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quinta-feira, 17 de maio de 2018

«Enlevos e Azares» da Indústria Química


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A Indústria Química: benefícios e prejuízos, vantagens e desvantagens de todo um sector que move milhões - em traço pecuniário e de intenções (económicas e outras) - na detectiva humana de se encontrarem soluções para o abastecimento das populações na transformação da matéria-matéria até chegar ao consumidor. Contudo, há custos; elevadíssimos. Para o meio ambiente e para a atmosfera que se respira sobre o planeta - por terra ou por mar - nos resíduos que se não desintegram ou façam desaparecer por passos de magia que ainda não inventámos...

"O ambiente é o que somos em nós mesmos. Nós e o ambiente somos dois processos diferentes, nós somos o ambiente e o ambiente somos nós." (Jiddu Krishnamurti (1895-1986), filósofo, escritor, orador e educador indiano).

Somos modernos e desenvolvidos. Somos o produto não-acabado de uma era que se diz também moderna e avançada tecnologicamente. E só isso importa. Não olhamos a custos nem a tragédias ambientais; somos imatura e quase naturalmente aquela «besta» à solta que tudo expande sem constrangimentos, refreamentos ou qualquer mais subtil contenção de pararmos para pensar se os químicos que transbordamos para a atmosfera nos matam.

Se o dióxido e o monóxido de carbono, além o metano e outros gases tóxicos sufocam o ar que todos respiramos aquando os sempre trágicos incêndios sucedem, que dizer dos químicos que manuseamos e que suplantamos, mais na consciência que nos solos e nos mares?!

Ou no plâncton dos oceanos que mirra e desaparece por avassaladores atentados ambientais quase sempre inimputáveis ou transmissíveis de responsabilidade, matando milhares ou mesmo milhões de espécies marinhas - muitas delas ainda não totalmente conhecidas ou observadas por nós...?!

A Era Industrial se por um lado nos converteu em cidadãos modernos e avançados, executa-nos também a mais pungente das realidades ao deparar-nos com o nosso próprio lixo/resíduos (muitos deles tóxicos) que manipulámos e transformámos ao longo dos tempos, em particular nestes dois últimos séculos a partir da Revolução Industrial.

Dos Atentados Ambientais às Ameaças Cibernéticas tudo se reflecte num misto de inconstância - e por certo alguma insegurança - sobre o que estes novos tempos nos ditam, seja nos desígnios e domínios industriais seja nos individuais de direitos havidos mas ainda não totalmente conseguidos.

Não havendo uma incisiva atenção ou desvelos rigorosamente ágeis, activos e conscientes de se ter obrigatoriamente de mudar estes parâmetros sobre o lixo humano no planeta, em breve todos seremos uma lixeira a céu aberto de contaminação efectiva e, global, da qual todos nos envergonharemos (se sobrevivermos) a essa cratera de lixo industrial e doméstico; cratera essa da qual somos também e igualmente contribuintes e culpados!

E tudo isso em nome da irreverente mas sempre legítima Indústria Química que se implanta e comanda sobre o planeta como um dos maiores avanços da Humanidade...

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Os bons e maus exemplos da nova era química; neste caso, bom. Alliance Química: uma empresa na área do tratamento de águas, naquela que foi considerada a primeira indústria de cloro-soda no estado do Ceará, no Brasil. Muitas ETAR´s ou estações de tratamento de águas espalhadas pelo globo, surgem agora como uma mais-valia na sociedade do que se alcançou em modernidade, eficácia e segurança das populações. Uma nova mentalidade reconheceu ser urgente a utilização destes processos num mundo que se quer mais limpo - ou mais exactamente liberto de efluentes nocivos e desnecessários à saúde pública.

A Indústria Transformadora
É sabido que na Indústria Química, os custos, a segurança e a energia, são as condições básicas ponderadas pelos responsáveis dessa indústria para que o processo seja eficaz. Contudo, existem os resíduos como já foi referido, naquela que é a «bruxa-má» dos efluentes. E que, inevitáveis ou indissociáveis desta realidade química industrial, constitui por vezes um factor de risco considerável para as populações e o planeta em geral.

