache graça nenhuma em seu seio cósmico. Muitos outros o acalentam sem margem para grandes enganos de que, estas superiores civilizações interestelares - mais sábias e mais omnipresentes - nos possam ser o bloqueio na continuação da Humanidade.

No entanto, tanto Hawking como muitos outros, através do SETI, vão-se fazendo anunciar em hemorrágica contemplação de um dia sermos brindados com algo mais do que um som, uma mensagem encriptada ou um pedido de ajuda que não saberemos aplicar, replicando conhecimentos que ainda não possuímos - nem sequer, acredita-se, entenderíamos.

Por ora, os tempos são de quase enfarte do miocárdio (mas no bom sentido); ou seja, no sentido inverso do tal bloqueio cardíaco mas, em profusão de uma taquicardia abençoada ou arritmia de frente acelerada até... ao desastre final. É o que mais se teme. Mas pode não ser, sendo infundados todos estes receios paupérrima e confrangentemente humanos de terrestres mal-amados que muitos de nós somos. Ou mal informados, talvez...

Com o tão propagado e entusiasticamente disseminado nas hostes científicas este tão esfuziante SKA, na mediação, busca e ensejo de vasculhar agulhas no palheiro (vida extraterrestre ou qualquer forma de vida inteligente no Espaço), nada nos detendo, tratando um volume de dados iguais aos do CERN (the European Organization for Nuclear Research ou Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), em Genebra, na Suíça, então a coisa está mesmo consumada e... em Português!

Portugal - o meu pequenino país mas mui bela nação portuguesa - tomando as rédeas e soltando-se na liberdade e na sapiência-mor que actualmente dispõe em seus anseios e ensejos científicos, vai mostrar ao mundo de que, a ser verdade toda esta eminência de multinacional projecto científico, estará nas bocas do mundo como: «Do pequeno se faz grande e da união se faz tudo», se tudo isso servir para nos engrandecer e não empobrecer, pelo que a Humanidade disso dependerá...

E deste internacional projecto (em que Portugal está inserido) de cerca de 2 mil antenas parabólicas gigantes apontadas para o céu (na África do Sul) e, um milhão de antenas Dipolo (para captar ondas de rádio de baixa frequência), na Austrália Ocidental, resumir-se-à Portugal na condição e, no âmbito, da sua activa participação no SKA. (Há a registar que, cada um dos dois radiotelescópios SKA, o da Austrália e o da África do Sul, irá produzir dados suficientes para encher um disco rígido de um típico «laptop» a cada segundo).

Por conclusão ou fecho de edição, no cômputo geral, explanada que está toda esta internacional dinâmica de «Earth Calling...» - da Terra para o Universo - Portugal fixa-se como responsável pelo tratamento anual de 2% a 3% desses dados (que podem parecer insignificantes mas, para nós, portugueses, equivalerá ao mesmo passo de gigante que o Homem/Humanidade deu na Lua) sendo a consagração de todos os tempos, sabendo-se esta proporção ser igualmente equivalente ao volume de dados gerado pelo gigantesco acelerador de partículas - CERN.

E mais se não diz, pois haverá momentos em que só teremos de esperar que, do lado de lá, ou do mais escuro e frio do Universo - «out there» - uma voz ecoe e nos diga... Olá, estamos aqui (?) Terra!...

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