O Meio-Ambiente e todo o ecossistema planetário fenecerá porventura, a nada se fazer ou, a não serem devidamente considerados - e tratados! -  os nocivos excedentes tóxicos/despojos de extrema perigosidade para todas as populações (pessoas, animais e plantas); isto, na contaminação dos solos e oceanos devido às grandes quantidades de poluição existentes que entretanto vão sendo criadas.

Mas falemos da Indústria Química. Requer trabalho e minúcia, expectativa e funcionalidade com objectivos precisos em vários sectores de actividade. Esta transforma e de forma eficiente e barata, de certo modo, as matérias-primas como o Petróleo, o Gás, o Carvão, os Minerais, o Ar e a Água em produtos químicos que podem ser usados no fabrico de outros produtos.

Numa Fábrica de Produtos Químicos, os reagentes são combinados sob condições apropriadas, para assim se produzir os tais produtos químicos desejados. Mas utilizar simplesmente as Reacções Químicas para transformar uma substância noutra não é suficiente.

É muito importante encontrar processos de efectuar as Reacções Químicas de forma mais eficiente e de aumentar a velocidade das reacções, que é medida em termos da concentração de um reagente ou de um produto no tempo.

Isto pode, por vezes, conseguir-se efectuando as reacções a temperaturas ou pressões mais elevadas, aumentando desta forma a concentração dos Reagentes - ou utilizando catalisadores que fazem com que os reagentes reajam uns com os outros mais facilmente a temperaturas mais baixas. O objectivo é conseguir um rendimento óptimo, calculado como a percentagem da quantidade de produtos em relação à quantidade de matérias-primas utilizadas para os produzir.

No entanto, a Produtividade Óptima não é necessariamente a produção máxima que pode ser conseguida. No caso do processo Haber - que é uma reacção contínua utilizada na fabricação de amónia (NH3) à escala industrial - este processo/fábrica tipifica (em módulo típico) a produção de 1200 toneladas de amónia por dia.

A utilização mais comum do Amoníaco é nos fertilizantes agrícolas, nos quais fornece uma fonte de azoto, que é essencial ao crescimento saudável das plantas. O Azoto pode ser aplicado na forma de NH3 - injectando amoníaco directamente no solo ou convertendo-o em Nitratos, que podem posteriormente ser incorporados na terra por meio de tractores ou veículos próprios para o efeito.

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As Fusões e Aquisições na Indústria Química: o desenvolvimento, junção e conexão de esforços sobre ligações, negociações e efectivações financeiras que roçam o inimaginável para o cidadão comum e que irão transformar a Indústria Química num dos maiores portentos da História Moderna do Homem. Se a bem da Humanidade é que já não o sabemos...

Consultadorias e afins...
A A.T. Kearney - consultora global, líder em gestão de negócios (com quase um século de vida em operação e actuação em cerca de 40 países) - comprometendo-se com os seus clientes numa repercussão de buscar soluções ou de aumentar as vantagens mais competitivas, gerando assim impactos imediatos na obtenção de benefícios reais em projectos de curto e longo prazos, executam a consultadoria à escala global na diversidade de recursos e excelência em todos os processos.

Pode parecer pura publicidade. E é-o de facto. Segundo e ainda a A.T. Kearney - Chemicals Executive M&A Report, e um seu estudo agora divulgado e publicitado em 2017 - mais de 300 mil milhões (ou biliões) de dólares serão transacionados neste sector, envolvendo empresas multinacionais de largo espectro financeiro tais como:

Dow/Dupont;  Bayer/Monsanto; ChemChina/Syngenta e Praxair/Linde. E isto, num volume substancial de fusões e aquisições verdadeiramente estratosféricas, segundo os entendidos na matéria...

Por mais diversificação do segmento que haja nestas fusões e aquisições mirabolantes, muitas delas fixam-se na rede do já chamado «Agro-negócio»; ou seja, nas especialidades químicas que afectam ou se relacionam com os Fertilizantes e os Agroquímicos, assim como com as refinarias de açúcar e outras. China, Estados Unidos e Rússia lideram nos comerciantes-compradores mas também o Luxemburgo, na Europa, sendo este um dos mais ricos países do solo europeu.

Consolidadas e resistentemente fortes todas estas empresas envolvidas assim como os seus intervenientes em fusão, aquisição e empreendimento (seja ou não em compra e venda), o futuro auspicia-se promissor, sem sabermos muito bem e ainda, quais as medidas a tomar em caso de ruptura ou em possível crash económico. (Ou, simplesmente, o vótimo do nosso planeta Terra em solvência total sobre as escórias/resíduos que todas estas componentes empresariais efectuam sobre ele...).

Apesar de haver sempre uma certa interrogação económica e política (ainda que os tempos da recessão económica no mundo já nos pareçam em certa medida distantes), o cenário futuro destas empresas parece sempre risonho também, sem grandes desequilíbrios ou anomalias financeiras. A consolidação no sector mostra-se forte, então. Oxalá as preocupações ambientais também façam parte (mesmo que numa pequena parte) do seu portfólio...

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A Indústria Química e a ponderação do custo-benefício. Processos a utilizar depois de muito testados. Os Processos Contínuos e Descontínuos por que se regem as matérias-primas a transformar. Nada é simples, tudo é analisado e empregue na melhor forma, conceito e desenvolvimento químicos para que hajam resultados céleres e eficazes.

Os Processos empregues...
Quando se concebe uma fábrica, os Engenheiros Químicos têm de considerar os custos de manutenção das elevadas pressões e temperaturas necessárias para maximizar a velocidade de reacção para alguns produtos e, o facto, de as Reacções Exotérmicas Rápidas, poderem ser muito difíceis de controlar.

Os Responsáveis pela Fábrica e os Engenheiros Químicos têm de ponderar os custos, a segurança e a energia, quando escolhem as condições em que as reacções irão ser efectuadas. O rigor é uma condição e a eficácia uma determinação.

Os Engenheiros Químicos têm também de efectivar/ponderar que tipo de processo irão empregar. Num Processo Descontínuo, as matérias-primas são colocadas num recipiente apropriado e deixam-se reagir. Quando a reacção está completa, o produto é retirado e acrescenta-se novas matérias-primas para fabricar o lote seguinte.

Num Processo Contínuo, as matérias-primas são constantemente fornecidas e reagem para dar um fluxo contínuo do produto.

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A Indústria da Cerveja (além a artesanal). O processo moderno de brasagem (fermentação) constitui um exemplo de um processo descontínuo e que, tem sido executado de forma semelhante, ao longo de milhares de anos.

No Fabrico da Cerveja, a utilização de um processo descontínuo contribui para diminuir o risco de contaminação por microrganismos indesejáveis. No entanto, por volta do 2013, engenheiros alemães desenvolveram um novo processo industrial de fabricação de cerveja que utiliza um sistema de fermentação contínua, sem as paragens dos sistemas tradicionais. Parabéns então aos engenheiros germânicos pelo sucesso.

"Nós simplesmente equipamos os tanques normais com um tubo central, com o fundo aberto. Isso permite a combinação dos tanques, criando uma reacção em cascata." (Esta, a certificação de Konrad Muller-Auffermann, da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha)

Os Processos em questão (Contínuo e Descontínuo)
Os Processos Descontínuos são úteis para reacções lentas que produzem quantidades relativamente pequenas os produtos. Os Produtos Farmacêuticos e os Cosméticos são em geral produzidos deste modo. Também são úteis no fabrico de produtos em que há risco de explosão ou em processos de fermentação em que há risco de contaminação.

Os Processos Contínuos constituem um meio eficiente de obter produções em quantidades muito elevadas. Por exemplo, produtos químicos importantes - como a Amónia e o Cloro - são produzidos deste modo. No entanto, os Processos Contínuos requerem fábricas construídas à sua medida, e estas revelam-se muitas vezes dispendiosas de pôr em funcionamento.

No novo método agora instaurado e implementado pelos Engenheiros Germânicos sobre o fabrico da cerveja, há a acrescentar que, usado o Processo Contínuo, se reduz a incidência de picos de energia numa economia energética muito relevante.

Este processo de fabricação contínua de cerveja foi inicialmente testado, funcionando em escala-piloto, no que actualmente se exibe já em plena execução e fabrico com pleno êxito.

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Tecnologias Digitais impulsionam hoje lucros alimentando futuros investimentos, segundo um novo estudo da Accenture, na exponencial adopção desta tecnologia na Indústria Química. Custos e benefícios, eficácia e segurança, maximizando os objectivos e liderando ao que se propôs, a Indústria Química - assim como os seus engenheiros químicos - que também têm uma palavra a dizer no tipo de processo que irão empregar.

"Há um entendimento crescente na Indústria Química sobre o potencial da reinvenção digital do sector - ou a Indústria X.O - com empresas usando tecnologias digitais avançadas para transformar as suas operações centrais, experiências de funcionários e clientes, além dos seus modelos de negócios. Ao alavancar essa reinvenção, as empresas do sector químico podem libertar os valores aprisionados nas suas operações e alcançar maior eficiência por meio do uso de activos inteligentes conectados."

(Afirmação de Tracey Countryman, directora executiva e líder da prática «Industry X.O» na Accenture Resources)

Metodologia/Processos a seguir...
A Accenture ou «Digital Technology in Chemical Plant Operations», efectuou um estudo que conclui haver um maior interesse sobre práticas digitais num acervo tecnológico impressionante, mas também no aumento da conectividade ou interacção aplicada na Indústria Química.

Nas áreas financeira e operacional os resultados estão à vista, ainda que desperte uma razoável preocupação em relação aos riscos aí contidos nos possíveis e futuros ciber-ataques; ou seja, quanto à ciber-segurança havida.

A Accenture, sendo uma empresa global e líder em serviços profissionais com ampla  actuação e oferta de soluções em estratégia de negócios, consultoria, serviços digitais, tecnologia e operações de diversa ordem, não se abstém de comentar não só a melhor funcionalidade e execução mas também a ameaça cibernética, podendo daí, se incorrer em riscos financeiros prejudiciais às empresas.

Riscos para o Meio Ambiente, Saúde e Segurança e confiabilidade/fiabilidade operacional também fazem parte das preocupações, ainda que não atingindo os altos patamares de desconfiança para que não sejam utilizados.

"As Empresas do Sector Químico precisam investir urgentemente para aumentar a sua resiliência a ciber-ataques e e as capacidades de resposta para as suas operações fabris. Como as fábricas do sector geralmente possuem sistemas operacionais ultrapassados, a tecnologia das unidades não costuma ser padronizada e existem brechas nos seus controles de segurança, deixando-as expostas. São necessárias capacidades ágeis e adaptáveis para garantir Reacções e Intervenções Efectivas para os casos de ameaças cibernéticas, a fim de proteger as operações do sector."

(Explicação de Robert Boyce, directora executiva e líder de ciber-segurança para a prática de Chemicals & Natural Resources na Accenture.

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Aterro no Estado de São Paulo, Brasil (no município de Tremembé). Uma infraestrutura que foi projectada, estudada e depois construída - estando activa desde o ano 2000 - com a finalidade de receber resíduos industriais perigosos (que sustenta 340 mil metros cúbicos). Uma imponente obra que convém felicitar, se reconhecermos os esforços havidos na busca de soluções para os resíduos perigosos....

Analisados e estudados que foram - objectivamente neste aterro brasileiro - os impactos ambientais suscitados num estudo que não se demitiu de responsabilidade e prestação, perspectivou-se então um projecto que foi realizado sob a condição de um trabalho que incluiu o projecto de engenharia e o estudo de impacte ambiental.

Esta obra, igual a tantas outras por todo o planeta, imbui-se na prestação final dos resíduos industriais minimizando os danos ambientais. Mesmo que não se tenha essa consciência total do lixo químico (e não só) que se faz, há que tomar medidas nesse sentido ou em breve seremos todos engolidos pelo próprio lixo que cada um de nós faz, seja a nível industrial seja a nível doméstico...

Os Perigosos Resíduos!
Sabe-se ou intui-se (por muito que nos tentemos enganar ou fazer por esquecer essa outra realidade ao virar da esquina do nosso planetário lixo) que os Resíduos, são efluentes inevitáveis de todas as fábricas de Produtos Químicos - muitos deles subsequentes ou derivados de outros em sectores tão diversos na performance quanto análogos na perigosidade.

Seja na Indústria Química, Petroquímica, Mineral, Petrolífera, Papeleira, Siderúrgica ou Tabaqueira, (sem se esquecer a do Ambiente), tudo se legitima em milhares ou milhões de toneladas de lixo e por vezes crime ambiental, aquando se não estima a devida protecção e requerimentos obrigatórios de se seguirem regras, princípios e legislação para o efeito.

Ou seja, na contenção dos mesmos ou da sua toxicidade a céu aberto em esgoto comunitário ilegal provocando atentados ambientais, por vezes verdadeiramente cruéis e nocivos para as populações; todas elas. Há que ter em conta a saúde pública em primeiro. E tentar que hajam recursos para se não cair no esquema fácil de suster o insustentável...

No Passado, os Fabricantes de Produtos Químicos prestavam pouca atenção ao destino a dar aos resíduos e, em consequência,  as fábricas de produtos químicos eram conhecidas pelas grandes quantidades de poluição e contaminação que criavam. Actualmente, as atitudes mudaram e a gestão dos resíduos constitui um factor importante a ter em conta na concepção de fábricas.

No Passado, os Industriais tendiam a favorecer a «solução da diluição» - despejando os resíduos algo leviana e displicentemente, na Atmosfera ou nos rios, lagos e oceanos, na esperança que se diluíssem o suficiente para não serem prejudiciais.

Actualmente, a bem da verdade há que o dizer, os resíduos são por vezes colocados em Tanques ou Aterros - havidos e construídos para esse fim. No entanto, os resíduos podem contaminar os solos e, lixiviar-se para águas subterrâneas e rios, mesmo assim.

Há que registar que, a Indústria Química, está neste momento a desenvolver métodos químicos e mecânicos - no que tenta a cada ano que passa aperfeiçoá-los numa melhoria e benefício geral em prol do impacto ambiental - de tratamento de resíduos em vários sectores.

E isto, no respeito adquirido e muitas vezes instituído pelos Estados das Nações do Mundo, que, atempada e sabiamente, souberam reconhecer a urgência de novas e eficazes medidas para esse entulho mundial  - e dar assim voz aos ambientalistas e ecologistas, unidos a uma só voz mundial, sobre a civilidade das populações em relação ao Ambiente e à Natureza, em face aos crimes ambientais cometidos ou a admitir futuramente.

Advertindo-se para os mesmos, alertando-se para a causa em questão e, fazendo-se cumprir os requisitos legais (a nível estatal mas também individual) - em requisitos cada vez mais rigorosos e exigentes relativo ao despejo de resíduos e seus efluentes químicos - o planeta agradecerá.

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Rio Tejo, região de Abrantes, Portugal, situação registada em 25 de Janeiro de 2018. O estado em que este meu rio ficou, após as intensas descargas poluentes tendo como responsáveis máximos as indústrias de Pasta de Papel (acima do açude de Abrantes), no que a Agência Portuguesa do Ambiente - APA - notificou e, detectou, em níveis de celulose cinco vezes acima do normal. Um crime ambiental sem precedentes; e havendo, ser ainda um crime maior negá-lo, ocultá-lo ou obscurecê-lo...

"Com base nas análises, confirma-se que o acumular da carga orgânica com origem nas indústrias de pasta de papel a montante de Abrantes, tem impacto significativo na qualidade da água do rio Tejo."
(Palavras exactas de Nuno Lacasta, presidente da APA ou Agência Portuguesa do Ambiente, após a constatação do que o rio evidenciou)

Crime e castigo?!
Não se sabe se haverá castigo (crime há de certeza!), segundo o romance do autor e escritor russo Fiódor Dostoiévski, na sua ilustre obra literária de «Crime e Castigo», e tudo não passar de meras formalidades estaduais - sem vislumbre ou punição - no que, consequente e paulatinamente, se tem comportado e reportado como autênticos crimes ambientais no que se relaciona com o Meio Ambiente.

Não faço juízos de valor nem o o poderia, mas a comunicação social sim. E é daí que se extrai todo o sumo fedorento e pútrido não só dos actos em si como da negligência - ou mesmo indiferença - com que estes actos são realizados sem serem autenticados e devidamente punidos pela legislação em vigor mas, acima de tudo, pela não-contenção ou refreio de iguais práticas identificadas e assomadas sobre este e outros rios portugueses ao longo dos anos.

Segundo foi referido pela agência Lusa na época (entre Janeiro e Fevereiro de 2018), a Celtejo foi a grande responsável por este atentado sobre o rio Tejo (que segundo o jornal online Observador ratifica como a causadora-mor deste distúrbio ambiental e Nuno Lacasta, o presidente da APA também confirma), anunciando este último que: "A Celtejo, é responsável por cerca de 90% das descargas deste tipo de indústrias que chega ao rio naquela região."

A Poluição Industrial afecta todos, mas todos mesmo! Temos de ter essa consciência e essa não-benemerência ou passividade com que enfrentamos estes atentados/crimes ambientais até há pouco impunes ou carentes de grande preocupação e actividade ambientalistas.

Se Portugal vê morrer o seu rio, Espanha não pensa de forma diferente, pelo que em cumplicidade e nenhuma ambiguidade poderá sentir estes mesmos requisitos que sobre si se fazem; além a seca severa que igualmente contemplou o território castelhano e as iguais ou muito idênticas advertências aos prevaricadores sobre este mesmo rio, acredito.

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(Foto tirada por Arlindo Marques, um super-activista português que exerce o seu direito de máxima civilidade e grande hombridade, a par da sua profissão como guarda prisional). Como activista da Pró-Tejo, Arlindo Marques não se inibe ou coíbe de mostrar a realidade e, monstruosidade ambiental, doa a quem doer. Por agora, só a ele dói, no que continua imbatível e não esmorecido apesar da luta inglória e mesmo instância persecutória que estas imponentes indústrias poluidoras endossam sobre si. O Estado/Governo, mais uma vez, demite-se dessa consequência ou urgência de se fazer justiça...

Somos Todos Culpados!
Sim, somos todos culpados. Da abstinência de nos insurgirmos; da urgência de nos não demitirmos de responsabilidades. Nuno Lacasta, da APA, refere que «Todas as Indústrias da Pasta de Papel - a montante das albufeiras de Fratel e Belver, e a montante de Abrantes pela situação denunciada no dia 24 de Janeiro de 2018 - são culpadas.» Todas! Mas a Celtejo detém o pódium.

É certo que se viveu em seca extrema ou severa até aí, nada desculpando ou amortizando o terrível atentado ambiental sobre o rio Tejo que vitimou por certo milhares de peixes e vida aquática que sobre ele perduraram até à triste ocorrência. Estar atento é necessário e, útil, para que se evitem novos e idênticos fenómenos que em nada beneficiam o ambiente.

A Celtejo, situada em Vila Velha de Ródão (região esta já tão martirizada pelos incêndios locais no Verão de 2017), foi instada/obrigada a cumprir a ordem governamental citada pelo Ministro do Ambiente de Portugal em reduzir a produção durante 10 dias para travar as cargas efluentes no rio Tejo. Cumprindo ou não, foi apenas uma gota no oceano, admitiu-se entretanto.

A Espuma Castanha amedrontou alguns, não todos. Pelo menos os que têm obrigações morais mas também executivas e legislativas sobre este tipo de atentados ambientais. Outros mais se darão futuramente, acredito e lamento, pelo que todos perderemos em água potável que se esvai, em ecossistema equilibrado e espécies vigentes (peixes, lagostins, etc.) que possivelmente jamais retornarão.

Seja no Tejo seja noutros rios, esta é sempre uma realidade que punge e envergonha quem tão mal faz aos afluentes do seu planeta - ou a esse universal rio - que um dia lhe matou a sede, o lavou e o integrou, para que singrasse na oportunidade presente de não ser mais um ser vivente mas um ser que se preocupou...

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Rio Tejo: Depois da tempestade, a bonança, que é como quem diz «Depois dos estragos a colheita dos despojos», a limpeza do rio e de toda a sua fragrância pútrida marinha que defecou nas margens do rio agonizante, para que os homens vissem quão errados estavam ao bramirem-se de razões (ou sem elas) na aventura de se fazerem merecer por um rio que já foi dos deuses. Por um rio que já foi rei e senhor ribatejano, que já foi tudo menos este pasto fétido e opaco que alastrou sem lastro ou lustro, de todas as vezes que as fábricas de celulose se lembram de verter os seus tóxicos, os seus efluentes contaminantes...

Ainda o meu Rio, que jamais foi meu...
Ainda em relação ao Tejo e a toda a nefasta ocorrência de 24/25 de Janeiro de 2018, observou-se a concentração de Fósforo e a carência de Oxigénio, que obviamente não vedaram o inevitável, promovendo assim o crescimento de bactérias que consumiram o oxigénio dissolvido nas águas do rio. Uma lástima!

A Formação de Espumas resultou, por consequência e indício, de uma elevada concentração de carga orgânica, segundo nos explicaram os especialistas. Tudo morre então. Asfixia e morre. Sejamos honestos então: De que valem os esforços, as boas vontades ou até a humildade de se querer salvar o planeta, quando vence a ociosidade e a maldade conspurcada de outros?! Não estamos todos no mesmo planeta???

Daí que o presidente da APA tenha afirmado ao Observador que: "Mais do que meras sanções ás indústrias envolvidas - e incumpridoras! - apesar das investigações em curso (ou até de uma futura monitorização sobre quem prevarica, digo eu), pode ser difícil de provar inequivocamente  qual a fonte da poluição."

Todavia, infere ainda como homem correcto, íntegro e preocupado que também é sobre estas questões ambientais que: "Com ou sem incumprimento das descargas autorizadas às empresas, a capacidade do rio as receber mudou; e mesmo as descargas legais excedem a capacidade do meio receptor."

Mas Lacasta prossegue: "Esta saturação do Rio Tejo - que não é de agora, mas que se agravou com a seca - levou a que fosse necessária uma revisão do quadro regulamentar. Com base numa adaptação das descargas à capacidade do meio receptor, todas as licenças dadas às empresas serão revistas, independentemente da data de fim do contrato", ajuizou assim Nuno Lacasta, presidente da APA, na reiterada aferição do que futuramente se alocará sobre estas empresas.

(Assim seja, deseja-se). A não ser, perde o rio, perdemos todos nós; portugueses e não só, pois se o Tejo morre em Portugal, Espanha o viu nascer. No fundo, um rio ibérico que é de todos nós, peninsulares e não só.

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Até quando o planeta nos permitirá conspurcá-lo....?! Até quando o Homem se conduzirá pela ganância material que não teme repúdio ou repulsa por parte de outros, desde que estejam assegurados os seus préstimos, a sua conta bancária, o seu pecúlio financeiro que fazem da Indústria Química, a mais poderosa de todas as forças do poder humano sobre a Terra?!

Para quando uma viragem sobre os dejectos químicos que espalhamos sobre solos e sobre mares, sobre tudo o que encontramos para varrer para debaixo do tapete planetário, para debaixo de todas as consciências inconscientes ou malformadas que o não querem ver ou saber???

O Planeta Terra e a sua extinção...
Finalizando esta triste epopeia que até ao momento se não viu replicar sobre qualquer rio português (felizmente!) os rios e os mares, oceanos de outrora em maiores ou menores fluentes de pureza e convergência, vêem-se agora obstipados e amaldiçoados por todas as pestes do mundo que se chama de «Indústria Química».

Mesmo não querendo diabolizar o tanto que se conseguiu, do tanto que já se usufruiu sobre estes avanços, estas exigências contemporâneas de evolução humana nas diversas áreas, sectores e aplicações das matérias-primas em transformação química, há que ter também uma outra ou maior percepção dos riscos envolvidos - pois que, o que se cria e não se estima ou utiliza em escórias que ninguém quer, acabam sempre por retornar para nós, algum dia.

Reciclar é preciso e haver uma maior consciência também, pois que -  por entre «Enlevos e Azares» da Indústria Química ou de qualquer outra indústria que o Homem tenha em mãos (desde a tecnológica, a biotecnológica, a nanotecnológica, a espacial, a biomédica e tantas outras) -  haja a afirmação desta era moderna em que vivemos como uma bênção e não maldição.

Não se pode nem deve expulsar, ou negar, a biodiversidade planetária das espécies que já existiam no planeta há milénios, pelo que fazendo-o (e contribuindo assim para mais um extermínio), estaremos perante a reversão do caminho aprendido; possivelmente até de uma certa punição por termos errado e toldado certos outros destinos que nos eram devidamente enlevados inicialmente.

A cada 26 milhões de anos há uma Extinção em Massa no Planeta. No nosso planeta Terra. Pode ser difícil de digerir, mas tal acontece, quer queiramos quer não. Se seremos mais resilientes ou não do que os desgraçados dos dinossauros há cerca de 65 milhões de anos, não sei.

Por nossa própria culpa ou não, o nosso destino planetário não está de todo nas nossas mãos. Só em parte talvez, uma vez que podemos vir a ser excluídos do planeta por vias de uma explosão de energia de uma supernova que possa estar a «somente» 25 anos-luz de distância da Terra - e sobre ela se faça sentir uma chuva de radiação letal - da qual seremos todos mortalmente atingidos (e assim irmos todos ser pasto radioactivo ou secundariamente fazer parte da crosta terrestre em vitrificação expedita da coisa). A parte em que entramos nesse destino marcado, é somente aquela em que preservamos ou tentamos preservar o planeta e nós próprios até que tal suceda...

Sabe-se ou reconhece-se, segundo o que os cientistas nos determinam, que podemos futuramente viver autênticos infernos epidemiológicos incalculáveis, doenças intermináveis do foro oncológico e outras, factores patogénicos incompreensíveis - mutantes e letais - ou simplesmente morrer de causas naturais como impactos de Asteróides, erupções vulcanológicas, actividades sismológicas, ionização da Atmosfera e outros mimos que tais que nos erradicarão da face do planeta.

Mas, até lá, sabendo-se que a História sempre se repete, há que viver da melhor forma possível. A espécie humana tem o dever, explanada e implacavelmente, de preservar e conservar o planeta Terra com ou sem químicos; com ou sem aquele poder mágico que um dia Deus (ou qualquer um dos outros deuses) nos deu sobre a Terra, para que não hajam mais dúvidas ou artimanhas tecnológicas - e outras - para que hajam mais Azares do que Enlevos sobre a Terra...

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